Empresas familiares no Brasil enfrentam desafios na sucessão de liderança

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Segundo um levantamento da consultoria PwC, 75% das empresas familiares no Brasil acabam fechando após serem sucedidas pelos herdeiros. Embora 90% das empresas brasileiras sejam familiares, segundo o IBGE, a falta de preparo dos sucessores para assumir a gestão é uma das principais razões para esse cenário. O advogado Antônio Carlos Morad, especialista em Governança Corporativa e direito empresarial, destaca a importância de um planejamento sucessório estruturado para garantir a continuidade dos negócios.

Importância do planejamento sucessório nas empresas familiares

Para evitar a falência após a sucessão, Morad enfatiza a necessidade de um planejamento sucessório desde o início da empresa ou logo que ela esteja em operação. Ele recomenda que esse processo seja conduzido por um escritório de advocacia especializado, que possa estruturar a transição de maneira eficaz, seja para herdeiros ou para gestores profissionais.

  • Planejamento sucessório deve começar cedo
  • Envolvimento de profissionais especializados é crucial
  • Estruturação para herdeiros ou gestores externos

Desafios na escolha do sucessor e na gestão profissional

A falta de preparo e interesse dos herdeiros em administrar o negócio é um obstáculo comum. Morad sugere que, em muitos casos, o ideal é que os sucessores assumam papéis como acionistas, enquanto a gestão é conduzida por profissionais capacitados. Isso evita a interferência na gestão e garante que a empresa seja liderada de forma competente.

  • Herdeiros podem atuar como acionistas
  • Gestão profissional garante continuidade
  • Evita interferências e conflitos familiares

O papel dos gestores externos na continuidade das empresas familiares

Estudos indicam que 55% das maiores empresas familiares do mundo são lideradas por gestores que não fazem parte da família. Esse modelo tem se mostrado eficaz para enfrentar os desafios do mercado moderno. Morad reforça que a profissionalização da gestão é fundamental, especialmente no Brasil, onde muitas empresas ainda são geridas de forma amadora.

  • Empresas devem considerar gestores externos
  • Profissionalização é essencial para crescimento
  • Evita a estagnação e falência dos negócios