Domingos e feriados: Comerciários querem fechamento do comércio

Amanda Menger
Tubarão

Depois de três assembléias consultivas realizadas pelo Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Varejista e Atacadista de Tubarão e Região, ainda não há uma posição definida a respeito da abertura do comércio aos feriados e domingos. Além das reuniões em locais fixos, os trabalhadores foram ouvidos em seus respectivos trabalhos. “Pelo que ouvimos nestes três dias, o desejo da categoria é pelo fechamento das lojas e supermercados”, revela o presidente do sindicato, Ricardo Alves de Souza.

Pelos dados do IBGE de 2005, Tubarão tem cerca de 12 mil trabalhadores no comércio e o tema divide opiniões. “Não vou negar que é cômodo para o consumidor fazer compras no supermercado aos domingos ou em uma loja no feriado. Mas isso é uma questão cultural, de costume”, argumenta Ricardo.

A legislação trabalhista passou por modificações no ano passado. Os funcionários têm direito a uma folga a cada dois domingos trabalhados. A lei antes garantia uma folga a cada três. Em relação aos feriados, o comércio só pode abrir mediante acordo com os trabalhadores com intermediação do sindicato.
Em Tubarão, os supermercados e as lojas do shopping abrem aos domingos e feriados.

“O comércio de rua praticamente não discute, porque eles não abrem, a não ser em datas especiais, como o Natal, mas nesse sentido sempre teve um acordo prévio”, esclarece o presidente do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), Alberto Botega.
Para o próximo feriado, dia 21, em homenagem a Tiradentes, não tem nada definido. “Ainda não temos nenhuma proposta por parte dos comerciantes. Acredito que o interesse em abrir é deles, então que nos procurem”, afirma.

O Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) será o intermediário nas discussões com os supermercadistas e com o shopping. “Até o momento, os lojistas do shopping foram os únicos a nos procurar e vamos marcar novos encontros”, adianta Ricardo. Hoje, deverá ser marcada uma nova reunião com os lojistas do shopping. ”A intenção é prosseguirmos com os debates até chegarmos a um acordo que fique bom para todos”, garante.