Emendas catarinenses no Senado ampliam renegociação de dívidas

Foto: Agência Senado - Divulgação: Notisul Digital
A bancada catarinense no Senado Federal incluiu três emendas importantes no Projeto de Lei Complementar (PLP 121/2024), que estabelece um novo programa para a renegociação das dívidas dos estados com a União. Essas alterações visam facilitar o processo de pagamento das dívidas, estendendo o prazo para até 30 anos e reduzindo os juros.

Emendas garantem abatimento de valores para obras federais

Uma das emendas propostas pelos senadores catarinenses define que a União poderá descontar da dívida dos estados valores transferidos entre 2021 e 2024 para a execução de obras federais. Santa Catarina já pactuou com o Ministério da Infraestrutura R$ 465 milhões para obras nas BRs 470, 163 e 280.

  • Dedução de valores transferidos para obras federais
  • R$ 465 milhões para obras nas BRs 470, 163 e 280
  • Redução direta da dívida dos estados

Alterações no teto de gastos para estados com boa saúde fiscal

Outra emenda ajusta o teto de gastos para os estados que aderirem ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A proposta inicial do PLP exigia restrições de gastos que foram consideradas inadequadas para estados com finanças equilibradas, como Santa Catarina. A Lei de Responsabilidade Fiscal já limita o aumento desordenado de gastos.

  • Ajuste nas regras de controle de gastos
  • Reconhecimento da situação fiscal saudável de Santa Catarina
  • Aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal

Ampliação do prazo e uso de recursos do FNDR para renegociação

A terceira emenda remove o prazo de 31 de dezembro de 2024 para que os estados implementem as medidas de redução de dívidas. Além disso, permite a utilização dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR) para ampliar a capacidade de renegociação das dívidas.

  • Remoção do prazo rígido para implementação
  • Autorização para uso do FNDR na renegociação
  • Maior flexibilidade para os estados

O PLP 121/2024 foi aprovado no Senado com 70 votos a favor e 2 contra. Agora, o texto, incluindo as emendas dos senadores Beto Martins, Esperidião Amin e Jorge Seif, segue para a Câmara dos Deputados para nova análise e votação.