quinta-feira, 24 abril , 2025
Início Autores Postagens por Redação SC

Redação SC

Vereadores de Canoinhas são obrigados a devolver R$ 100 mil em diárias indevidas

0
Em 2010, vereadores criaram uma maneira de aumentar suas remunerações por meio do recebimento de diárias para a participação em cursos e treinamentos nas capitais dos três estados do Sul, que não foram realizados. Com os acordos, encerra-se ações de ação de improbidade e de ressarcimento do dano ao erário em relações aos requeridos que efetuaram o pagamento.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) celebrou nos últimos meses acordos de não persecução civil (ANPCs) com cinco vereadores de Canoinhas. Durante seus mandatos, em 2010, eles praticaram atos de improbidade administrativa que resultaram em enriquecimento ilícito.

Conforme consta nas ações civis públicas ajuizadas pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas em 2018, os vereadores receberam diárias para a participação em cursos e treinamentos que não aconteceram. O esquema de distribuição de diárias e pagamentos e inscrição em cursos e treinamentos fictícios nas capitais de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul envolveu 11 pessoas, entre elas seis vereadores e cinco empresários.

Ainda, as ações abrangeram o ressarcimento de diárias concedidas sem o cumprimento dos requisitos exigidos pela legislação. Ao assinarem os ANPC’s, os acusados se comprometeram a restituir o valor de R$ 98.862,78 aos cofres do Poder Legislativo municipal, por diárias e ajuda de custo recebidas indevidamente ou fora dos parâmetros legais, além do pagamento de multa.

Os valores das multas foram destinados ao Conselho da Comunidade da Comarca de Canoinhas, que aplicará a verba em projetos sociais e no aparelhamento dos órgãos de segurança pública da região. Durante a instrução processual, foi proposta pela 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Canoinhas a formalização de ANPCs com os interessados, mas somente cinco agentes públicos firmaram os acordos.

A ação foi encerrada para aqueles que formalizaram o ANPC com o MPSC. Para os demais envolvidos, o processo continua tramitando na 2ª Vara Cível da Comarca de Canoinhas. O acordo de não persecução civil é um mecanismo previsto na Lei de Improbidade Administrativa que possibilita ao investigado assumir obrigações junto ao Ministério Público, evitando o ajuizamento de uma ação de improbidade administrativa. Trata-se de uma forma de solucionar a ilegalidade do ato sem a sua judicialização.

Entenda o caso 

No decorrer de 2010, segundo relata a ação civil pública, a Câmara de Vereadores de Canoinhas foi palco de um grande esquema de desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito de vereadores, servidores e empresários. Fizeram parte do esquema o então presidente da casa, quatro vereadores, um servidor comissionado e os empresários que organizavam os supostos cursos.

Conforme apurado, os envolvidos implementaram uma forma de complementação ilícita de remuneração, por meio de desvios de diárias pagas pelo Poder Legislativo de Canoinhas para a participação em cursos e treinamentos nas capitais de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Treinamentos e cursos que nunca foram realizados. Já os empresários enriqueciam ilicitamente com o recebimento dos valores pagos correspondentes às taxas de inscrição.

As empresas simulavam a existência de cursos e treinamentos, inclusive com a emissão de folders, possibilitando aos agentes públicos a inscrição, que era custeada pela Câmara de Vereadores, bem como o recebimento de diárias para o deslocamento dos participantes.

De acordo com os autos, essa ação visava dar ares de legalidade ao recebimento das diárias. Alguns vereadores e servidores – efetivos e comissionados – se deslocavam até as sedes das empresas e compareciam apenas para assinar a lista de presença, sem a realização de qualquer evento, o que era de conhecimento de todos os envolvidos.

A finalidade era apenas justificar o recebimento da diária e não o aperfeiçoamento profissional. Em muitas situações, conforme consta na inicial, a lista de presença era assinada posteriormente, com o único objetivo de autorizar e justificar a emissão de certificado, o qual era usado na prestação de contas do recebimento das diárias.

Júri condena homem, a 53 anos de prisão, por matar casal por briga sobre demarcação de terras

0
Fato ocorreu em 2016, no sítio das vítimas, e julgamento aconteceu sete anos depois. Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva conduziu a acusação, jurados acolheram todas as teses da denúncia e réu foi condenado por quatro crimes distintos.

Cinquenta e três anos, um mês e 16 dias de reclusão. Essa foi a pena imposta ao homem que matou um casal há sete anos em Santa Cecília por conta de uma desavença de terras. O julgamento aconteceu no fórum da comarca, com a presença de familiares e amigos das vítimas. O Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva conduziu a acusação contra o réu, e os jurados acolheram a denúncia.

