MPF quer investigar aplicação do teste

Laguna

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou a instauração de inquérito policial para apurar a possível prática de crime de peculato e de ato de improbidade administrativa supostamente praticados pelo atual e pelo antigo gerente de educação da secretaria de desenvolvimento regional em Laguna.

Segundo apurado preliminarmente em procedimento administrativo, houve o direcionamento na escolha e pagamento das pessoas selecionadas para aplicação da edição 2009 da Prova Brasil, de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), realizada entre 23 a 30 novembro daquele ano.

Conforme comprovantes de pagamento remetidos pela empresa organizadora da prova, receberam pela aplicação diversos parentes da atual gerente, bem como ela mesma e o antigo gestor. Para o MPF, isto suscita hipótese de utilização da função pública para obtenção de vantagens pessoais e para terceiros.

Segundo o procurador da república em Tubarão, Celso Antonio Três, a gerente foi paga por 32 aplicações, número incompatível com os seis dias úteis de aplicação do teste em Santa Catarina, ainda que utilizasse todas as manhãs, tardes e noites para isso. O ex-gerente recebeu por 25 aplicações, da mesma forma inconciliáveis.