Antes de abril não sai

Muitas pessoas utilizam a ponte de Congonhas, mas a estrutura é precária. Em cima da passagem, os pedestres também não têm qualquer segurança na travessia.
Muitas pessoas utilizam a ponte de Congonhas, mas a estrutura é precária. Em cima da passagem, os pedestres também não têm qualquer segurança na travessia.

Zahyra Mattar
Jaguaruna

A precária ponte de Congonhas, na divisa dos municípios de Tubarão e Jaguaruna, continuará exatamente como está. Apesar do projeto para a construção da nova passagem de concreto ter sido aprovado no fim do ano passado pelo conselho de desenvolvimento regional, não há previsão de quando a obra se tornará realidade.

O projeto ficou orçado em R$ 630 mil. Deste total, cada prefeitura entrará com uma contrapartida. Mas, a única certeza, lamenta o prefeito de Jaguaruna, Inimar Felisbino, é que o assunto volte a ser pauta somente depois de abril, quando vence o prazo de cessar a contratação de novas obras e liberação de verbas do governo estadual.
“A informação que tenho é que somente após abril será analisado o projeto e a possibilidade de liberação da verba. Mas tenho a plena certeza de que até o próximo verão já teremos a nova ponte construída”, prevê Felisbino.

Apesar da passagem ser permitida para carros de passeio, motos e pedestres, não é difícil flagrar caminhões em cima da passagem. Alguns carregam até casas inteiras. Pelo lado de Tubarão, o local continua interditado.
Um boletim de ocorrência foi registrado, em 2009, para atestar que há risco de queda. O parecer técnico, assinado por engenheiros civis da secretaria de planejamento da prefeitura, confirma que a estrutura está deteriorada pelo uso e ação do tempo.

Reforma não será feita
Em dezembro do ano passado, a prefeitura de Jaguaruna fez uma pequena reforma na pista da ponte de Congonhas, na divisa com Tubarão. E, até que a nova saia, nada mais será feito.

“Sempre fazem uma ‘gambiarra’. Mas deveriam fazer algo melhor, mais reforçado”, reivindica o morador do bairro Congonhas Manoel dos Passos, 58 anos. Ele sabe da interdição da ponte, mas não vê muita alternativa senão arriscar, pois a passagem é o único acesso, especialmente para os agricultores.
“Já colocaram travas de ferro e montes de areão, mas a própria comunidade tira, pois a maioria depende da ponte para trabalhar. Mas é perigoso sim. Quer ver quando passa um caminhão pesado. O negócio chega a tremer”, conta.