Carne podre: 1,3 tonelada vai para o ‘lixo’

Rafael Andrade
Tubarão

Muitos consumidores de Tubarão podem ter sido lesados no que diz respeito ao consumo de carne bovina, suína, frango e derivados. Mais de 1,3 mil quilos do produto foram apreendidos na cidade. A operação foi solicitada pelo Ministério Público (MP) estadual e contou com a participação de representantes da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Vigilância

Sanitária Estadual, Polícia Militar Ambiental e Ministério da Agricultura.
Seis estabelecimentos foram fiscalizados. “Este tipo de operação é realizado em âmbito estadual. É direito do consumidor solicitar aos órgãos públicos a fiscalização desses pontos comerciais”, destaca o promotor de justiça Sandro de Araújo.

O fiscal do Cidasc Moacir da Cunha relatou que alguns produtos estavam em situação lastimável. “Vamos dar continuidade à operação, ainda mais porque se trata de carne, alimento fundamental para o organismo”, relata Moacir.
A operação foi testemunhada por dezenas de pessoas que ficaram ‘indignadas’ com o ‘descaso’. “Sou consumidora de um destes supermercados e me sinto amplamente lesada por esses comerciantes aproveitadores”, lamenta Maria Carmem de Souza, moradora do bairro São Martinho.

O caminhão da Cidasc ficou cheio de carne ‘podre’ que, minutos antes, estava em prateleiras dos supermercados. O veículo foi escoltado até a empresa Ossotuba, no Sertão dos Corrêa. Lá, os 1,3 mil quilos de alimentos foram triturados, cozidos, pressionados e moídos, transformando-se em farinha para aves e suínos.

Ambulantes: fiscalização é intensificada

Amanda Menger
Tubarão

A temporada de verão é uma oportunidade para muitas pessoas ganharem um dinheiro extra. Com isso, a beira-mar vira praticamente um ‘mercado persa’. É possível comprar desde um lanche, como refrigerantes e sanduíches, até saídas de banho, bijuterias e mesmo alugar cadeiras e guarda-sóis. A facilidade para os turistas pode significar dor de cabeça para os gestores públicos, já que em muitos casos a ilegalidade é praxe.

Em Imbituba, os interessados em trabalhar como ambulantes tiveram que participar de uma concorrência aberta. Os selecionados precisam pagar as taxas para receber o alvará. Há duas modalidades, o fixo (com tendas fornecidas pela prefeitura e desmontadas no fim de cada dia) e os ambulantes mesmo. Ao todo, foram abertas 70 vagas. Os profissionais precisarão andar com a documentação – que tem foto – e não podem ultrapassar o limite da praia onde atuam. Quem desrespeitar ou não tiver o alvará pode ter o produto apreendido e ser multado. Para reforçar os trabalhos, a equipe de cinco funcionários efetivos será ampliada com a contratação de mais cinco temporários e terá à disposição dois veículos, além do apoio da Polícia Militar.

Em Laguna, os interessados em trabalhar como ambulantes tem até a próxima segunda-feira para fazer a inscrição. O lance mínimo é de R$ 158,00 (valor das taxas de alvarás). Outras informações poderão ser obtidas na secretaria de administração e serviços públicos da prefeitura, ou pelo telefone 3644-8722. Em Jaguaruna, a prefeitura estuda modificações no decreto municipal que regulamenta a atividade e deverá divulgar o edital de inscrições nos próximos dias.

Mais de 260 quilos de sementes
de marisco são apreendidas

Zahyra Mattar
Tubarão

Duas pessoas foram detidas no fim da noite de segunda-feira, na Estrada Geral da Madre, em Tubarão, com 260 quilos de sementes de marisco. Os moluscos estavam acondicionados em 13 sacos de aproximadamente 20 quilos cada.
Na abordagem, feita pela Polícia Militar Ambiental de Laguna, os dois homens confessaram ter pego o marisco, cujo defeso segue até o próximo dia 31, no costão da praia do Gi, em Laguna.

Cada saco é vendido por cerca de R$ 50,00 a produtores do molusco, especialmente na região de Palhoça, na Grande Florianópolis. A dupla foi multada em R$ 5,9 mil e responderá a um inquérito por crime ambiental, já que os mariscos não tinham o tamanho mínimo exigido por lei para a pesca: mais de cinco centímetros.

Caso sejam condenados, a pena prevista é de um a três anos de detenção. Ainda na noite de segunda-feira, a PM Ambiental devolveu os mariscos perto do costão. O molusco consegue alojar-se nas rochas novamente quando o tempo de devolução à água não passa de 12 horas após a retirada.