“Uma universidade comunitária funciona como um ecossistema”

Foto: Unisul/Divulgação/Notisul
Foto: Unisul/Divulgação/Notisul

Perfil
Mauri Luiz Heerdt é professor universitário, atualmente reitor da Unisul. Natural de São Martinho, morador de Tubarão, é casado com Ana Paula Rosso Dalla Rosa. Iniciou a sua carreira na docência há cerca de 30 anos. Já lecionou em escolas públicas e particulares. É graduado em Filosofia pela Unisul, especialista em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Gestão Estratégica de Instituições de Ensino Superior (2008) pela Unisul/Fundação Dom Cabral; mestre e doutor pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc). A Unisul tem 77 polos em todo o Brasil com três campi e seis unidades universitárias. São cerca de 27 mil alunos, 22 mil só na graduação.

Rafael Andrade

Tubarão

Notisul – A Unisul obteve conceito 5 em avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC) para o recredenciamento da instituição junto ao Sistema Federal de Ensino. Isso coloca a universidade entre as melhores do Estado e do país. Quais as principais ações que levaram a instituição a esta conquista? E como manter o conceito máximo?
Mauri –
O recredenciamento da Unisul, com nota máxima, é o resultado de um processo sistêmico e contínuo de planejamento e execução. Comprova que nosso Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) está de acordo com a gestão universitária, com as metodologias e conteúdos qualificados, com a infraestrutura de nossos campi, com as políticas e projetos nas áreas de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Inovação, ou seja, mostra que conseguimos transformar propostas e estratégias em ações concretas. As ações realizadas sobre esta base, com o empenho da comunidade acadêmica e o apoio das comunidades onde atuamos, é que nos trouxeram a nota máxima. Porém, como o conceito 5 não é um ponto de chegada, mas de lançamento para novas bases de excelência, estamos redobrando esforços para darmos continuidade ao processo de melhoria, previsto em nosso PDI – até porque, este é um processo que nunca se encerra.

Notisul – O foco de participação comunitária da Unisul e a importância da universidade para Tubarão e região aproximam os moradores dos serviços oferecidos. Com sede na Cidade Azul e entre as maiores empregadoras do município, a universidade já se tornou referência econômica e cultural, ajudou a elevar os índices de qualidade de vida do tubaronense e dos habitantes da Amurel, com a formação contínua de profissionais e a inclusão dos mesmos no mercado local. São mais de cinco décadas executando e prestando este apoio ao desenvolvimento regional. Como lidar com tanta responsabilidade?
Mauri –
Existe apenas um modo de lidar com essa responsabilidade, realmente imensa, e que tem sido o verdadeiro cerne da Unisul: resiliência, determinação e estratégias bem articuladas de inclusão social e sustentabilidade. É oportuno observarmos que, considerando mais de 50 anos de serviços à comunidade, não foi por mero acaso que a Unisul realizou tudo o que resumidamente está expresso em sua pergunta. Mas, embora se trate de uma responsabilidade muito grande, exatamente pelo foco comunitário, não estamos isolados na superação dos desafios impostos pela própria grandeza. Uma universidade comunitária funciona como um ecossistema; portanto, temos ao nosso lado a força e o talento de todas as comunidades nas quais atuamos.

