Tubarão
Quase três toneladas de carne estragada foram apreendidas nos três dias de fiscalização em Tubarão. Nesta primeira etapa da operação, 12 estabelecimentos comerciais foram vistoriados, entre mercados, supermercados e açougues.
Ontem, os fiscais da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) apreenderam mais 800 quilos de carne inadequada ao consumo humano. O produto foi encaminhado para a empresa Ossotuba, no Sertão dos Corrêa. Lá, os ‘alimentos’ foram triturados, cozidos, pressionados, moídos e transformados em farinha para ração de aves e suínos.
Quarta-feira, quatro pontos de vendas foram visitados e 750 quilos do produto apreendidos. Terça, seis estabelecimentos foram averiguados e mais de uma tonelada do produto foi recolhida.
Segundo Carlos Hoffmann, veterinário do Cidasc, a maior parte da carne estava em estado lastimável. “Apresentavam validade vencida, rotulagem deficiente não compatível com a legislação vigente, temperatura de conservação inadequada e sem procedência da origem do produto. Portanto, totalmente inadequado para consumo humano”, explica Hoffmann. Moacir da Cunha, fiscal da Cidasc, destaca que a operação continuará em data surpresa. “Concluímos a primeira etapa. Aguardamos novas diretrizes para iniciarmos a segunda etapa e surpreender os comerciantes”, avisa Moacir.
A operação foi solicitada pelo Ministério Público (MP) estadual, que convocou a participação de representantes da Cidasc, Vigilância Sanitária Estadual, Polícia Militar Ambiental e Ministério da Agricultura.
Locais de apreensão ainda não podem ser divulgados
O promotor de justiça Sandro de Araújo coordena a operação em Tubarão e explica que os nomes dos estabelecimentos vistoriados não podem ser divulgados até que a operação seja concluída. Ele também destaca outros pontos. “Vamos avaliar o relatório da Cidasc e Vigilância Sanitária segunda-feira e observar os detalhes dos três dias de operação. Os fiscais já me adiantaram que, além da carne estragada, outras irregularidades foram observadas. Tudo isso será analisado. Agora, vamos preparar a segunda etapa da operação, ainda sem data definida. Mas, pela quantidade de carne apreendida em apenas 12 estabelecimentos, os números podem nos surpreender ao fim da operação”, esclarece o promotor de justiça Sandro de Araújo.