Somos pecadores

Depois de mais de dois mil anos do anúncio da paixão de Jesus, o fato continua a nos provocar. Que o Autor da Vida anuncie a sua entrega às mãos daqueles pelos quais veio para dar tudo, é uma provocação, claramente. Poderia dizer-se que não era necessário, que foi um exagero. Esquecemos muitas vezes a dor que toma o coração de Cristo, fruto do nosso pecado, o mais radical dos males. Não nos deixamos amar por Deus, preferimos ficar dentro de nossas curtas categorias e no imediatismo da vida atual. É necessário reconhecer que somos pecadores como também é necessário admitir que Deus nos ama em seu Filho Jesus Cristo. Depois de tudo, somos como os discípulos, «mas eles não compreendiam esta palavra. O sentido lhes ficava oculto, de modo que não podiam entender. E tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto» (Lc 9,45).