UM VICIO LEVA A OUTRO

João, o precursor, que tinha sido enviado por Deus antes que Jesus, com o seu martírio precedeu-o também na Sua paixão e morte. Foi também uma morte decidida por parte do tetrarca Herodes, seguramente contrariado, pois ele apreciava-o e escutava-o com respeito. João era claro e firme com o rei quando lhe critica a sua conduta merecedora de censura, pois não lhe era lícito tomar como esposa Herodíades, a mulher do seu irmão. Herodes tinha cedido ao pedido que lhe tinha feito a filha de Herodiades, instigada pela sua mãe, quando, num banquete —depois da dança que tinha agradado ao rei— perante os convidados, jurou dar-lhe «A cabeça de João Batista» (Mc 6,24). E o reizinho manda executar a Batista. Era um juramento que de nenhuma forma o obrigava, pois era coisa má, contra a justiça e contra a consciência. Uma vez mais, a experiência ensina que uma virtude deve estar unida a todas as outras, e todas hão de crescer de maneira orgânica, como os dedos de uma mão. Quando se incorre num vício, prosseguem-se os outros.