Campanha: Vozes em defesa do direito autoral

Tubarão

Quando o pé começar a ‘coçar’ quando se escuta nas rádios a música Sorte Grande diretamente vem à cabeça a intérprete da canção, Ivete Sangalo. Poucos sabem que a letra que faz a galera tirar o pé do chão e “levantar poeira” é do compositor Lourenço. O nordestino, autor também de sucessos como Mineirinho e Sai da Minha Aba, é um dos milhares de artistas beneficiados com o pagamento dos direitos autorais, concedido através da lei nº 9610/98.

Para esclarecer como funciona a execução pública da música, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) intensifica uma campanha em todo o estado com trabalhos de informação em estabelecimentos comerciais. Em visita ao Notisul ontem, a gerente do Ecad em Santa Catarina, Gisele Pinto da Luz, sanou uma série de dúvidas na hora de colocar um som em lugares como bares, restaurantes e danceterias.

Em Tubarão, o direito autoral beneficia autores como Davi Nascimento (Grupo Fissura), Antônio da Silva Torres (banda Musicamp) e Valdir Sandrini (banda Filhos do Gravatal). “Mas há ainda muitos artistas na região que não utilizam do direito que a lei lhe permite por falta de conhecimento”, enfatiza. No Brasil, o Ecad arrecada por ano R$ 373 milhões por ano com a execução pública musical.
Desse valor, 75,5% são repassados aos titulares filiados; 7,5% às associações para suas despesas operacionais; e os 17% restantes são destinados para a administração de suas atividades em todo o Brasil.

Ranking
Em 2009, o maior arrecador de direitos autorais foi o autor Victor Chaves, da dupla Victor e Léo.
“Fizemos um trabalho de conscientização. Visitamos os estabelecimentos quanto a importância da música e do direito do autor que nos traz tanta alegria”, diz Gisele.