Desde 28 de agosto, uma equipe de 20 bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) atua no combate às queimadas no Pantanal do Mato Grosso do Sul. Neste sábado, 7 de setembro, metade dessa equipe foi deslocada para uma nova região no município de Naviraí, no Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, onde a situação é crítica. A área, de mais de 73 mil hectares, está repleta de focos de incêndio, e as características locais, como áreas alagadas e vegetação densa, complicam ainda mais o combate.
Os bombeiros catarinenses, especializados em incêndios florestais, têm utilizado drones para monitorar os focos e desenvolver estratégias de combate indireto, como o uso de contra-fogo para impedir o avanço das chamas.
Situação crítica desafia operações no Pantanal
De acordo com o capitão Ricardo Bianchi, comandante da operação, o cenário encontrado no Parque das Várzeas é extremamente grave. As frentes de fogo chegam a 30 km, impossibilitando o combate direto às chamas. A estratégia agora é impedir que o fogo avance para áreas de fazendas e cause ainda mais destruição à fauna e flora locais.
“Estamos adotando estratégias de contra-fogo para proteger as áreas habitadas e preservar esse ambiente rico em biodiversidade”, afirmou o capitão.
A equipe deslocada está equipada com seis caminhonetes e todos os recursos necessários para a operação, além de contar com tecnologia de drones para monitoramento constante.
Seca agrava situação no Pantanal
A seca prolongada no Pantanal, agravada pela crise hídrica na Amazônia, tem dificultado as operações de combate ao fogo. A redução das áreas alagadas, característica marcante do Pantanal, facilita a propagação das chamas e complica o acesso dos bombeiros às áreas afetadas.
Além disso, a seca na Amazônia interfere nos ciclos de chuvas que atingem o Pantanal, agravando ainda mais a situação das queimadas no Mato Grosso do Sul.