Coluna Nazareno Schmoeller estreia hoje (11) no Portal Notisul

A partir de hoje (11) vou escrever uma coluna nesse Portal de Notícias. Os temas serão os mais variados possíveis. 

Meu compromisso vai ser com vocês, leitores, que seguem o Portal Notisul e desta forma possibilitaram alcançarmos a invejável posição de ser um dos portais de maior visibilidade de páginas em Santa Catarina. 

Minhas opiniões, confesso, não espero que sejam aceitas cegamente por ninguém. O que espero na verdade é provocar debates. 

Um bom debate sempre provoca reações, mudanças e é esse o meu objetivo. Espero contar com a colaboração de vocês, inclusive com sugestões de pautas, assuntos para serem abordados aqui. Obrigado aos que me acompanharem nesse novo desafio. 

O meio político

Cheguei em um momento em que muitos assuntos estão turbinando o meio político em nossa região. Afinal, um novo embate se aproxima, e cada vez mais interesses de partidos e de pessoas estarão em jogo. 

Alianças estranhas consideradas impossíveis pelos eleitores até poucos meses atrás estão sendo articuladas. A palavra mais correta seria dizer que estão sendo negociadas. 

De um lado os interessados pelo poder, pelas benesses do poder. Do outro lado o eleitor, aquele que nesses momentos recebe sorrisos, abraços e alguns até aquele favorzinho básico, pois afinal será o voto dele que vai credenciar ou não um grupo que se intitula de lideranças, para comandar o município. 

Sugiro que desde já o eleitor fique esperto. Se alguém nos últimos tempos vem se aproximando de você e não era o seu habitual e, depois vem pedir seu voto, pode acreditar que quando terminar a eleição, ele se elegendo ou não, vai se afastar de você novamente, vai ignorá-lo até a próxima eleição. Então vamos ficar antenados!

Em Gravatal borbulha

Em Gravatal, o caldeirão político está borbulhando. Os que acompanham a política regional sabem que os vereadores cassaram o prefeito Vardo, eleito nas últimas eleições. Foram seis votos favoráveis à cassação contra três desfavoráveis. Na verdade um banho na votação. Com uma diferença dessa fica a impressão de que Vardo cometeu um crime gravíssimo em desfavor de Gravatal. Só que não. 

– As acusações foram de que ele não estava repassando integralmente os valores do duodécimo, que é o repasse financeiro que a prefeitura faz para a Câmara de Vereadores. Como o famoso duodécimo foi reajustado para a atual legislatura, Vardo assegura que nenhum prefeito de Gravatal fez repasse de valores tão altos iguais ao da gestão dele. Mas fica evidente de que, mesmo assim, não repassou integralmente os numerários definidos pela lei. 

– A segunda acusação é de que os pedidos de informações encaminhados pelos vereadores ao executivo em partes não eram respondidos. E a terceira refere-se a uma suposta irregularidade na Secretaria da Agricultura, uma prestação de contas de valores que foram arrecadados em troca do uso de máquinas da prefeitura. As acusações caracterizam claramente que o que houve naquele município foi um jogo de forças entre os poderes Executivo e Legislativo. Faltou humildade e diálogo entre as partes. O prefeito não soube buscar apoio junto ao Legislativo. 

E o que me assusta é saber que o prefeito é irmão do ex-deputado federal Edson Bez de Oliveira, o Edinho. Político de carreira, experiente, será que Edinho, que trabalha em Brasília, não veio a Gravatal tentar salvar o irmão? Sabemos que para governar um município com tranquilidade, o prefeito precisa ter maioria dos vereadores compondo a base do governo na Câmara e isso não aconteceu em Gravatal. 

– Mas vou deixar aqui uma dica ao prefeito Vardo. Vá se aconselhar com o prefeito de Tubarão Joares Ponticelli. Joares priorizou, no começo do seu governo ter uma maioria absoluta na Câmara de Vereadores. E conseguiu! Só não sabemos a que custo! Só sabemos que quem está pagando essa conta é o cidadão tubaronense. 

E o que sabemos também é que qualquer coisa, isso mesmo, qualquer coisa que Joares encaminhar para a Câmara de Vereadores já está previamente aprovado. Pode ser qualquer coisa que encareça a vida dos tubaronenses, isso não será problema. 

Provavelmente se ele encaminhar uma lei cobrando do povo uma nova taxa, tipo para ‘uso do sol’, alegando que atualmente o uso da energia solar está sendo cada vez mais explorado no município e que isso precisa ser regulamentado, precisa ser taxado, existe uma grande probabilidade de ser aprovado. 

E provavelmente uma nova secretaria ou departamento será criado e ali mais uma leva dos apoiadores do projeto político de Joares Ponticelli serão “acomodados”.