Notisul – Muitos estudantes, colaboradores e corpo diretivo da Unisul debatem, há cerca de um ano, alguns detalhes sobre uma eventual crise na instituição. Existe mesmo algo para se preocupar e que possa ser levado a algum estágio de risco? E qual nicho de crise é este? Surgiu com o ingresso do Brasil nesta recessão econômica que já dura quase quatro anos? A Unisul, como está entre as grandes da cidade e do Estado, logicamente deve ter sentido algo negativo com tal retração da economia, quais áreas foram mais afetadas e o que é feito para mirar uma solução imediatista?
Mauri –
A preocupação é sentimento inerente à responsabilidade da qual falamos. Quanto à expressão “crise”, em um mundo pós-moderno ou “líquido”, como queiram, talvez seja mais adequado dizer “processo de adaptação” a esse mundo em permanente mudança. Por outro lado, não se pode negar que 2017 trouxe desafios, não limitados ao contexto da Unisul, mas detectados no cenário macroeconômico e regulatório do nosso país, o que reverberou no ensino superior brasileiro. Na Unisul, esses fatores se somaram à nossa história, pois muitos dos nossos problemas têm origem no passado, além das naturais injunções para atendimento às demandas de inclusão social e desenvolvimento sustentável das comunidades. Estes são desafios adicionais, cujos impactos temos enfrentado com medidas de economicidade e otimização de recursos, investimento na geração de novas receitas, melhor margem de contribuição de alguns dos nossos serviços, redução do endividamento bancário, além de outras providências. Lembramos, ainda, da abertura de duas novas unidades universitárias: Florianópolis e Braço do Norte, incluindo oferta de novos cursos de graduação, pós-graduação e ampliação de vagas em cursos já existentes.  É trabalhar: não existem fórmulas mágicas.

Notisul – Como fundação educacional instituída pelo município, muitos moradores, alunos, professores e até mesmo parte da imprensa, além de alguns políticos de Tubarão, cidade-sede da Unisul, citaram a criação de um portal da transparência. Tal mecanismo não é obrigatório, mas já foi dito pelo senhor mesmo que seria estudada a criação de um portal do gênero. Que tipos de dados irão constar neste documento eletrônico e qual o planejamento de tempo para que seja colocado em prática?
Mauri –
Costumo dizer que a transparência não é apenas uma questão legal, mas sim um compromisso moral de toda e qualquer organização e com a Unisul não é diferente. Neste sentido, vale ressaltar que a Unisul já respeita na íntegra a Lei de Acesso à Informação, prestando contas, rigorosamente, de todos os recursos públicos que recebe. Ademais, como instituição comunitária, de gestão privada, prestamos contas anualmente ao Ministério Público do Estado de Santa Catarina, curador das fundações, além é claro de todos os demais colegiados, com representação de alunos, professores, colaboradores técnico-administrativos, sindicatos, etc. Quanto ao Portal da Transparência, exigência da Lei Municipal nº 4.846/2017, desde a sua publicação estamos em contato com a prefeitura e com a Câmara de Vereadores, por meio do Conselho Curador da Fundação Unisul, discutindo os detalhes de sua implementação. Embora a lei municipal nos tenha dado 11 dias para a sua implementação, a lei federal concedeu às instituições afetadas 180 dias, inclusive para que pudessem avaliar todos os detalhes da implantação do Portal da Transparência. No caso específico da Unisul, como somos uma Universidade Comunitária, criada, mas não mantida pelo poder público, precisamos tomar alguns cuidados. Não queremos que a Universidade, ainda que amparada por uma lei municipal, acabe por ferir direitos garantidos constitucionalmente em favor dos colaboradores que trabalham na Instituição. Até pela experiência que já temos e tivemos com passivos trabalhistas, esta questão tem que ser enfrentada com muita responsabilidade. Vale lembrar que por não sermos geridos pelas regras da administração pública, nossos colaboradores não são servidores públicos, logo, não têm o direito à estabilidade, mas, sim, são celetistas, e por direito constitucional devem ter sua privacidade preservada. Tenho certeza de que os sindicatos, prezando sempre pela defesa incondicional dos direitos e garantias dos seus trabalhadores, também pensam de modo semelhante. Outro aspecto que existe é o que se chama de diferencial competitivo e isso ocorre também no campo dos contratos que se pretende divulgar. Ou seja, por meio do Portal, não somente as pessoas interessadas no bem da Unisul e no desenvolvimento da região, mas também as demais instituições que atuam no mercado educacional teriam acesso aos nossos modelos negociais e poderiam, deste modo, desenvolver uma vantagem em nosso desfavor. Em função disto, temos que ser muito cautelosos.