Segundo consta nos autos, na tarde de 22 de junho de 2016, Augusto Pires da Costa invadiu o sítio do casal, rendeu as duas caseiras, roubou uma espingarda, uma faca e um aparelho celular, telefonou para as vítimas persuadindo-as a irem até o local e as recebeu a tiros.

As mortes ocorreram instantaneamente, sem que o casal pudesse esboçar qualquer defesa. Uma das caseiras tentou impedir a ação, mas acabou recebendo várias coronhadas na face. Antes de deixar a propriedade, Augusto ainda vasculhou o carro das vítimas e furtou um revólver.

O crime foi praticado por desavenças entre a família das vítimas e a do réu, devido a questões banais relacionadas à demarcação de terras. O réu foi condenado por duplo homicídio com duas qualificadoras (motivo fútil e emboscada), furto qualificado e roubo circunstanciado. Ele vinha respondendo ao processo em liberdade e não assistiu ao tribunal do júri, mas já teve o mandado de prisão expedido.

O Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva diz que a condenação traz uma resposta positiva para a sociedade. “Esse crime abalou Santa Cecília, tendo em vista a brutalidade utilizada pelo acusado. Foram sete longos anos de espera até o julgamento, mas o caso teve, enfim, um desfecho”, disse.

Vale ressaltar que, segundo os depoimentos, um outro homem teria participado da ação, mas ele não foi identificado.

Justiça mantém pena de criminosos que usaram criança em assalto contra taxista

0
Os assaltantes – dois homens e uma mulher – levavam uma criança de apenas três anos como forma de dissimular o assalto. Eles pegaram um táxi e indicaram ao motorista um lugar ermo, numa área rural, como destino da corrida. O caso aconteceu em cidade do Planalto Norte do Estado, no começo da tarde de 31 de dezembro de 2022.

No local, munidos com um pedaço de madeira, os criminosos provocaram lesões corporais graves no motorista. Ele só não morreu porque conseguiu escapar, com a chave do carro no bolso. De acordo com os autos, ele recebeu sucessivas pauladas na cabeça, com risco de morte atestado por perito oficial.

O trio foi preso em flagrante. Em 1º grau, pelo crime de latrocínio tentado, cada um dos homens recebeu pena de 13 anos e quatro meses em regime fechado; a mulher foi absolvida. Houve recurso ao Tribunal de Justiça, com pleito de desclassificação do crime para tentativa de roubo qualificado pelo concurso de pessoas e de aplicação máxima da minorante relativa à tentativa, com a imediata soltura dos denunciados.

No entanto, os pleitos não prosperaram. De acordo com o desembargador relator da apelação, “sobejou comprovado que os denunciados, a fim de assegurar a subtração patrimonial e garantir a impunidade, quiseram ceifar a vida do ofendido ou assumiram o risco de produzir aludido resultado, não logrando êxito na empreitada por circunstâncias alheias à sua vontade, o que configura, sem sombra de dúvidas, latrocínio tentado”.

Para o desembargador, além de comprovada a materialidade e a autoria do crime, há nos autos elementos objetivos capazes de denotar o animus necandi dos apelantes. Ele ressaltou que, diante de todos os fatos, a adoção da fração mínima de diminuição foi correta e, portanto, a dosimetria da pena estabelecida em 1º grau é irretocável.

Assim, o relator votou pela manutenção da sentença e seu entendimento foi seguido de forma unânime pelos demais integrantes da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (Apelação Criminal n. 5000071-09.2023.8.24.0052/SC).

Júri condena homem que surpreendeu colega de trabalho com tiro fatal de espingarda

0
Em sessão do Tribunal do Júri da comarca de Lages, um homem foi condenado a 12 anos de reclusão, em regime fechado, por matar o colega com um tiro de espingarda, no interior de São José do Cerrito. Os jurados reconheceram a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima, pois o rapaz alvejou o companheiro enquanto descansava no alojamento do local onde trabalhavam.

O homicídio ocorreu na madrugada do dia 8 de outubro de 2017. Segundo consta na denúncia, ambos estavam alcoolizados e teriam discutido antes do fato. O réu, que tinha 20 anos na época, foi até sua casa e buscou uma espingarda para matar o companheiro. Houve apenas um disparo, que atingiu a região do tórax.

Ele confessou ter assassinado a vítima. A confissão e o fato de o réu ter menos de 21 anos quando o crime ocorreu, a chamada menoridade relativa, foram circunstâncias que atenuaram a pena. O magistrado sentenciante manteve a prisão preventiva e não concedeu ao homem o direito de recorrer em liberdade.

