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Dia do Ferroviário: linha férrea moldou a história e a identidade de Tubarão

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Neste 30 de abril, Dia do Ferroviário, Tubarão celebra uma parte essencial de sua história: a forte ligação com a ferrovia que impulsionou o desenvolvimento econômico e cultural da região. Implantada ao longo da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina (EFDTC), a cidade cresceu em torno dos trilhos, que conectam as minas de carvão da região Sul de Santa Catarina ao Porto de Imbituba.

Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina: a espinha dorsal do progresso

Inaugurada em 1884, a EFDTC foi pensada para escoar a produção de carvão mineral — riqueza abundante na região — desde os municípios mineradores de Lauro Müller e Criciúma até o Litoral. Tubarão surgiu como ponto estratégico dessa rota, não apenas como entreposto logístico, mas como cidade que cresceu ao redor da ferrovia. A linha conta com dois ramais principais: Lauro Müller e Criciúma, ambos essenciais para o transporte de carga e passageiros nas décadas seguintes.

  • Funções da ferrovia na região:
    • Transporte de carvão mineral até Capivari de Baixo
    • Conexão dos centros urbanos ao Porto de Imbituba
    • Mobilidade de trabalhadores e famílias entre cidades vizinhas
    • Formação de vilas ferroviárias que deram origem a bairros históricos

A cultura ferroviária moldou o cotidiano e o crescimento urbano

Os ferroviários foram peças fundamentais na consolidação de uma cultura própria na cidade. Com jornadas marcadas por disciplina, esforço e comprometimento, esses trabalhadores não apenas movimentaram locomotivas — eles ajudaram a construir comunidades. Bairros inteiros, como Oficinas em Tubarão, surgiram para abrigar famílias de trabalhadores da ferrovia. Além disso, festas, clubes, escolas e igrejas foram organizadas a partir da vida ferroviária.

Patrimônio, memória e desenvolvimento contínuo

Mesmo com a transformação dos sistemas de transporte ao longo das décadas, a ferrovia segue ativa, especialmente no transporte de carvão mineral, que ainda chega por trilhos até Capivari de Baixo. A EFDTC também passou a se destacar pelo turismo ferroviário com a locomotiva Maria Fumaça, que resgata a memória afetiva de gerações.

Celebrar o Dia do Ferroviário é, portanto, reconhecer a força de homens e mulheres que colocaram Tubarão nos trilhos do desenvolvimento e ajudaram a formar a identidade de uma região que até hoje tem no apito dos trens um símbolo de suas raízes.

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