Estudo identificará pontos críticos

Deyse Vicente de Freitas, moradora do bairro Bom Pastor, em Tubarão, mostra as máquinas de lavar que não pode usar, por causa do baixo fluxo de água na localidade
Deyse Vicente de Freitas, moradora do bairro Bom Pastor, em Tubarão, mostra as máquinas de lavar que não pode usar, por causa do baixo fluxo de água na localidade

Angelica Brunatto
Tubarão

A falta d’água é ainda uma ‘pedra no sapato’ dos moradores de algumas comunidades da Cidade Azul. A Tubarão Saneamento, que assumiu o sistema há três meses, começou a fazer estudos para identificar os locais com maiores problemas e, posteriormente, efetuar as melhorias necessárias.

Na casa da serviços gerais Deyse Vicente Freitas, no bairro Bom Pastor, por exemplo, a água que sai das torneiras anda meio escassa. “Há um mês, tem faltado água constantemente na região. Às vezes, a torneira está seca, em outras, a pressão é baixa e sai pouca água. Isto ocorre principalmente aos sábados”, lamenta.

Esta dificuldade é compartilhada por outros tubaronenses, especialmente em alguns pontos dos bairros Passagem, São Martinho e Madre. “Isto se chama intermitência. É a variação da pressão da água durante o dia”, explica o administrador do sistema da empresa, Eduardo Vergutz Fernandes.
Esta intermitência é registrada por causa da expansão da cidade. “O município cresceu, e neste tempo não foi investido em ampliação da rede”, esclarece o administrador. Os maiores transtornos são registrados nos fins de semana, quando ocorre um alto consumo nas residências.

Uma das metas da Tubarão Saneamento é melhorar a eficiência da distribuição da água para as casas. “Neste primeiro ano, nossa intenção é fazer projetos. Depois, vamos pensar nas obras para melhorar a rede de abastecimento na cidade”, adianta. “Historicamente, não há problemas de racionamento de água”, garante.

Contrato

A Tubarão Saneamento está à frente do sistema de captação, tratamento e distribuição de água desde março. O contrato prevê o investimento de R$ 14 milhões em projetos para a implantação do sistema de tratamento de esgoto, com previsão para o início do próximo ano.

Conforme o contrato assinado entre a empresa e a prefeitura, a concessão terá duração de 30 anos, prazo em que a empresa terá que investir cerca de R$ 240 milhões. Outra projeção é que 100% da população tenha água potável e 95% sejam atendidos com a coleta e tratamento de esgoto até 2042.