Eleições: Tríplice aliança ainda indefinida

Carolina Carradore
Tubarão

A três dias do prazo final para registro das candidaturas, o cenário político catarinense continua indefinido. Mesmo com a suspensão da filiação do PMDB, Eduardo Moreira está confiante que conseguirá na justiça o direito de permanecer na chapa do democrata Raimundo Colombo e dar palanque ao presidenciável tucano, José Serra.
Por outro lado, o presidente interino do PMDB estadual, João Mattos, firmou compromisso ontem com o presidente do PT, José Fritsch, para apoiar a presidenciável Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).

“Vou seguir orientação do diretório nacional: dar palanque a Dilma. Mas sabemos que ainda tem peemedebistas que irão apoiar Serra”, argumentou Mattos, ao Notisul. Ele também descartou a possibilidade do PMDB indicar outro vice no lugar de Moreira, na chapa do DEM/PSDB.

Por sua vez, para Raimundo Colombo, nada mudou e a tríplice aliança está garantida. “Eduardo é o meu vice, pois a justiça vai lhe garantir esse direito. A tríplice está fechada e ponto final”, assegurou. O único que parece não estar preocupado com os rumos do PMDB é o PSDB, que passou situação semelhante dos peemedebistas. Por pressão do diretório nacional, fechou aliança com os democratas, na quarta-feira.

O presidente estadual do PSDB, Beto Martins. permanece com a mesma posição. “Nosso compromisso agora é com o DEM. A situação do PMDB não é mais problema nosso”, reitera, e não descarta a possibilidade do PSDB indicar um candidato a vice de Colombo, caso a justiça afaste Eduardo Moreira das eleições.

Corrida contra o tempo

O ex-governador Eduardo Moreira entrou com mandado de segurança ontem para anular a decisão do diretório nacional do PMDB, que suspendeu por 180 dias a sua filiação. Em uma corrida desenfreada, ele tenta de todas as maneiras garantir a sua candidatura ao governo do estado.

“A justiça vai me garantir esse direito, pois a atitude da cúpula nacional foi antidemocrática. Vou fazer valer o direito do cidadão”, promete. Ele também não escondeu a profunda decepção com o partido que representa há 25 anos e garante que toda essa situação teve como pano de fundo o PT.

Tranquilidade

Já o PT de Santa Catarina, está sorrindo à toa. Com o apoio garantido do PMDB estadual na campanha a presidente da república, o presidente do partido no estado, José Fritsch, espera fazer a maior campanha para Dilma em Santa Catarina. O PT definiu quarta-feira, na convenção, o vice de Ideli Salvatti ao governo do estado. Será o empresário Guido Bretzke, de Jaraguá do Sul.
Já o PP, está de mãos dadas com o PDT e lançou a candidatura de Angela Amin e Manoel Dias, presidente dos brizolistas no estado.