Karen Novochadlo
Laguna
A falta de saneamento básico é uma realidade em todo o país. Nas cidades litorâneas, é um problema que reflete diretamente no turismo e tem preocupado os moradores. Em Laguna, há a denúncia de que os esgotos de alguns prédios do Mar Grosso estejam ligados à rede pluvial e, consequentemente, sejam lançados na faixa de areia.
“É do conhecimento de todos os frequentadores da praia do Mar Grosso o escoamento a céu aberto dos canais sanitários e pluviais no oceano”, reclama Lucas Koepsel Rosa, morador da cidade.
O prefeito Célio Antônio, entretanto, garante que o problema não existe no balneário. “As pessoas acham que é esgoto, mas é um corredor de água pluvial que criou limo”, justifica.
O superintendente regional de negócios da Casan, Vilmar Bonetti, também assegura que a situação está dentro da lei. “Existe um emissário submarino, conforme a legislação, que lança o esgoto da cidade em alto mar”, informa.
Este escoamento do esgoto no mar tem motivado muitas reclamações nos últimos tempos. Já existe um projeto em desenvolvimento para amenizar o problema, que envolve a construção de uma rede de tratamento do esgoto e a instalação de redes coletoras em todos os bairros da cidade.
A obra, avaliada em R$ 40 milhões, beneficiará 65% da população do município. A primeira fase já foi licitada. A empresa vencedora, Confer, de Criciúma, aguarda a liberação da licença ambiental da Fatma para iniciar os trabalhos. Esta parte beneficiará parte do Mar Grosso e o bairro Magalhães.