Infidelidade partidária: Políticos podem perder mandato

Tatiana Dornelles
Tubarão

Na Amurel, 13 agentes políticos podem perder o mandato por infidelidade política (dois em Tubarão; seis em Laguna; dois em Imbituba; dois em Rio Fortuna; um em Santa Rosa de Lima). Mesmo assim, todos os vereadores e suplentes procurados pelo Notisul nesta sexta-feira demonstraram tranqüilidade no que diz respeito ao processo por desfiliação partidária após o dia 27 de março de 2007.

Alguns afirmaram ainda nem saber que estavam na lista divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina. Todavia, não foram negadas as infidelidades aos partidos políticos aos quais pertenciam ao serem eleitos.

O jeito, agora, é esperar a notificação e fazer as defesas necessárias. O suplente de vereador Hudson Dandolini (PP), de Tubarão, por exemplo, explica que havia se desfiliado do partido em junho ou julho do ano passado. Ficou três meses sem partido e, a pedido de Joares Ponticelli (PP) e outros representantes, resolveu voltar. “Provavelmente, ainda não entrou no sistema que retornei ao partido. Mas acho que não vai dar em nada”, avalia.

Gelson Bento (DEM), também eleito como suplente (agora com cargo na secretaria de desenvolvimento regional em Tubarão – como diretor geral), diz estar tranqüilo, uma vez que não exerce a função. A troca de partido ocorreu em junho, quando saiu do PDT e foi para o DEM. “Exerci a função por apenas dois meses e saí. Logo, não perco o mandato. Esperarei a notificação para poder me defender”, explica Gelson.

A vereadora Jussalva da Silva Mattos (PSB), de Laguna, conta que resolveu sair do PSDB, ao qual pertencia antes de mudar e no qual foi eleita, por se sentir traída pela executiva do partido. “Eu era presidenta do PSDB em Laguna e a única vereadora eleita na cidade pelo partido. Um dia, a executiva fez uma reunião e não me comunicou. Deu para perceber que eu não era mais bem quista dentro do PSDB, mesmo depois de ter vestido a camisa. Neste caso, quem cometeu infidelidade?”, questiona Jussalva.

Segundo a vereadora, ainda não houve notificação. Mas, quando isso ocorrer, a sua defesa será justamente a de que o partido a traiu. Atualmente, ela é presidenta do PSB em Laguna.