Braço do Norte
Não ter conhecido os avós, é uma frustração que a menina Isabele Cristine Americo, de 9 anos, carrega há algum tempo. Mas ela encontrou um jeito em seu entendimento de comunicar-se com eles. Pelo terceiro ano consecutivo, no dia dedicado aos mortos, ela escreve uma pequena carta e deposita no túmulo dos avós, que ela afirma amar muito só em ouvir histórias sobre eles, mesmo sem os conhecer.
Na carta ela sempre faz uma declaração de amor e confessa o quanto ela gostaria de tê-los conhecido. De acordo com Celoni Schmoeller Souza, mãe da menina, há três anos no Dia dos Finados, a garota a acompanha na visita ao túmulo de seus avós maternos e deixa uma ‘carta’ aos que ouve falar tão bem.
“Não conheci eles, mas tenho certeza que eram pessoas boas. Minha mãe sempre falou muito bem dos meus avós. Na cartinha falo que amo e que queria ter conhecido eles”, explica Isabela.
Celoni conta que a menina é sonhadora e que todos os anos ela toma a iniciativa de escrever a carta. “No ano passado ela ficou brava porque os avós não responderam, mas depois passou”, observa a moradora de Braço do Norte.
O papel dos avós na família vai muito além dos ‘mimos’ oferecidos aos netos, muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Muitos afirmam que os avós são pais duas vezes. Em resumo é uma pena que eles se vão tão rapidamente, muitas vezes sem terem tido a oportunidade de viver algumas experiências incríveis que a vida permite. Só quem já perdeu os avós sabe o peso dessa enorme perda.