Comarcas da Serra Catarinense dão pausa no trabalho para pensar na valorização da vida 

0
A Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV), do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC), dá prosseguimento às ações de valorização da vida na campanha “ReprogrAme-se”, alusiva ao Setembro Amarelo. Nesta semana (19 e 20/9), a equipe promoveu atividades de conscientização e prevenção com magistrados, servidores, estagiários, residentes, comissionados, militares e terceirizados das comarcas de Lages e Curitibanos, na Serra.

Nas rodas de conversa foi possível falar abertamente sobre sofrimento, saúde mental e suicídio. Uma oportunidade de esclarecimento sobre os riscos e como ajudar pessoas que se encontram nessas situações. Além disso, como forma de prevenção e promoção da saúde, foram feitas aferições de pressão arterial, glicemia capilar, auriculoterapia e bioimpedância. Depois de realizar esses exames, o médico avalia os resultados e faz orientações individuais para cada participante.

Servidora da Divisão de Atenção à Saúde da DSQV, Caroline Junckes da Silva Chaves diz que cuidar da saúde é fundamental em todos os momentos da vida. Neste mês, em especial, a atenção está voltada à saúde mental e emocional. “Trouxemos essas atividades para lembrar o servidor de parar um pouquinho, dar uma pausa, se reprogramar para cuidar da saúde. Ela é o nosso bem mais precioso. Sem saúde a gente não trabalha, não cuida dos outros, da família e nem de si. É preciso parar para cuidar de si”, frisa.

A servidora Cassia Becker Brandt foi uma das participantes na comarca de Lages. Ela elogiou a iniciativa. “Foi excelente. A gente tem o costume de sentar, trabalhar e não pensar na saúde. Tiramos um momento para relaxar e fazer uma avaliação. É preciso se cuidar de fato”, pontua. O colega Ildemar José da Costa foi o primeiro a chegar para aproveitar a programação proposta. “Precisamos cuidar do emocional, do físico e mental. Acredito que a prevenção é tudo. Você sabe o que está acontecendo e, se você tiver alguma coisa, pode buscar ajuda. Isso é bastante importante.”

Outras comarcas interessadas em receber tais eventos temáticos podem entrar em contato com a DSQV. A diretoria disponibiliza protocolo adequado de prevenção ao suicídio no site. Quem quiser saber mais sobre o assunto pode acessar a 27ª edição do podcast Conexão Justiça, do PJSC. O Judiciário também oferece assistência emocional – de forma remota ou presencial – para magistradas e magistrados, servidoras e servidores do PJSC com o programa Acolhe. O atendimento é sigiloso e individual.

Juiz faz audiência em casa de idosa com saúde precária e que não podia ir ao Fórum

0
O último dia 13 teria sido uma quarta-feira normal na comarca de Descanso, no Extremo Oeste do Estado, não fosse uma audiência especial realizada. Juiz, servidor, promotor, advogada e autora do processo se reuniram na casa de uma idosa que é parte em ação judicial. Ela precisava ser ouvida, mas, diante do quadro de saúde debilitada, o magistrado optou pela adaptação na residência.

Foram quase quatro horas de conversa entre o juiz Paulo Henrique Aleixo, da Vara Única de Descanso, e a aposentada. O promotor de Justiça Felipe Brüggemann e a advogada Simone Maria Aparecida estiveram presentes, mas abriram mão do direito de fazer novos questionamentos à idosa. O marido e a filha dela acompanharam o ato. A audiência foi gravada em vídeo e áudio para ser anexada ao processo, como aconteceria com uma audiência realizada presencialmente no fórum ou por videoconferência.

“No caso, em observância ao princípio da dignidade da pessoa humana, da aproximação da Justiça ao jurisdicionado e, principalmente, para melhor entendimento da carência psicológica e da situação física e social, optei por realizar a entrevista na residência da interditanda, juntamente com o promotor de justiça, a advogada e o servidor da unidade. Assim, a realização da solenidade fora das dependências do Poder Judiciário, embora excepcional, mostrou-se de grande valia, promovendo a prestação jurisdicional de qualidade”, ressaltou o magistrado.

A autora da ação é filha da anfitriã, que, aos 92 anos de idade, tem apresentado sinais de demência, alteração constante de humor e lapsos de memória. O marido, também com idade avançada, abdicou do direito de representar legalmente a esposa. Interditar a idosa e reconhecer a responsabilidade civil à filha foi consenso entre os demais filhos do casal. O processo tramita em segredo de justiça.

