quarta-feira, 24 abril , 2024
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Janiffer Souza

E se você precisasse de creche para seu filho e ela tivesse que parar?

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Ei! Você aí que está nos lendo.
Se você tem este privilégio, saiba que 19 crianças precisam da sua ajuda para poder garantir um futuro melhor e seus pais poderem trabalhar!

A creche “Casa da gente” da comunidade Barbacena, em Laguna, emitiu um comunicado este final de semana que entristeceu toda uma comunidade e pessoas envolvidas com a causa.

Por falta de recursos, a instituição não conseguirá manter as portas abertas, neste momento, por falta de recursos

Todo o custo, até este ano, foi bancado por empresas e pessoas voluntárias que se solidarizam com a causa e entendem todo o benefício que é poder contar com a instituição durante todo o ano.

A casa, que além de creche promove outras atividades, como reforço escolar, aulas de música e informática e palestras aos sábados com doação de lanches e sorteio de 5 cestas básicas, não tem auxílio de verba pública no momento para as crianças da creche, o que já está sendo providenciado, mas enquanto todo o trâmite legal ocorre, a diretoria não tem mais verbas para mantê-la aberta.

Para manter todas as atividades ativas, o custo aproximado é de R$ 31 mil por mês e  neste ano, a entidade, através do FIA (Fundo da Infância e da Adolescência) recebeu do Projeto denominado SOMAR, benefícios para atender adolescentes e jovens nos Cursos de Informática e Apoio Pedagógico .

Porém, por força da lei, estes recursos do FIA não podem ser destinados para as despesas relacionadas à educação infantil, e por isso a dificuldade  em manter as crianças.

A instituição tem 10 anos, foi fundada por Maria Alves dos Santos, conhecida por todos como irmã Maria, após ser obrigada a voltar de uma missão na África por ter contraído malária por diversas vezes.

Chegando a cidade, ela foi de porta em porta, compreender o que a comunidade ansiava no momento, e todos pediam por uma creche.

Sem medir esforços, com a ajuda das Damas de Caridade de Laguna que compraram e doaram o terreno, ela conseguiu construir o sonho da população local, com a ajuda de 112 empresas de Laguna e região, além de pessoas generosas, mas agora conta com tristeza que o que era o sonho de todas agora está virando pesadelo.

Joel Antônio Lorenzoni, vice-presidente da entidade, voluntário, lembrou da importância da casa inclusive durante a pandemia, onde chegaram a distribuir 3 mil refeições em 1 mês e quando foram impedidos, mesmo assim eles não deixaram de assistir as famílias e doaram em torno de 70 cestas básicas mensais.

Não foi fácil chegar até aqui! Foram muitos esforços, cooperação, auxílio que neste momento não cobrem mais as despesas, uma vez que estas têm correções anuais e as doações nem sempre se reajustam.
Neste momento a creche precisa de auxílio financeiro para poder manter suas portas abertas, até que consiga os convênios públicos necessários, e se você puder ajudar, entre em contato com a instituição e ajude a manter abertas as portas da “Casa da gente”!

 

  • Nota: 
  • Ontem de manhã, no seu programa diário “Café com o Prefeito” na Rádio Difusora, o Prefeito Samir disse que tomaria providências para que o fechamento não ocorresse.
  • Entramos em contato com a instituição que nos informou que ficaram aguardando o prefeito e o secretário da educação para a reunião marcada para a tarde de ontem, mas infelizmente, nem o prefeito, e nem o secretário de educação do município, senhor Alcenê apareceram no local e horário agendado, nem tão pouco justificaram a ausência

 

Contatos: 

Irmã Maria (48) 98462-4466

Joel (48) 98419-4508
Chave Pix: suzianzomer@icloud.com
CNPJ: 13.929.615/0001-49 – Centro Socio-educacional São Judas Tadeu

Um dia de aventura e diversão!

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“Um dia para nos divertirmos em família, aproveitar a natureza e curtir tudo que o off road pode nos proporcionar”, assim define o presidente do Jeep Clube de
Tubarão, Danilo Balthazar, ao falar do evento no próximo dia 30.
O primeiro, realizado em 2018, reuniu 90 carros e 275 pessoas, porém este ano o evento será ainda maior, e a expectativa de público já confirmada é de 120 carro e 350 pessoas.