Notisul – Por que há tantas cobranças de melhorias da instituição por parte do Sinpaaet (Sindicato dos Professores e Auxiliares de Administração Escolar de Tubarão). Isto começou a ficar mais evidente em 2017. Houve algo especial entre a universidade e o representante dos funcionários, no ano passado, que desencadeou tal pressão sindical?
Mauri –
Não, absolutamente. A Reitoria tem mantido diálogo permanente com as lideranças sindicais. O que acontece é que num momento mais delicado para Instituição, também o Sindicado, na sua função de preservar os direitos dos trabalhadores, precisa estar mais próximo dos movimentos em andamento. Infelizmente, algumas ações são necessárias e afetam de modo inevitável alguns trabalhadores. No entanto, temos sido muito cuidadosos no sentido de preservar os direitos dos trabalhadores e minimizar os impactos nas atividades educacionais (sala de aula, por exemplo) e preservar nossos programas de inclusão social, como bolsas de estudo, que não são poucas.

Notisul – O senhor está no comando da reitoria há cerca de um ano, fica no mandato até 2023. Como resumir esses pouco mais de 12 meses de trabalho, quais os principais projetos para 2018 e o que, hoje, é o trabalho que podemos dizer: Isso é a ‘menina dos olhos’ da Unisul atualmente ou que será em um futuro próximo?
Mauri –
Foi um ano de bastante trabalho e dedicação, com inúmeros desafios, conforme já relatado anteriormente. Evoluímos em vários aspectos, tanto que recebemos recredenciamento pelo MEC como Universidade de excelência, válido por oito anos. Mas isto, ainda que seja motivo de orgulho para todos nós, não é suficiente. Precisamos ir além da Universidade comunitária que somos e que na verdade sempre nos caracterizou, na medida em que proporcionamos educação e ampliamos oportunidades de formação profissional nas regiões em que temos nossos Campi, Unidades ou Polos. Precisamos fazer mais do que viabilizar a inclusão social no ensino superior, que já tem concentrado grande parte dos nossos esforços. O desafio que se apresenta neste momento de nossa trajetória é o de nos tornarmos também uma Universidade inovadora, para que o conhecimento produzido dentro do ambiente acadêmico seja um reflexo das necessidades reais que emanam da comunidade. É essencial que as soluções a partir do cabedal teórico dos estudos e das pesquisas sejam compatíveis com a velocidade dos avanços tecnológicos e suas consequentes alterações não somente nas formas de aprendizado, mas em nossa maneira de viver. Na era do conhecimento é essencial inovar para que o próprio conhecimento não se torne obsoleto ou inútil. Como eu disse antes, uma Universidade comunitária funciona como um ecossistema e, se continuarmos por este raciocínio, podemos dizer que trabalhar conectados às demandas sociais cria uma espécie de bioma de inovação, de tal forma que as características regionais para o desenvolvimento sustentável nos aspectos sociais, econômicos e ambientais são percebidas, compreendidas e atendidas. Aí está nossa “menina dos olhos” ou, melhor dizendo, aí está o nosso projeto para 2018 e para os anos vindouros: nos tornarmos além de comunitária, uma Universidade inovadora – o que acontecerá por meio de parcerias com empresas, municípios, agências governamentais e a própria comunidade na promoção de uma cultura de empreendedorismo e inovação.

Notisul – Qual a diferença entre a Unisul Universidade e a Fundação Unisul?
Mauri –
A Fundação Unisul é a mantenedora da Unisul, que é a Universidade. A Fundação foi organizada por transformação da originária Fundação Educacional do Sul de Santa Cataria (Fesc), instituída pelo Poder Público Municipal, com personalidade jurídica de direito privado e sem fins lucrativos. A Fundação tem, entre outras finalidades, a de manter a Universidade, incluindo a Unisul TV e o Colégio Dehon. A Universidade do Sul de Santa Catarina, por outro lado, é uma instituição educacional multicampi, mantida pela Fundação Unisul, para a oferta de ensino, pesquisa e extensão. É ela quem promove o ensino e a aprendizagem em todos os níveis, nas modalidades presencial e a distância, desenvolve a pesquisa, a extensão e a aplicação do conhecimento.

