A vez das mulheres!: Cresce a participação feminina nas eleições

Amanda Menger
Tubarão

Dos 820 candidatos na Amurel, 121 são mulheres, o que representa 14,75% acima da média nacional, que é de 10%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Destas 121 candidatas, a maioria disputa a câmara de vereadoras: 116. Na região, há ainda uma candidata a prefeita: em São Martinho.

Outras quatro disputam como vice-prefeita: Imbituba, Braço do Norte, Jaguaruna e São Ludgero. Totalizando 121 candidatas. Nos municípios da região, Tubarão tem o maior número: 20, mas todas disputam a câmara de vereadores. Na atual legislatura nenhuma mulher foi eleita, mas em vários partidos elas ficaram entre os primeiros suplentes.

Para a professora do curso de história da Unisul, Marilda Coan, muitas mulheres passam a militar politicamente influenciadas pela família e pela profissão. “Este é o caso de algumas candidatas a vereadora em Tubarão. No cenário estadual, podemos destacar a senadora Ideli Salvatti (PT), professora e foi sindicalista durante muitos anos. Exatamente neste meio conseguiu o apoio para disputar as eleições e alcançar o cargo que ocupa hoje”, observa Marilda.

A maior participação da mulher na política tem crescido não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. “Na América do Sul temos dois países governados por mulheres: Argentina e Chile. Na Alemanha, a primeira ministra é uma mulher. A Inglaterra teve como primeira ministra durante muitos anos a Margareth Tacher. E os Estados Unidos praticamente teve uma candidata, a Hillary Clinton, que disputou as prévias dentro do partido Democrata e perdeu para Barack Obama, que por sua vez também quebra um tabu, por ser afrodescendente”, conceitua.

Jovens na política: Eles são críticos e muito engajados

O senso comum aponta que um dos traços comuns à personalidade dos jovens é a rebeldia e também a crítica, a vontade de mudança. Pois estas são algumas das características que levam muitos jovens a se engajarem politicamente. E isso significa não apenas se filiar a um partido político, mas também participar ativamente de campanhas, seja pedindo votos para outras pessoas ou mesmo como candidatos.

Para Carlos Eduardo Portão, o Preto, presidente da Juventude do PP, cerca de 200 jovens estão mobilizados na campanha da coligação Segue em frente, Tubarão, liderada por Manoel Bertoncini e Felippe Collaço, um dos mais jovens candidatos ao cargo. “Somos um grupo que já há algum tempo discute idéias e propostas. Isso mostra que os jovens querem participar e têm encontrado espaço para isso. É preciso formar novas lideranças e é o que temos feito”, avalia.

A presidenta da Juventude do Democratas, Daniela Goularte, acredita que a atual situação política do Brasil faz com que os jovens sintam vontade de participar. “As pessoas estão indignadas com certas atitudes e posturas. Isso também faz parte da personalidade do jovem, de criticar, mas só isso não basta para mudar, é preciso fazer. Por isso, muitos não se limitam a fazer parte de um partido político como militante e também colocam o nome à disposição como candidatos”, argumenta.

Nem todos os partidos que concorrem à majoritária em Tubarão têm um núcleo específico da juventude, como é o caso do PT, porém, não significa que a participação dos jovens é desprezada. “Desde 2005, vemos um aumento na participação dos jovens, muitos tiram o título de eleitor e já procuram o partido para assinar a ficha. Temos que estimular a participação não apenas no período de eleição, mas também durante os mandatos, cobrando, militando em outras áreas”, observa o coordenador da campanha do PT, Raul Lino da Silva Filho.