“Vivemos um mundo muito virtual, precisamos trazer de volta aquele sentimento de estarmos inseridos em sociedade e aproveitando ao lado de pessoas com o mesmo pensamento que o nosso, de aproveitarmos cada momento próximos das pessoas que gostamos”, declara o presidente da entidade.

O percurso terá 166 km de rodagem e sairá de Termas do Gravatal, sentido litoral, até Imbituba, com 5 paradas para apreciar o que de melhor temos neste trajeto, e também aproveitar a gastronomia e uma boa música ao vivo na chegada.

O único requisito para participar é ter veículo 4X4, sem limitação de pessoas ou idade, é o pagamento da inscrição da participação.

“Vamos fazer deste evento algo realmente encantador, para que o próximo ano seja ainda maior e melhor!” finaliza Danilo.

As apostas esportivas estão chegando em massa ao Brasil

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Com a provável regulamentação da prática de apostas esportivas no Brasil, empresas do ramo começam a atuar com investimentos como contratos de patrocínio com clubes esportivos, contratação de celebridades para se tornarem embaixadores de suas marcas e parcerias de organização com ligas esportivas, e se apresentam como uma nova forma de entretenimento para o público brasileiro, aliada ao sólido entusiasmo pela prática esportiva por aqui.

 

O mercado de apostas se modernizou pelo mundo desde os antigos bilhetes de apostas em cavalos, por exemplo, hoje tendo a possibilidade de se efetuar lances pelo seu smartphone em inúmeras modalidades e acompanhar em tempo real o andamento das partidas. Plataformas de apostas de futebol já trabalham na efetivação de contratos de patrocínio com clubes de futebol e buscam estabelecer popularidade de forma efetiva.

 

Existe ainda no Brasil grande preconceito em relação ao mercado de apostas, um mercado que se manteve por quase 50 anos estagnado por aqui por impedimentos de razões políticas, pelos quais temos atualmente as luxuosas casas de jogos que vemos em filmes e seriados internacionais trocadas por lotéricas da Caixa Econômica, popularmente conhecidas nacionalmente. É benéfico de acordo com alguns mais familiarizados que a população tenha a oportunidade de ver como a prática de apostas esportivas é apenas uma diversificação do mercado de entretenimento com enfoque nos entusiastas de esporte, que por aqui não são poucos, com a possibilidade de se tornar um popular segmento no Brasil.

 

Marsio Schneider é o novo Gerente de Marketing da NetBet no Brasil e, em conversa exclusiva com o GMB, garantiu que a empresa pretende investir mais em esportes a partir do momento que a regulamentação das apostas esportivas for aprovada no país. Além disso, durante a quarentena, a companhia tem trabalhado nas redes sociais para se aproximar do público. “Temos feito várias lives no nosso perfil do Instagram. A recepção tem sido muito boa e pretendemos ampliar. Interagir com o público é sempre ótimo”, disse Schneider.

 

No caso da NetBet, a pessoa entra no aplicativo, faz um registro rápido e logo já pode realizar suas apostas, tudo localizado para o português, em relação às partidas esportivas que ocorrem no Brasil e no mundo. O mesmo pode ocorrer para “esports” de jogos.

 

Sendo implementada a regularização, a publicidade do segmento começará a ser produzida a todo vapor em canais televisivos e outros que é a “cereja do bolo” que falta pra alguns, além dos patrocínios já em execução com times esportivos e outros canais de comunicação. De acordo com os grandes envolvidos nas apostas esportivas do país, este é um mercado em ascensão e as pessoas preferem fazer as apostas no conforto de sua casa, é como uma evolução natural da modalidade que deve chegar com mais força ao Brasil o quanto antes.

 

Atualmente, os jogos seguem funcionando de forma online, mas sem uma regulamentação oficial localizada no Brasil, que foi pré aprovada pelo governo Temer em 2018 e segue seus passos para a regulamentação final.

O presente de Natal foi a liberdade do passarinho

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Samuel é um garotinho de 8 anos, que reside em Braço do Norte e frequenta a escola, assim como a grande maioria das crianças da sua idade. Até aí nada de novo não é verdade?

Ele também gosta de brincar, disputar jogos virtuais (Roblox é o seu preferido), porém, ele tinha um grande desejo, não muito comum para as crianças da sua idade e essa vontade valeu uma troca pelo presente de Natal. Mas o que o Samuel fez de tão especial assim?

