Eleição da câmara: Ronério rebate as críticas de João Fernandes

Amanda Menger
Tubarão

Um dos argumentos utilizados pelo presidente da câmara de vereadores de Tubarão, João Fernandes (PSDB), para mudar o seu voto (apoiando o PMDB) na eleição da mesa diretora foi que o vereador Edson Firmino (PDT) teria negociado com o PP a presidência da casa para o biênio 2011-2012.

“O presidente do PDT, Ronério Cardoso, me chamou no escritório dele e disse que tinha mandado Firmino blefar e dizer que eles iriam aceitar o acordo com o PP para que eles ficassem com a presidência nos últimos dois anos. Ele (Ronério) disse ainda que mandava no Firmino porque tinha ajudado ele na eleição”, declara João.

Ronério rechaça as acusações de João. “Desde a outra eleição, eu aprendi a conviver com Firmino, nos tornamos amigos e eu o respeito muito. E tenho certeza: ele sabe andar com as próprias pernas. Essa negociação da câmara eu deixei ele (Firmino) bem à vontade para que cuidasse do acordo. Tanto que, na primeira reunião na casa do Dr. Manoel Bertoncini (PSDB), com os vereadores da base aliada (PSDB, PP e PDT), eu estava em Turvo”, explica Ronério.

Segundo Ronério, desde o início João mostrou-se “rebelde” em aceitar Firmino na presidência. “Dizer que o PDT fez uma negociação escusa com o PP é uma forma de ele justificar os próprios atos. João disse que eu tinha interesse em ser diretor da câmara. Imagina! Deixei de ser candidato a vice-prefeito para que pudéssemos compor com o PP e o PSDB e o compromisso que o PDT tinha com o Dr. Manoel é que ficaríamos com a presidência do legislativo e algumas secretárias”, revela Ronério.

O presidente do PDT afirma que o partido nunca chegou a conversar com o PP sobre o biênio 2011-2012. “Se teve alguma coisa, foi conversa de vereador entre Firmino e Dionísio Bressan Lemos (PP). Não houve acordo entre os partidos”, relata.

A troca de farpas continua : “Respeito e sou fiel ao meu partido”, afirma Edson Firmino
O vereador Edson Firmino (PDT) também contesta as afirmações do presidente João Fernandes (PSDB) de que ele seria um “fantoche de Ronério Cardoso (PDT)” e que teria feito um acordo com o PP para definir a presidência da câmara no período de 2011-2012. “Não existe nada disso. A minha relação com Ronério é de respeito. Eu não sou fantoche dele. Tenho autonomia para tomar as minhas decisões e assumo a responsabilidade pelos meus atos. Com estas declarações, João está desrespeitando a minha pessoa e a do Ronério. Ele está tomando um caminho perigoso”, avalia Firmino.

O vereador afirma ainda que respeita o seu partido, o PDT. “Eu respeito a sigla a que sou filiado. Eu sou fiel ao PDT e ao conteúdo programático do partido. Diferente do João, que diz, sem vergonha nenhuma, que desconhecia quem era o presidente do PSDB e que desrespeita as decisões do partido”, desabafa Firmino.

Firmino diz que não perdeu a eleição da câmara para João. “Eu cedi a vaga para João Batista de Andrade, o Sargento Batista (PSDB), cumprindo um pedido de base aliada, pois João disse que, se o presidente fosse o Sargento Batista, ele votaria com o grupo. Chegamos ainda a propor que ele fosse o presidente, mas ele não quis”, revela o vereador.

O ex-candidato à presidência disse que está com a consciência tranquila. “Fiz tudo de forma clara e transparente. Eu fiz uma proposta para que todos os vereadores tivessem estrutura de trabalho igual. Mas, o que João está oferecendo? Qual é a proposta dele?”, questiona Firmino.