Deputado critica falta de câmeras em escolas de SC desde 2023

FOTO Divulgação Notisul

A ausência de videomonitoramento nas escolas estaduais de Santa Catarina foi alvo de críticas do deputado estadual Mário Motta (PSD) durante a Sessão Ordinária desta quarta-feira (26). Desde outubro de 2023, as unidades escolares estão sem câmeras e sensores de presença, o que compromete a segurança patrimonial e facilita furtos e atos de vandalismo. O parlamentar cobrou respostas da Secretaria de Estado da Educação (SED), que já tentou contratar o serviço pelo menos oito vezes, sem sucesso.

Múltiplas tentativas de licitação fracassaram

O deputado apresentou uma linha do tempo das tentativas frustradas de contratação. Desde 2023, pelo menos oito processos de licitação foram abertos e posteriormente arquivados, por razões como:

  • Falta de orçamento;
  • Revisão de editais;
  • Atualizações técnicas.

Em outubro de 2023, a SED revogou dois processos de licitação – um por concorrência e outro emergencial – para ajustes nos editais e consulta ao Centro de Informática e Automação do Estado de SC (CIASC). No entanto, o contato com o CIASC gerou denúncias e processos no Ministério Público de SC (MPSC) e no Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC).

Nova tentativa foi cancelada por falta de orçamento

Em junho de 2024, um novo edital foi aberto para a compra de sensores e câmeras, mas também foi arquivado por falta de previsão orçamentária. Outras tentativas entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025 seguiram o mesmo destino, sendo canceladas por necessidade de reformulação técnica.

Escolas vulneráveis com a chegada das férias

Com a proximidade das férias escolares, período em que as escolas ficam fechadas e mais suscetíveis a invasões, a SED tentou contratar o serviço por dispensa de licitação. Entretanto, essa tentativa também foi arquivada.

Lei exige câmeras, mas ainda não foi regulamentada

O deputado lembrou que a Lei 18.643/23 determina a instalação de câmeras de videomonitoramento em todas as escolas estaduais, mas até o momento não foi regulamentada. Ele protocolou um Pedido de Informação à SED cobrando explicações.

“Muito esforço é despendido, diversas horas técnicas são consumidas, mas nenhuma solução efetiva é implementada. Precisamos de respostas. Não podemos esperar que uma nova tragédia aconteça em nosso estado para buscarmos soluções”, afirmou Motta.