Demanda cresce durante o verão

A temporada não é tão quente quanto a de 2010, mas as vendas de ar-condicionado cresceram 20%. Na foto, Sueli atende uma cliente
A temporada não é tão quente quanto a de 2010, mas as vendas de ar-condicionado cresceram 20%. Na foto, Sueli atende uma cliente

 

Karen Novochadlo
Tubarão
 
Com o calor intenso, o consumo de energia elétrica no estado atingiu o pico na última semana. Em Tubarão, em janeiro também houve registro de acréscimo na demanda. Mesmo assim, garante o chefe da agência regional da Celesc em Tubarão, Gerson da Silva Bittencourt, nenhuma cidade da região corre risco de ficar no escuro. 
 
A capacidade energética da região de Tubarão foi ampliada de 52 megavolts amper (MVA) para 78 MVA em 2010. O pico do município no mês passado (até ontem) foi de 56 MVA. O investimento deve garantir energia para os próximos quatro anos, mas isso se não houver maior demanda. Em 2010, o aumento no consumo de energia foi de 7,6%.
 
Em Tubarão, por se tratar de uma cidade comercial, os picos de consumo ocorrem por volta das 15 horas, quando os estabelecimentos ligam os aparelhos de ar-condicionado. Em comparação com o último verão, o mês de dezembro  de 2010 teve uma redução de 2,2% no consumo residencial e 3,3% no comercial. A razão é o calor, muito mais intenso na temporada passada do que nesta. 
 
Apesar das temperaturas mais amenas, as vendas de aparelhos de ar-condicionado estão em alta. Em relação ao ano passado, na loja Benoit, no centro de Tubarão, as vendas cresceram cerca de 20%. A gerente Sueli Guse acredita que as condições de parcelamento são os principais motivos.
 
Os dias mais abafados são também quando há maior venda. No verão passado, chegou a faltar aparelhos em vários estabelecimentos. Tanto que, para este ano, muitas lojas reforçaram o estoque. “Pedimos pelo menos 20% a mais de aparelhos na comparação com o ano passado”, confirma Sueli.
 
Pico catarinense
Na quinta-feira passada, às 15 horas, o consumo chegou a 3.746 MW (Megawatts). O recorde anterior na área de concessão da Celesc era de 3.652 MW. As principais causas para estes índices foram a alta temperatura e a retomada da atividade industrial.
 
Energia na praia
Nos municípios de Jaguaruna, Laguna, Imbituba e Garopaba, a Celesc já estava programada para suprir a demanda, que aumenta no verão. Em Garopaba, é estudada a ampliação da subestação para os próximos dois anos.