sábado, 20 abril , 2024
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Pe. Sérgio Jeremias

O poderoso stf e a impotente defesa da infância

Percival Puggina
Membro da Academia Rio-Grandense de Letras

Há anos venho apontando a deformidade que, aos poucos, foi atribuindo ao STF o atual aspecto suspeito e assustador. Ele perturba a nação, infunde sentimentos de revolta e já nem tenta dissimular seu viés totalitário. Essa deformidade levou ao que se lerá nas linhas a seguir: uma verdadeira repulsa aos padrões morais da sociedade.

Não há, entre nossos ministros, um único conservador e um único liberal. Tamanha exclusão da divergência só vamos encontrar em tribunais constitucionais de países como Cuba, Venezuela e Coreia do Norte.

O prefeito do Rio de Janeiro mandou recolher a publicação de uma história de super-heróis destinada ao público infantil, na qual se insere um “beijo gay” entre os personagens. O autor do texto certamente considera esse conteúdo indispensável à narrativa. Afinal, parece que nenhum herói será suficientemente heróico e valente se não arrostar tais situações.

Seguiu-se uma série de marchas e contramarchas judiciais até que o assunto, numa velocidade que nem os advogados de Lula conseguiriam superar, foi bater no STF. A casa das grandes decisões nacionais não poderia ficar fora dessa. Parem as máquinas! Suspendam as audiências! Há um beijo gay a ser escrutinado à luz da “Carta Cidadã de Ulysses”. Dias Tóffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello vieram às falas, ouriçados em sua sensibilidade progressista. Naquela Corte, paradoxalmente, ninguém é mais “progressista” do que o Decano, que saiu verberando: “Mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República!!!”.
Curiosamente, é bem o que a sociedade pensa dele e de seus pares quando os vê empenhados em corrigir e reitorar as opiniões dos demais cidadãos.

Segundo Dias Toffoli, o ECA obriga o uso de advertência sobre o conteúdo quando ele envolve coisas como “bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições”. E acrescentou que os materiais destinados a crianças e adolescentes devem “respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família”. A imagem de dois homens se beijando não se enquadraria, segundo ele, em qualquer desses conceitos. Dito assim, claro que não. Contudo, criança, até segunda ordem, é uma pessoa, uma pessoa muito especial. E a preservação de sua inocência é um desses “valores éticos e sociais” de que fala a Constituição. Em que momento deixou de ser ? Quando trocamos a inocência das crianças pela retórica pretensiosa de Celso de Mello?

Doravante, qualquer conteúdo homossexual, mesmo que exclusivamente homossexual, fica liberado para venda ao público infantil, com o vigor e o atrativo dos super-heróis e dos superbandidos, e com as bênçãos do STF. Criatividade não faltará para quem quiser forçar ainda mais a barra.

amor aos inimigos

Todas as religiões têm uma máxima de ouro: «Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti». Jesus, é o único que a formula de modo positivo: «Assim como desejais que os outros vos tratem, tratai-os do mesmo modo» (Lc 6,31). Esta regra de ouro, constitui o fundamento de toda a moral. São João Crisóstomo, comentando este versículo, ensina-nos: «Ainda há mais, porque Jesus não disse somente: desejai todo o bem para os outros, mas fazei o bem aos outros»; logo, a máxima de ouro proposta por Jesus não pode reduzir-se a um mero desejo, mas tem que se traduzir em obras.

O QUE É A FÉ?

A fé é um ato livre. Para ser humana, a resposta da fé do homem a Deus precisa ser voluntária: “Ninguém deve ser forçado a abraçar a fé contra a sua vontade. Porque o ato de fé é voluntário por sua própria natureza” (Dignitatis humanae, 10).  A fé é o início da vida eterna. Ela nos permite saborear antecipadamente a alegria e a luz da visão beatífica, final do nosso peregrinar. Então veremos Deus “face a face” (1 Coríntios 13, 12), “tal como Ele é” (1 João 3, 2). Pense nisso. Alimente a sua fé aproximando-se de uma igreja e participando.

FÉ E LUZ

A fé é luz. Deus chega ao coração do ser humano para levar luz. “Eu sou a luz, e vim ao mundo para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (João 12, 46).  A Revelação busca o homem em seu próprio ambiente, acompanha-o nas profundezas do seu interior, que muitas vezes ele sela por temor de ser vulnerável. Deus quis assumir a vida humana para fazer o homem sentir sua proximidade. O Verbo se fez carne, sujou-se, tocou todas as situações que o ser humano vive, recordando-lhe que a natureza humana não pode prescindir de amar e confiar. Amar, de fato, significa confiar, porque a vida é um contínuo ato de fé. Um bebê, quando nasce, não pode fazer nada, a não ser confiar em seus pais. (Credere).