Notisul – Percebe-se uma evolução no Campus da Grande Florianópolis, inclusive com o uso de novos espaços, como o inaugurado recentemente na capital. Esse desenvolvimento também é notável na região de Tubarão, como as parcerias firmadas na cidade de Braço do Norte com uma empresa privada. Esse seria um dos caminhos para a manutenção do progresso educacional, fomentar tais parcerias?
Mauri –
Não tenho dúvida de que o futuro das universidades, principalmente das comunitárias, está cada vez mais condicionado à sua habilidade de se articular com a iniciativa pública e privada. Inclusive, este é o tripé que sustenta a nova economia do conhecimento, onde universidade-governo-empresa trabalham juntos em prol da inovação, da inclusão social e do desenvolvimento sustentável. As novas Unidades citadas no enunciado da sua questão são exemplos dessas parcerias. Num momento de grandes mudanças na conjuntura econômica e no sistema de educação superior de um país do tamanho do Brasil, precisamos, sim, de medidas de otimização de recursos, mas precisamos acima de tudo de estratégias para a geração de novas receitas, incluindo parcerias que nos permitam conectar amplamente com o contexto global. Também as mudanças no sistema de educação superior brasileiro, aliadas à nossa excelência no processo de recredenciamento institucional, devem ser utilizadas a nosso favor, gerar oportunidades para além daquelas que atualmente já aproveitamos.

Notisul – A Unisul conta com uma ampla gama de serviços. Há cursos ofertados na graduação, pós-graduação, Unisul Virtual, pesquisas (inclusive com muitas patentes valiosas), esportes, startups, incubadoras, entre várias outras. Para que tudo isso funcione de acordo é preciso uma equipe superpreparada para administrar. Muitas das grandes empresas do Brasil e do mundo chegaram à contratação de CEOs, é o caso atual da Unisul, ou todos esses serviços estão muito bem gerenciados? Há riscos de alguns desses acabar, mesmo que momentaneamente?
Mauri –
Um CEO nada mais é do que um Diretor Executivo, denominação amplamente utilizada em grandes corporações. Apesar do desconhecimento das pessoas em geral quanto às diferenças substanciais entre as habilidades necessárias para se dirigir uma instituição de ensino superior e uma empresa, não acredito que a denominação por si só faça diferença. O que para mim está claro é que cada vez mais a gestão de qualquer universidade precisa ser profissionalizada, sem perder, porém, a essência do que é a Universidade, especialmente em seu papel dentro da complexidade atual do mundo. Uma universidade deve ser uma instituição que contribui para o desenvolvimento sustentável das regiões onde atua, mas ao mesmo tempo precisa manter sua própria sustentabilidade. Temos que ter ciência de que não podemos gerir a universidade considerando apenas as questões econômico-financeiras; a questão que ultrapassa as injunções empresariais está no desafiador equilíbrio de levar em conta as contribuições sociais e a inclusão social, que no caso das universidades comunitárias são a sua própria essência. Não penso que uma só pessoa possa resolver todos os problemas de uma instituição complexa como é a universidade. Assim, acredito na competência de uma equipe de gestão multidisciplinar, vinda das mais diversas áreas de formação. Temos em nosso quadro pessoas altamente qualificadas para as suas respectivas funções. Vale ressaltar, ainda, que no passado a Unisul já teve em seus quadros profissionais vindos da iniciativa privada e nos valemos de consultorias altamente especializadas, sendo que muitas das técnicas por eles trazidas foram incorporadas aos nossos processos de gestão.

