Inflação na região: Tem produto que subiu mais de 25%

Amanda Menger
Tubarão

O prato típico do brasileiro, arroz e feijão, ficou mais caro em abril. Isso os consumidores sentiram no bolso. Os preços de outros produtos alimentícios também subiram, como o ovo, a carne e o pão francês. Mas, se você achava que a situação exigia um rigor ainda maior na lista de compras, fique atento: os preços de produtos e serviços sofrerão novos reajustes.

Isso porque um dos componentes da inflação, o Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM), fechou abril em 0,69%. Desde janeiro, este valor já está em 3,09% e, nos últimos 12 meses, o acumulado é de 9,81%, o maior desde abril de 2005.

O Índice Geral de Preços (IGP) começou a ser calculado em 1947, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). “O IGP era obtido somente pela média dos índices de preços no atacado e no varejo. A partir de 1950, foi incorporado ao cálculo o índice de preços para a indústria de construção civil, o ICC, hoje INCC (Índice Nacional de Custos de Construção)”, explica a economista Ivone Junges, professora da Unisul, de Tubarão.

A metodologia para elaborar o IGP foi atualizado várias vezes e, desde 1989, a FGV passou a calcular o Índice Geral de Preços de Mercado.
O IGPM é formado por outros três índices: 60% de IPA (comercialização de bens de consumo e capital), 30% do IPC (setor varejista de serviços) e 10% do INCC (indústria de construção civil). Assim, é possível monitorar os custos dos produtos e serviços e compará-los de um mês para outro.

Quando ocorrem altas, como as verificadas até agora, explica o economista e também professor da Unisul João Antolino Monteiro, significa que o real está perdendo valor de compra. Isso significa que, se a dona de casa gastou, por exemplo, R$ 300,00 nas compras do mês de abril da família, este mesmo valor não será suficiente para comprar os mesmos produtos neste mês.