O Pantanal enfrenta uma crise ambiental alarmante antes mesmo do final de junho, com o maior número de queimadas já registrado nos primeiros seis meses do ano. Até segunda-feira (24/6), foram contabilizados 3.372 focos de incêndio, superando os 2.534 registros de 2020, até então o pior semestre.
Governo decreta emergência e mobiliza recursos
O Governo do Mato Grosso declarou situação de emergência nos municípios afetados pelos incêndios, visando facilitar a obtenção de recursos para o combate às chamas. O decreto tem validade de 180 dias e busca conter o avanço das queimadas no bioma.
Seca severa e impacto do El Niño exacerbam cenário
Especialistas apontam que a seca severa no Pantanal, influenciada pelo fenômeno El Niño, contribui significativamente para o aumento das queimadas. A falta de chuvas no início do ano deixou a vegetação mais vulnerável ao fogo, intensificando os danos ao ecossistema.
Ação humana e mudanças climáticas agravam a situação
Além do El Niño, o desmatamento na Amazônia, no Cerrado e no próprio Pantanal tem contribuído para a crise ambiental na região. A combinação desses fatores compromete o ciclo natural de chuvas e a capacidade de resiliência da fauna e flora pantaneiras.