Notisul – Como o senhor define o apoio dos poderes públicos? Os investimentos da União, Estados e municípios estão de acordo com a demanda ou houve muita redução de injeção monetária nos últimos dois anos, inclusive nas áreas de financiamento estudantil e de pesquisa, o que pode desencadear algo mais sério?
Mauri –
Como qualquer instituição sem fins lucrativos, a Unisul concorre juntamente com outras universidades em editais públicos para pesquisa, extensão e ensino, e presta contas de cada recurso que obtém. Todavia, com olhos postos na relevância dos projetos que foram e que são desenvolvidos por meio de recursos públicos, tem havido uma tendência muito forte de redução. Ademais, há ainda uma lacuna considerável entre a Lei das Comunitárias, na qual nos enquadramos, e a sua efetiva implementação, pois a lei ainda depende de várias regulamentações para a efetiva execução. Assim, na maioria dos casos, para efeitos de captação de recursos públicos, a Unisul é equiparada às instituições com fins lucrativos. Como agravante, tivemos, sim, nos últimos anos uma redução substancial do financiamento estudantil, o que afeta diretamente nosso fluxo de caixa institucional.

Notisul – A prefeitura de Tubarão conseguiu no ano passado capitanear verbas para investimento em infraestrutura viária. Umas das vias contempladas foi a rua Padre Dionísio da cunha Laudt (que liga a BR-101 à beira-rio), a qual ladeia toda a Unisul. Esse tipo de projeto moderniza a própria instituição, que foi parceira e cedeu, inclusive, uma parte do seu terreno para o alargamento da via. O prefeito atual, Joares Ponticelli, é também o presidente do Conselho Curador. Qual o papel deste Conselho para a universidade e para a cidade?
Mauri –
O Conselho Curador é um órgão deliberativo e de fiscalização da Fundação Unisul, constituído pelos chefes dos poderes Executivo e Legislativo do município de Tubarão, pelos presidentes da Acit, da CDL e da PrevUnisul e pelo presidente da Fundação Unisul. Ao conselho compete fiscalizar os atos da Fundação Unisul e verificar o cumprimento das suas atribuições legais e estatutárias, examinar e deliberar sobre o orçamento, o Plano Anual de Trabalho (PAT), o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Relatório Anual de Atividades (RAA), a Prestação de Contas, entre outras atribuições. Isto significa que, em última instância, é o Conselho Curador, composto pelos principais representantes da nossa cidade, que delibera e fiscaliza toda e qualquer ação da Unisul.

Notisul – Qual recado de comprometimento o senhor deixaria aos leitores do Notisul, que de alguma forma estão ligados à universidade – como alunos, ex-alunos, professores, ex-docentes, funcionários… O que é preciso deixar bem claro neste momento e como aproveitar a nota máxima reconhecida pelo MEC e o que pode ser galgado com este conceito positivo?
Mauri –
Acredito que o melhor recado a ser deixado já foi escrito pela própria história da Unisul. Trata-se de mais de meio século de uma trajetória que começa com espírito visionário, ousadia e prossegue com persistência, determinação até alcançarmos o que tem sido nosso maior orgulho neste momento, pois não foi mero acaso recebermos, como você relembrou, a nota máxima concedida pelo MEC. Uma das consequências fundamentais de passarmos a integrar a seleta lista de melhores universidades do nosso país e de Santa Catarina, é o renovado fôlego que isto nos traz, a viva esperança e mais do que isto, a convicção de que somos capazes de dar prosseguimento a essa trajetória cujo âmago sempre foi a coragem. Mas, observe que não se trata de simples otimismo. Estou falando de fatos. Somos realmente um dos maiores empregadores da região Sul de Santa Catarina e nossa nota máxima nos certifica como uma Universidade cuja excelência permite que nossos acadêmicos esperem desta Instituição produtos e serviços com qualidade crescente. Do mesmo modo, nossas comunidades sabem que nesta parceria que temos vivenciado há mais de 50 anos jamais negligenciamos o compromisso com a inclusão social e jamais deixamos em segundo plano o seu desenvolvimento sustentável. Assim, se nossa nota máxima traz novas parcerias, mais possibilidades de investimentos, mais oportunidades, com certeza traz, sobretudo, mais vigor e intensifica a confiança de cada um dos nossos colaboradores e dos integrantes da comunidade no poder que tem o trabalho realizado em conjunto – e é assim, juntos, que seguiremos em frente.