Greve dos caminhoneiros: Paralisação deve “atrasar” na região

Caminhoneiros são responsáveis pelo transporte de cerca de 58% de tudo o que é produzido no Brasil Prejuizos com greve são incalculáveis.
Caminhoneiros são responsáveis pelo transporte de cerca de 58% de tudo o que é produzido no Brasil Prejuizos com greve são incalculáveis.

Amanda Menger
Tubarão

O Brasil tem 1,7 milhão de caminhoneiros. Segundo dados da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), cerca de 58% de toda a produção do país é transportada por eles. Imagine o prejuízo que uma greve desta categoria pode causar para a economia. Na verdade, as perdas são incalculáveis, porque a paralisação afeta todos os setores, seja direta ou indiretamente.

E exatamente parar o Brasil é a intenção do movimento que pode ser deflagrado na próxima quarta-feira. O anúncio da greve foi feito na noite de quarta. A intenção da Abcam é que a paralisação atinja todos os profissionais, sejam autônomos ou empregados de empresas transportadoras e chegue ao país todo.

O aumento de 15% no preço do óleo diesel foi o estopim do movimento.
O diferencial desta greve é que as rodovias não serão fechadas como em mobilizações anteriores. A recomendação é que os caminhoneiros fiquem em suas casas.

Na região, a possibilidade de greve não é totalmente descartada. Para o gerente da Associação dos Proprietários de Carretas de Tubarão (Aprocat), Nivaldo Pereira, não há nenhum movimento oficial. “Até o momento, não recebemos nenhum pedido oficial de adesão. Sabemos que há uma mobilização, principalmente em São Paulo, mas não sei se chega até nós”, observa.

Para o presidente do Sindicato dos Transportes, Norberto Koch Mendes, o Sindicato dos Caminhoneiros de São Paulo, que encabeça a greve, quer articular o movimento para que ele chegue a todas as regiões brasileiras. “Não sei se dará tempo de reunir todos e conseguir a participação. Não recebemos nenhuma convocação oficial”, revela.