UM TEMPO PARA CADA COISA

Diz a Palavra de Deus que há um tempo para cada coisa debaixo do céu. É importante termos esta clareza porque, muitas vezes, prolongamos nosso sofrimento transformando cada dia em um eterno e repetitivo martírio. Mesmo a libertação do sofrimento exige uma entrega, querer me livrar do mal e do que me oprime. Sem esta decisão a libertação, a cura não acontece. E você: está disposto a viver uma vida nova sob um novo olhar? O primeiro passo é fazer uma experiência de fé. Aproxime-se de uma igreja se você está afastado. Deixe Deus ser Deus na sua vida.

TEMPO PARA DEUS

No evangelho de hoje nos surpreende como pescadores foram capazes de deixar os seus trabalhos, as suas famílias, e seguir Jesus («Deixaram tudo e seguiram Jesus»: Lc 5,11), precisamente quando Este se manifesta diante deles como um excepcional colaborador para o negócio que lhes dá o sustento. Se Jesus de Nazaré nos fizesse a proposta, no nosso século 21…, Teríamos a coragem daqueles homens? Seriamos capazes de perceber qual é verdadeiro lucro na vida? O fato é que, muitas vezes, admiramos Jesus, mas não estamos dispostos a deixar nada para sermos plenos discípulos Dele. Quanto tempo de sua vida você tem dedicado a falar de Deus para outras pessoas? Para aproxima-los da igreja?

TIBIEZA ESPIRITUAL

Uma reflexão de Dom Antonio Caron, da Espanha: Como no Evangelho de hoje, não é a primeira ocasião que aparece o demônio “saindo”, isto é, fugindo da presença de Deus entre gritos e exclamações. Lembremos também o endemoninhado de Gerasa (cf. Lc 8,26-39). Surpreende que o próprio demônio “reconheça” a Jesus e que, como no caso daquele de Gerasa, é ele mesmo quem sai ao encontro de Jesus (isso sim, muito raivoso e incomodado porque a presença de Deus incomodava a sua vergonhosa tranquilidade). Tantas vezes nós também pensamos que encontrar-nos com Jesus nos atrapalha! Atrapalha-nos ter que ir à missa no domingo; perturba-nos pensar que faz muito que não dedicamos um tempo à oração; sentimos vergonha dos nossos erros, em lugar de ir ao médico da nossa alma para pedir-lhe simplesmente perdão… Pensemos se não é o Senhor quem tem que vir ao nosso encontro, pois nós mesmos não queremos deixar a nossa pequena “caverna” e sair ao encontro de quem é o pastor das nossas vidas!

JESUS: HUMILDE E SIMPLES

O mais admirável da fala de Jesus Cristo era o saber harmonizar a autoridade divina com a mais incrível simplicidade humana. Autoridade e simplicidade eram possíveis em Jesus graças ao conhecimento que possuía do Pai e de sua relação de amorosa obediência a Ele (cf. Mt 11,25-27). Esta relação com o Pai é o que explica a harmonia única entre a grandeza e a humildade. A autoridade de seu falar não se ajustava aos parâmetros humanos; não havia disputa, nem interesses pessoais ou desejo de sobressair. Era uma autoridade que se manifestava tanto na sublimidade da palavra ou da ação como na humildade e simplicidade. Não houve nos seus lábios nem louvor pessoal, nem soberba, nem gritos. “Mansidão, doçura, compreensão, paz, serenidade, misericórdia, verdade, luz, justiça… Foi o aroma que rodeava a autoridade de seus ensinos.” (Dom Bladé – Espanha)

O SENHOR QUE VEM

Na liturgia de hoje, o Senhor nos lembra, no Evangelho, que devemos sempre vigiar e nos preparar para o encontro com Ele. À meia-noite, a qualquer momento, podem bater à porta e convidar-nos a sair para receber o Senhor. A morte não marca hora. Assim, “vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.” (Mt 25,13).  Vigiar não significa viver amedrontado e angustiado. Significa viver responsavelmente nossa vida de filhos de Deus, nossa vida de fé, esperança e caridade. O Senhor espera continuamente nossa resposta de fé e amor, constantes e pacientes, em meio das ocupações e preocupações que vão tecendo o nosso viver. E você: a quanto tempo não frequenta uma igreja? Ou é fiel praticante?

MARTíRIO DE SÃO JOãO BATISTA

Hoje lembramos o martírio de São João Batista, o precursor do Messias. A vida toda do Batista gira em torno da Pessoa de Jesus, de forma tal que, sem Ele, a existência e a tarefa do Precursor do Messias não teria sentido. Desde as entranhas da sua mãe sente a proximidade do Salvador. O abraço de Maria e de Isabel, duas futuras mães, abriu o dialogo dos dois meninos: o Salvador santificava a João e este pulava de entusiasmo dentro do ventre da sua mãe. Na sua missão de Precursor João Batista manteve esse entusiasmo, preparou os caminhos de Jesus, nivelou-lhe as estradas, rebaixou-lhe as colinas, o anunciou já presente e o indicou como sendo o Messias: «Eis aqui o Cordeiro de Deus» (Jo 1,36). Parabens hoje para as comunidades que têm São João como seu padroeiro.

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