A ação de interdição tem por objetivo a proteção da pessoa que por alguma incapacidade está impedida de exercer os atos da vida civil. Em situações como essa, o Código de Processo Civil preconiza que, não podendo a pessoa interditanda deslocar-se ao fórum, é dever do juízo ouvi-la no local onde estiver.

A entrevista realizada, seja na sala de audiência, na residência ou em qualquer outro local, é primordial para analisar a situação dessa pessoa, seu quadro de saúde e sua (in)capacidade cognitiva.

Município é multado por ir à Justiça para evitar gasto com saúde

0
A 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça voltou a conformar decisão adotada em processo que tramita na comarca de Lages e que determinou, em antecipação de tutela, a realização de avaliação médica psiquiátrica para subsidiar a necessidade ou não de promover a interdição compulsória de paciente toxicômano solicitada por parente. Por interpretar manobra protelatória da parte, aliás, também aplicou multa por procrastinação.

A ação foi movida em desfavor do município, que se insurgiu contra o comando através de agravo de instrumento, sob a argumentação da obrigatoriedade da inclusão do Executivo estadual no polo passivo da demanda, seja para cumpri-la ou para garantir a compensação do ônus financeiro caso tenha que arcar com os custos do procedimento.

Negado de pronto o recurso, o município voltou ao debate em um agravo interno em agravo de instrumento. Entre outros tópicos, reiterou seu desejo de ver o Estado nos autos para cumprir eventual obrigação de realizar e bancar o exame, ou para ressarci-lo posteriormente. “A possibilidade de ressarcimento do atendimento a serviço prestado para outra esfera do governo (…) deve ser postulada administrativamente ou em demanda própria”, anotou o desembargador relator da matéria.

Tal posição, acrescentou o magistrado, se trata de “remansado entendimento jurisprudencial” demonstrado nos diversos precedentes, de modo que o desprovimento do recurso era algo explícito e inevitável. A insistência não passou desapercebida ao relator. “Considerando que a insurgência se mostra manifestamente improcedente, objetivando reprimir o uso indiscriminado de recursos procrastinatórios, condeno o município ao pagamento de multa de 5% sobre o valor atualizado atribuído à causa”, concluiu. A decisão foi unânime (Agravo Interno em Agravo de Instrumento n. 5033991-33.2023.8.24.0000).

Tribunal de Justiça vai mediar conflito entre a Casan e as famílias do Monte Cristo

0
O presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desembargador João Henrique Blasi, recebeu representantes da Defensoria Pública do Estado na tarde desta sexta-feira (22/9).

Os defensores pediram que o TJ, por meio do sistema CEJUSC (Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania) realize audiência de mediação entre a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) e as famílias do bairro Monte Cristo, em Florianópolis. A ideia foi bem recebida pelo presidente.

Na madrugada de 6 de setembro, um reservatório da Casan rompeu e atingiu a comunidade. A defensora pública Michele do Carmo Lamaison pontuou que o objetivo da mediação é evitar o ajuizamento de ações. “As 220 famílias atingidas vivem em situação de vulnerabilidade e necessitam de uma rápida resolução das demandas”, disse.

Também participaram da reunião a defensora pública Ana Paula Fischer e o defensor público-geral de Santa Catarina, Renan Soares de Souza.

Tribunal de Justiça de Santa Catarina dá posse a 16 juízes substitutos

0
O Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) passou a contar com mais 16 magistrados para julgar e promover a solução de conflitos em benefício da sociedade catarinense. São os novos juízes substitutos, aprovados em concurso público encerrado no último mês, e que tomaram posse em sessão solene no fim da tarde da sexta-feira, dia 22, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

A cerimônia, realizada na Sala de Sessões Ministro Teori Zavascki, na sede do TJ, teve a participação do Coral da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC). Os juízes fizeram a leitura do termo de posse e juramento de forma coletiva e assinaram o documento individualmente. A seguir, os magistrados recém-empossados receberam suas togas pela primeira vez. As peças foram recebidas das mãos de familiares, do juiz Marcelo Pizolati, presidente da AMC, e da 1ª vice-presidente da associação, a juíza Janiara Maldaner Corbetta.

O diretor-executivo da Academia Judicial, desembargador Luiz Antônio Zanini Fornerolli, deu as boas-vindas aos novos magistrados catarinenses. Ele destacou que o momento era da mais profunda alegria, não apenas para os empossados como para familiares e demais membros do Poder Judiciário. “Para nós, provectos magistrados, é uma alegria ver ingressar na carreira jovens que se vestem com a mesma indumentária que nos encouraça há décadas: a prestação jurisdicional. O ideal de fazer justiça passa a ser a partir de hoje o catalisador que os impulsionará nos próximos anos. Fazer justiça é uma arte que apaixona, pois nada se compara com a consciência do dever cumprido a cada dia”, frisou o desembargador.

