No Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina chama a atenção para os graves riscos que o tabagismo representa durante a gestação. Com o tema “Tabagismo: os danos para a gestação e o bebê”, a campanha deste ano busca sensibilizar as mulheres sobre a importância de abandonar o cigarro, enfatizando os impactos negativos para a saúde da mãe, do bebê e de todos que convivem no mesmo ambiente.
Efeitos do tabagismo na gestação são graves e duradouros
O tabagismo durante a gravidez acarreta diversas complicações tanto para o feto quanto para a mãe, uma vez que as toxinas do cigarro atravessam a placenta, provocando graves efeitos adversos. Entre os problemas estão a restrição de crescimento, fazendo com que bebês de mães fumantes nasçam com peso inferior ao ideal, e o risco de malformações congénitas, já que a exposição ao cigarro pode resultar em deformações no desenvolvimento fetal. Além disso, o cigarro eleva o risco de parto prematuro, abortamento e até morte fetal. Após o nascimento, a exposição ao fumo passivo pode desencadear doenças respiratórias no bebê, como infeções respiratórias, asma e até morte súbita.
Consultas pré-natal são essenciais para combater o tabagismo
Camilo Fernandes, médico pneumologista da SES, destaca a importância das consultas pré-natal como momentos cruciais para abordar o tema com as gestantes. Ele recomenda que os profissionais de saúde dediquem pelo menos dois minutos para conversar sobre os perigos do tabagismo.
Tabagismo em SC: dados e ações de controle
Em 2023, mais de 10 mil pessoas em Santa Catarina buscaram tratamento para parar de fumar através do Sistema Único de Saúde (SUS). Destas, 42% conseguiram abandonar o vício após múltiplas tentativas. Adriana Elias, coordenadora Estadual de Controle do Tabagismo, ressalta a importância da persistência.