Em Tubarão: Criminoso mais procurado do sul do país é recapturado

Zahyra Mattar
Tubarão

O assaltante mais procurado do sul do país, Cláudio Adriano Ribeiro, 40 anos, o Papagaio, foi preso no início da tarde desta sexta-feira, em Tubarão. Ele estava foragido desde o dia 20 de outubro do ano passado, quando conseguiu escapar da Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas, no Rio Grande do Sul. Papagaio é conhecido por sua alta periculosidade, assaltos bem organizados e armados a carros-forte e agências bancárias, além da grande capacidade de arquitetar fugas “impossíveis”.

O foragido foi preso por policiais da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), de Florianópolis, quando saía do Posto Ipirangão, às margens da BR-101, em Tubarão. A sua esposa, Carlize Forest Favero da Silva, 39 anos, e uma outra mulher que não teve o nome divulgado pela polícia também foram detidas. Todos foram transferidos para a sede da Deic, na capital, ainda na tarde de sexta.

Segundo o delegado Juarez Medeiros, sub-diretor da Deic, o assaltante dirigia um carro clonado (havia um registro de furto feito em Porto Alegre, no dia 7 de fevereiro deste ano) e usava documentos falsificados. Ele seguiria para Criciúma, onde estava escondido. O assaltante era monitorado há pelo menos dois meses pela Polícia Civil de Ministério Público do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Ele confirmou aos policiais que fugiu devido a ameaças de morte e não queria ser pego no Rio Grande do Sul.

Um outro veículo, de propriedade de Carlize, que é gerente de um posto de combustíveis em Içara, na região carbonífera, também foi apreendido. Dentro do carro, foi encontrada uma mala com três balas clava, chave de fenda, carregador de rádio, algemas de plástico e 20 cartuchos de munição ponto 380, todas carregadas com 30 projéteis cada. Papagaio é suspeito de praticar assaltos à mão armada em Balneário Camboriú, Itajaí, Porto Alegre e Curitiba no período em que esteve foragido.

Papagaio ficará detido na carceragem da Deic, inclusive por sua alta periculosidade. A polícia tem receio que ele incite fugas ou rebeliões se for colocado com outros presos em penitenciárias. Ele será autuado, a princípio, pelos crimes de furto e falsidade ideológica. A sua esposa também deverá responder pelos pertences encontrados, mas não se sabe se ficará presa.