O pai de Samuel, Marcelino de Souza, tinha um passarinho – uma coleirinha – preso em uma gaiola e o maior sonho do menino naquele momento era libertar o passarinho para que o bichinho pudesse “ganhar o mundo”. Esse desejo, foi despertado pela professora Neide Oenning Wiggers Fernandes no final de 2018, quando ele estava no primeiro ano primário.

Em sala de aula, a professora fez um trabalho de conscientização, mostrando sobre a importância dos animais livres, entre eles os pássaros, o que na hora já despertou a memória do pequeno Samuel, e a partir desse dia, esse se tornou seu objetivo.

Como os argumentos do garoto não estavam surtindo efeito, as vésperas do último Natal, ele propôs trocar o presente que ele ganharia – um skate para brincar nas pistas – pela liberdade da pequena ave.

Seu pai ainda relutou e argumentou que fazia três anos que a ave estava presa, que recebia todos os cuidados que precisava e que receava que solta, alguém a prendesse novamente e não cuidasse tão bem.

Mas o menino não desistiu e nesse fim de semana acharam um caminho para resolver essa questão. Pai e filho foram na casa de um tio que mora no interior e lá, depois de acariciar a avezinha por alguns minutos, como quem conversasse com a alma do bichinho, em um verdadeiro gesto de despedida, Samuel pegou o passarinho em suas pequeninas mãos bondosas e a impulsinou para o ar.

Ela voou alguns metros, até alcançar a primeira árvore, onde pousou e ficou observando tudo ao seu redor, numa demonstração clara de que estava naquela momento iniciando sua readaptação a uma nova vida, diante de uma natureza farta em alimentos, água e o principal, a liberdade! Essa que é um direito que todas as aves possuem.

Samuel acompanhou o primeiro vôo com um sorriso no rosto e a expressão de ver seu sonho realizado! Finalmente o presente de Natal que ele mais desejava, acabava de realizar. E quanto ao skate para poder brincar nas pistas com os amigos? Esse vem em uma próxima oportunidade, mostrando que muitas vezes, as crianças tem muito mais empatia que um adulto.

 

Os R$ 5,00 que podem mudar uma vida…

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Quanto vale uma vida? Essa é a pergunta (sem resposta) que muito se tem feito nos últimos dias. Para a nossa guerreira Lívia Locks Alves não é diferente! Portadora de Atrofia Muscular Espinhal (AME), a pequena tem tratamentos domiciliares, além de um medicamento chamado Spinraza, uma medicação fornecida por meio de uma ação judicial. E o cuidado agora é ainda maior, já que ela também se enquadra no grupo de risco.

Mas amanhã é um dia muito especial para a Lívia, pois completará 4 anos, e você pode dar a ela um presente. Nesse momento de confinamento, quando a renda de todos está afetada, manter um tratamento de mais de R$ 5 mil não é tarefa fácil, por isso a família dessa “mocinha” criou o “Desafio Solidário de Aniversário”. Você pode colaborar com R$ 5,00 e ajudar a Lívia a evoluir o seu quadro.

“Hoje ela não anda, mas tem total autonomia sentada. Come sozinha, interage, brinca, sustenta o pescoço e faz um bom tempo que não precisamos mais internar. Teve um ano que ficamos cinco meses com ela no hospital”, conta o pai Leomir Lock, conhecido por Alemão.

O valor sugerido (claro que doações de todos os valores são sempre bem vindas) veio justamente pelo momento em que o país está passando. “Pensamos que esse seria o valor de uma coxinha, um refrigerante que as pessoas podem abrir mão e doar para a nossa filha”.

Alemão conta ainda que a medicação, que custa em média R$ 309 mil – isso mesmo, trezentos e nove mil reais -, está sendo mantida por meio de uma sentença judicial, mas que todos os meses eles precisam entrar com uma liminar com pedido de bloqueio de contas da união para receber, e sempre recebem com atraso.

Questionado sobre como ficaria essa questão agora, com as coisas andando em outro ritmo, o pai diz não perder as esperanças e espera que não tenha um atraso ainda maior. “A Lívia hoje é considerada um exemplo de evolução no estado graças à equipe médica e os tratamentos que estamos mantendo. Só temos que agradecer a população e os amigos que abraçaram a Lívia junto conosco. Sem vocês, ela não estaria tão bem!”, reconhece Leomir.

