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Decisão polêmica: Diretor de escola é exonerado do cargo após 20 anos de gestão

Tubarão

Desde esta terça-feira, José da Silva Thiesen, 60 anos, não é mais diretor da Escola de Educação Básica Martinho Alves dos Santos – cargo que ocupava há 20 anos. O educador foi dispensado da função por um processo administrativo instaurado no ano passado, mas referente a fatos ocorridos em 2015.

O processo, desde o início, desagradou a comunidade escolar. Pais e professores fizeram abaixo-assinado e no começo de abril promoveram ato público nas ruas vizinhas à escola, no bairro São Martinho. Ainda em abril os vereadores Jairo dos Passos Cascaes (PSD) e Maurício da Silva (PPS) encaminharam a autoridades do governo do Estado uma moção de apoio à permanência de Thiesen na direção.

Funcionário da escola há 35 anos, foi processado por não ter matriculado uma criança no período da tarde, já que só havia vaga para o turno matutino. Provisoriamente, a criança começou a frequentar as aulas pela manhã e acabou desistindo da mudança para a tarde.

Em outro caso, um rapaz de 15 anos queria ser matriculado sem a presença dos pais. A escola negou a vaga até que ele estivesse acompanhado dos responsáveis, o que acabou ocorrendo.

O terceiro fato diz respeito a uma professora que viajou 15 dias para Inglaterra, mas só avisou a escola às vésperas da partida. Thiesen diz que ela chegou a ser punida, com desconto de todos os dias de falta.

O ex-diretor afirma que está afastado por atestado médico desde que recebeu a notícia da dispensa. “A escola me faz bem. Se não reverterem isso, não volto mais. Já tenho tempo para me aposentar”, conta. Indignado, ele diz ser vítima de perseguição do gerente de Educação, Jaime Ondino Teixeira. “Não fiz nada errado. Não tinha motivo para isso, ele só quis mostrar força. Acha que a gente tem que se curvar a ele, então para que diretor? O Jaime é o culpado”, critica.

 

Gerente rebate denúncia de perseguição
O gerente nega qualquer interferência no caso. Diz que as denúncias apenas chegaram a ele e que sua função foi repassá-la para a secretaria de Estado da Educação. “Não houve perseguição, nada de política. Nem sei qual é o partido dele. Estou aqui gerenciando a educação. Não tenho poder de interferência”, afirma.

O ex-diretor deve retornar à função de professor de História e Geografia. No lugar assume a sua então assessora de direção, Antonia Regina. Desde 2016, os diretores são escolhidos por eleição para mandato de quatro anos. Thiesen permaneceria até 2019. Hoje, a Martinho tem 974 alunos, do ensino fundamental ao médio.

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