Escalada global: como a guerra na Ucrânia mobiliza potências e amplia tensões nucleares

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul Digital

A guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022, alcançou um novo patamar com a participação direta de países como Coreia do Norte, Estados Unidos e Reino Unido. Relatórios apontam o envio de tropas norte-coreanas à Rússia, enquanto os EUA e o Reino Unido liberaram o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia. Recentemente, a Rússia respondeu com o lançamento de um míssil balístico intercontinental, marcando a primeira utilização desse tipo de armamento no conflito.

Coreia do Norte na linha de frente

De acordo com relatórios da inteligência ucraniana e americana, a Coreia do Norte teria enviado tropas para reforçar o exército russo, consolidando a aliança militar firmada entre os dois países neste ano. Embora Pyongyang não tenha comentado oficialmente o suposto envio de soldados, a presença norte-coreana no conflito gerou reações intensas entre os aliados ocidentais da Ucrânia, que veem a parceria como uma escalada significativa na guerra e uma ameaça à estabilidade global.

EUA e Reino Unido autorizam uso de mísseis ofensivos

A Ucrânia recebeu autorização para utilizar mísseis de longo alcance ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, e mísseis britânicos Storm Shadow em ataques direcionados ao território russo. Nesta semana, as forças ucranianas empregaram esses armamentos para atingir alvos estratégicos, incluindo instalações militares na região de Bryansk.

Relatórios indicam que tropas norte-coreanas, recentemente enviadas para apoiar o exército russo, foram atingidas durante esses ataques. A presença de soldados norte-coreanos na Rússia intensificou as tensões no conflito, levando a Ucrânia a adotar medidas mais assertivas em sua estratégia militar.

Essa mudança estratégica reflete a crescente cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte, que firmaram uma aliança neste ano. A colaboração entre os dois países preocupa aliados ocidentais da Ucrânia, que veem a parceria como uma escalada significativa no conflito e uma ameaça à estabilidade regional.

Lançamento de míssil intercontinental pela Rússia

Na quinta-feira (21), a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental contra a infraestrutura ucraniana em Dnipro, causando danos a uma instalação industrial e provocando incêndios, além de deixar dois civis feridos. Esse ataque marcou um feito inédito, embora, segundo autoridades ucranianas, o míssil não tenha contido ogiva, apesar de sua capacidade nuclear.

Especialistas alertam que o uso de armas desse calibre em conflitos regionais é sem precedentes e pode aumentar o risco de escalada nuclear.