Quando se trata de mercados financeiros, há uma crença comum de que a presidência de um partido específico, seja Democrata ou Republicano, pode impactar significativamente o desempenho do mercado de ações. Contudo, a realidade histórica nos mostra uma visão diferente. Dados sobre o desempenho do mercado ao longo de várias administrações revelam que, independentemente de quem está no Salão Oval, a bolsa tende a crescer em ciclos longos e consistentes.
Ao observar o índice S&P 500, que representa aproximadamente 80% do valor de mercado das ações americanas, notamos que o mercado cresceu durante as administrações de ambos os partidos. Desde 1926, o S&P 500 teve um retorno anual médio de cerca de 10%, mostrando uma resiliência impressionante frente a mudanças políticas, crises econômicas e guerras.
Para ilustrar melhor, vejamos alguns exemplos:
- Administração de Barack Obama (2009–2017): Quando o ex-presidente Obama assumiu em meio à crise financeira, o S&P 500 estava no ponto mais baixo. Durante seus dois mandatos, o índice subiu cerca de 235%, principalmente com estímulos e programas de recuperação econômica.
- Administração de Donald Trump (2017–2021): Apesar de grandes oscilações, especialmente no final de seu mandato devido à pandemia, o mercado de ações continuou a crescer. Durante sua presidência, o S&P 500 subiu aproximadamente 68%.
- Administração de Joe Biden (2021–): O S&P 500 também teve um início de alta sob Biden, mesmo com questões como inflação e aumentos nas taxas de juros, indicando que a tendência de alta não se limita a partidos ou presidentes específicos.
Analisando historicamente, as médias de retorno do mercado durante governos republicanos e democratas são notavelmente próximas, e mesmo quando existem ciclos de recessão, eles tendem a ser passageiros em um quadro de longo prazo. Além disso, as políticas de estímulo monetário e fiscal, a evolução da tecnologia e o crescimento corporativo impulsionam a economia, com menos impacto político do que se poderia imaginar.
Portanto, a história nos ensina que as forças do mercado são mais complexas e resilientes do que qualquer administração. Confiar no histórico de crescimento e na força das grandes empresas parece ser uma estratégia mais racional do que tentar prever o desempenho da bolsa com base em quem ocupa a Casa Branca. Em suma, para o investidor de longo prazo, tanto faz ser democrata ou republicano — o mercado, no fim, segue em frente.