Interdição é urgente e necessária

 A geóloga Eliane dos Santos, que acompanhou a inspeção, concluiu em relatório que o trecho ficará interditado até que as obras de recuperação e estabilização do terreno sejam finalizadas  -  Foto:Defesa Civil Regional/Divulgação/Notisul
A geóloga Eliane dos Santos, que acompanhou a inspeção, concluiu em relatório que o trecho ficará interditado até que as obras de recuperação e estabilização do terreno sejam finalizadas - Foto:Defesa Civil Regional/Divulgação/Notisul

Letícia Matos
Orleans

 Uma vistoria realizada ontem por técnicos da Defesa Civil apontou a real situação da Rodovia Serramar, trecho da SC-390 que liga Orleans a Pedras Grandes, entre as localidades de Pindotiba, Santa Clara e 92, e margeia o Rio Tubarão. Foram identificados muitos sinais de instabilidade do terreno provocados por extração da vegetação, movimentação de terra na área coberta por vegetação e instabilidade causada pelo encontro de duas rochas diferentes.

Conforme o coordenador regional da Defesa Civil, Rosinei da Silveira, a interdição da via é urgente e necessária. “Enquanto vistoriávamos muitos carros passaram pelo local. A comunidade não respeita a interdição. Só vão acatar quando uma tragédia ocorrer”, lamenta.

A geóloga Eliane dos Santos, que acompanhou a inspeção, concluiu em relatório – entregue ao prefeito de Orleans, Marco Antônio Bertoncini Cascaes – que o trecho ficará interditado até que as obras de recuperação e estabilização do terreno sejam finalizadas. Um segundo ponto de deslizamento de terra e rocha foi localizado na última semana, na localidade de Pindotiba, o que amplia a área interditada. “Fatos confirmam a indicação de perigo por risco de deslizamento de terra e rocha, o que tende a provocar algum acidente ou desastre com os usuários da via”, alerta Rosinei.

O prefeito de Orleans, Marco Antônio Bertoncini Cascaes, foi procurado pela equipe do Notisul, mas até o fechamento desta página não atendeu e nem retornou às ligações.

Comunidade não respeita interdição
Por várias vezes, os funcionários do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) sinalizaram o local para a interdição. De acordo com o superintendente regional do órgão, Lourival Pizzolo, o trecho está interditado há quase 100 dias e, desde então, os moradores não respeitam e utilizam a via. “O risco é por conta deles. Pode soterrar um veículo, pode ter um acidente grave. Eles têm que ter essa consciência”, destaca preocupado. A intenção, agora, é bloquear o local com cancela, rocha ou latões para assim dificultar que sejam retirados.