Juan Carlos Delpino, diretor do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, denunciou nesta segunda-feira (26) “falta de transparência e veracidade” nas eleições de 28 de julho, que resultaram na reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato consecutivo. A denúncia surge em meio a alegações de fraude por parte da oposição.
Suposta fraude nas eleições
Delpino, que representou a oposição no CNE, afirmou em comunicado que não estava presente quando os resultados foram contabilizados, pois as testemunhas da oposição foram retiradas durante o encerramento das mesas receptoras. Ele destacou que a transmissão dos resultados foi interrompida, alegadamente devido a um suposto ataque cibernético.
Protestos e repressão
Após a divulgação dos resultados pelo CNE, protestos eclodiram em várias regiões da Venezuela. A repressão resultou em 27 mortos, 200 feridos e cerca de 2.400 detenções. O governo de Maduro rotulou os manifestantes como “terroristas”.
Candidato da oposição é convocado para depor
Edmundo González, candidato da oposição, foi convocado pelo Ministério Público para depor nesta segunda-feira (26), mas não compareceu. Em um vídeo, ele criticou o procurador-geral da República, Tarek William Saab, acusando-o de agir como um “acusador político”. O Ministério Público emitiu uma nova convocação para que González compareça nesta terça-feira (27).