Faltam alimentos em centro infantil

Supermercados, padarias, postos de gasolina, Polícia Militar, pais e comunidade realizam campanha para arrecadar alimentos para a escolinha  -  Foto: Elvis Palma/Divulgação/Notisul
Supermercados, padarias, postos de gasolina, Polícia Militar, pais e comunidade realizam campanha para arrecadar alimentos para a escolinha - Foto: Elvis Palma/Divulgação/Notisul

Jailson Vieira
Laguna

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT) afirmou em seu discurso de posse de seu segundo mandato, no dia primeiro de janeiro, que 2015 iria ser intitulado de ‘Pátria Educadora’. Porém o sistema educacional em Santa Catarina não tem compactuado com esta recomendação. 

Foram inúmeros os problemas, greves, corrupção na eleição para direção de escola estadual, salários atrasados, falta de vale-transportes, professores ‘recebendo’ spray de pimenta de policiais militares e seguranças na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e agora, mais de 240 alunos do Centro de Educação Infantil (Cei) Caic, no bairro Portinho, em Laguna estavam sem merenda escolar há alguns dias. 

De acordo com a professora do centro, Zulamir Vieira, a situação se estende desde o início do ano. Além dos alimentos, produtos de higiene estão em falta. “O material de higiene durava no máximo três dias. Ficamos o ano inteiro sem material didático, tudo que precisávamos tirávamos do nosso bolso. As crianças estavam passando a ovo e arroz. Nos últimos dias fui para casa chorando por causa da falta de alimentos e por tudo que o sistema educacional tem passado”, assegura.

Conforme a secretária adjunta de educação de Laguna, Simone Belmiro, os problemas com a merenda ocorreu porque houve um atraso no pagamento para alguns fornecedores. Ela salienta que o poder público lagunense passa por dificuldades financeiras, mas que em breve tudo voltará a sua normalidade. “Em nenhum momento faltou merenda nas escolas. O que ocorreu foi à escassez do fornecimento de alguns itens, os quais já estão amplamente regularizados”, destaca. 

Entretanto alguns pais contestam a posição da secretária, e afirmam que os alimentos foram doados por eles, comunidade, padarias, posto de gasolina e supermercados com o apoio da Polícia Militar.