Material de construção: Setor tem queda de 30% em maio

Amanda Menger
Tubarão

Os índices de venda de materiais de construção no Brasil inteiro tiveram um resultado positivo em maio, com crescimento de 4,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em Tubarão, contudo, as vendas tiveram queda, em média de 30%, segundo dados da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac).
“Notamos uma queda na comparação com abril. Com o anúncio da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) pelo governo federal, os consumidores procuraram mais, então, os comerciantes compraram mais material, só que as compras não se efetivaram”, afirma o presidente da Acomac da Amurel, Cristian Vitoreti.

Esta retração nas vendas foi observada também pela comerciante Fernanda Margotti, da Margotti Construções, no bairro Andrino, em Tubarão. “Até o meio do mês, as vendas foram boas. Depois, caíram bruscamente. Em março, as vendas foram boas, em abril teve queda e maio achávamos que seria um mês positivo, mas isso não ocorreu. A nossa expectativa é que melhore daqui para frente”, avalia Fernanda.
A perspectiva é positiva também na visão da Acomac. “Com a entrada de Tubarão no projeto Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, esperamos que o número de construções aumente e, consequentemente, as vendas dos materiais”, acredita Cristian.

O aumento nas vendas também significa um crescimento no número de empregos. “Isso ocorre tanto no comércio quanto na própria construção civil. Hoje, em Tubarão, são 62 lojas, mas não temos com exatidão o número de empregos criados pelo comércio de produtos de construção. O certo é que, com aumento nas vendas, é necessário contratar mais pessoas para fazer as vendas e entregar os produtos”, observa o presidente da Acomac.

Incentivo
As boas vendas de materiais de construção no varejo influencia positivamente a indústria. Na Amurel, a produção é voltada aos materiais mais pesados, como tijolos, telhas, brita e areia. Na parte de acabamentos, há indústrias de tintas, de cerâmicas para pisos e azulejos. “Mas falta também outros produtos de acabamento como metais. Além disso, é preciso que as lojas invistam e deem espaço à produção da região. Há muitos produtos de qualidade, porém, às vezes, são muito mais caros do que os que vêm de fora. E, na hora da venda, o preço final é fundamental para que o cliente”, avalia o presidente da Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac) da Amurel, Cristian Vitoreti.