O dólar acumula ganhos de mais de 9% em 2024, revertendo as perdas de 2023. A moeda norte-americana, que fechou ontem a R$ 5,2971, reflete fatores como a política monetária dos EUA, a balança comercial brasileira e o quadro fiscal do Brasil.
Política monetária dos EUA impacta cotação do dólar
Mudanças nas taxas de juros influenciam mercado
A força do dólar em 2024 está ligada às sinalizações do Federal Reserve (Fed) sobre a condução dos juros nos Estados Unidos. Com um mercado de trabalho aquecido e atividade econômica forte, o Fed adiou o início dos cortes de juros, previsto inicialmente para maio, para setembro. Essa incerteza fortalece o dólar, visto como proteção em momentos de volatilidade.
- Manutenção das taxas entre 5,25% e 5,50%
- Incerteza sobre cortes de juros
- Proteção contra volatilidade
Balança comercial brasileira enfraquecida
Queda nas exportações de commodities
A balança comercial do Brasil, que registrou recorde em 2023, está em baixa neste ano, com menores exportações de minério de ferro e petróleo. A menor demanda internacional, influenciada pelos juros nos EUA, também contribui para a valorização do dólar.
- Menores exportações de minério de ferro e petróleo
- Demanda externa reduzida
- Influência dos juros nos EUA
Quadro fiscal brasileiro em foco
Mudanças nas projeções fiscais afetam real
O quadro fiscal do Brasil também influencia o câmbio. Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revisou a projeção fiscal para déficit zero em 2025. Essa mudança, vista pelo mercado como um indicativo de maior gasto público, desvalorizou o real.
- Revisão para déficit zero em 2025
- Percepção de maior gasto público
- Incerteza na transição do Banco Central
O que esperar para o futuro?
Poucas mudanças de cenário no curto prazo
Especialistas indicam que o cenário deve permanecer inalterado nos próximos meses. O Fed deve manter as taxas de juros, e a balança comercial brasileira continuará pressionada. A variação negativa nos preços das commodities e a menor demanda internacional devem continuar a valorizar o dólar em relação ao real.
- Estabilidade nas taxas de juros dos EUA
- Balança comercial sem grandes mudanças
- Pressão nos preços das commodities