A juíza substituta Camilla dos Santos Russi discursou em nome de todos os 16 magistrados empossados, lembrando os sacrifícios e desafios que marcaram a trajetória de cada um até aquele momento. “Que a sabedoria, a prudência e a humildade nos conduzam, fazendo-nos relembrar que, por trás de cada processo, existem pessoas aguardando a concretização de direitos fundamentais e da pacificação social” destacou.

Já o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), desembargador João Henrique Blasi, frisou a extrema dificuldade do concurso concluído com a posse solene. Foram 10,6 mil candidatos habilitados para o certame, vindos de todas as regiões do país. “Depois de 15 meses de árduos trabalhos, estão aqui os 16 novos magistrados empossados, que correspondem a 0,15% do total daqueles que se habilitaram para esse concurso, um número quase que inimaginável e inacreditável”, relembrou.

Por fim, destacou a importância da família na trajetória de cada novo magistrado. “Nessa toga que vocês passam a ter a honra de vestir por esforço próprio, em cada detalhe dela – na escolha do tecido, na linha que foi utilizada, nas dobras, costuras, bainha e no remate final – tem a impressão digital do pai, da mãe ou do companheiro que estiveram com vocês ao longo de todo esse período”, concluiu o presidente da Corte.

Confira a relação dos empossados, em ordem alfabética:

Camila Reis Rettore
Camila dos Santos Russi
Cauê Pereira Martins Santos
Douglas Braida de Moraes
Gabriel Rosso de Oliveira
Guilherme Faggion Sponholz
Isabela Alcalde Torres
Karolin Gesser
Lara Klafke Brixner
Marcus Paulo Pereira Cardoso
Matheus Della Giustina Perin
Pedro Antônio Panerai
Rafael Oliveira Duarte
Túlio Augusto Geraldo Parreiras
Wilyann Wallace de Souza
Yves Luan Carvalho Guachala

Delegacia de Polícia Especializada para Pessoas Desaparecidas completa 10 anos

0

A Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DPD) da Polícia Civil de Santa Catarina está completando 10 anos de atividades e, para marcar a data, foi realizada no dia 21 uma solenidade em Florianópolis. O encontro foi para homenagear e agradecer a todas as instituições parceiras, públicas e privadas, e aos voluntários que atuam na busca de pessoas desaparecidas.

O delegado-geral, Ulisses Gabriel, destacou o importante papel do delegado Aldo Pinheiro D´Avila na criação da especializada. “O delegado Aldo, à época delegado-geral, constitui a unidade policial, ciente que era preciso uma especializada para buscar esses 18,5 mil  desaparecidos”.

Ulisses Gabriel enfatizou que os resultados alcançados pela DPD são fruto de um trabalho integrado que a unidade mantém com todas as instituições. “E essa união das instituições é que trazem os bons resultados, como no caso do menino que foi levado para São Paulo e o contato entre a nossa PM e a PM de São Paulo permitiu a localização e o retorno do menino,” disse.

Com atuação estadual, a unidade especializada tem entre as suas atribuições realizar investigações para identificação, localização e buscas de pessoas desaparecidas. No evento, o titular da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, delegado Wanderley Redondo, agradeceu aos colegas de trabalho e a todas as instituições que contribuem para que pessoas desaparecidas sejam encontradas.

“Quando inauguramos a delegacia tínhamos 18,5 mil boletins de ocorrência com registro de desaparecidos. A parceria da Polícia Civil com todas as instituições públicas e privadas fez com que conseguíssemos baixar este número para cerca de 1,5 mil”, disse o delegado. Ele destacou os avanços que a tecnologia tem proporcionado no trabalho de investigação, como o banco de DNA. “Importante dizer que cada caso resolvido contou com a participação de cada um de vocês, que hoje aqui representam as suas instituições”, assinalou.

Em sua manifestação, o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, destacou a importância do trabalho. “O depoimento das pessoas que estão aqui expressa o que a delegacia faz. A pessoa em situação de rua, recebe atendimento da secretaria de Assistência Social  da prefeitura e a identificação dessas pessoas devolve a dignidade e permite o resgate da vida dessas pessoas”, assinalou

O evento também contou com a presença do promotor do MPSC, Daniel Paladino, do desembargador do TJSC, Sidney Dallabrida; da perita-geral da Polícia Científica, Andressa Fronza, representantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal de Florianópolis, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, representantes dos Conselhos de Segurança, voluntários e instituições parceiras.

×

Olá!

Clique no contato abaixo para conversar conosco.

× Converse no Whatsapp