Dados para a doação:

Banco do Brasil
Agência 0201-1
Conta Poupança 62041-6
Variação 51
Lívia Alves Locks
CPF 126.054.239-48

Caixa Econômica Federal
Agência 0425
Conta Poupança 00171278-3
Operação 013
Lívia Alves Locks
CPF 126.054.239-48

Celebração à vida em tempos de coronavírus

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Nunca aquela velha frase “quem quer dá um jeito, quem não quer arruma uma desculpa” foi tão verdadeira! Seu Lúcio Manoel da Silva completa hoje (5) 73 anos e conta emocionado a surpresa que a família lhe fez nesse dia tão especial.

Natural de Braço do Norte, residindo em Tubarão há 33 anos, tem três filhos e cinco netos. A maioria pôde participar da comemoração. “Eles se reuniram, cada um em sua casa, no mesmo instante, fizeram um grupo de conferência pelo celular e cantaram parabéns para mim”, conta entusiasmado pela tecnologia atualmente proporcionar esse momento tão feliz.

Seu Lúcio ainda garante que, por ser diabético e hipertenso, ter problemas coronarianos e estar com mais de 60 anos, o instante é de se cuidar e isso está fazendo certinho. “Faz uma semana que não passo do portão. O único dia que saí pra dar uma volta de carro no Centro, o pneu furou, e tive que dar um jeito. Agora só em casa”, afirma muito bem humorado. Porém, revela que não está sendo fácil, já que é muito ativo e, mesmo com os completados 73 anos, viaja a trabalho constantemente.

“A tecnologia está aí também para isso, um ponto positivo, para que nesta fase de recolhimento possamos continuar demonstrando que até mesmo o amor deve ser reinventado, mas nunca esquecido”, exalta.

A reportagem se orgulha de tornar público mais um momento feliz em meio a tudo que vivemos. Vida longa e muita saúde ao seu Lúcio!

‘Expliquei que tudo vai passar e vamos poder brincar juntos novamente’, conta emocionado Saul, médico de Criciúma

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18 de março de 2020. 7 horas. Esse pode ter sido um dia comum para qualquer um de nós mas, com certeza, ficará marcado na lembrança do médico Saul Pereira Junior. Médico, acostumado com os altos e baixos da profissão, ele teria que lidar agora com mais uma questão: isolamento praticamente total da família.

Na linha de frente como chefe do hospital de campanha da Unimed em Criciúma, ele se considera potencialmente infectado, por isso segue uma rotina solitária dentro de casa. “Trabalho de 12 a 14 horas dentro do hospital, me higienizo e troco de roupa no fim do turno, me alimento em algum lugar na rua que possa pedir a comida, meu carro só eu entro porque pode estar contaminado, só ando de janelas abertas dia e noite”.

E quando chega em casa é mais uma rotina de cuidados e isolamento, porque antes, quando isso não ocorria, sua família tipicamente brasileira o esperava calorosamente. O filho grudava em suas pernas, mas agora tudo mudou.

“Chego em casa, uso o banheiro que fica bem próximo da porta, ali me higienizo, troco de roupa e vou descansar. Hoje meu quarto foi montado na sala, onde durmo com todas as portas e janelas abertas e com roupas de cama exclusivas para mim”.

Saul é casado, sua esposa é médica pediatra. Mas como tem imunossupressão, não pode correr o risco de pegar o coronavírus. A falta da família o emociona muito quando ele fala. “Tenho três filhos, a Gabriele, de 19 anos, o Benjamin, de 5, e a Isadora de 7 meses, e não posso ter contato com eles nem com minha esposa, pois não posso me tornar um vetor”.

Tudo na casa está separado, desde os talheres e qualquer objeto que usa. Mas o mais difícil mesmo está sendo a distância forçada da família. “Temos um perímetro de uns 3 metros onde a família não pode passar. Dia desses meu filho me jogou um aviãozinho para demonstrar a saudade escrito ‘Beijo pai. Melhora’. Ele ainda me disse que não podia chegar até mim porque eu estava contaminado, mas expliquei  que tudo isso vai passar e vamos poder brincar juntos novamente”, conta o médico com a voz embargada.

Por diversas vezes, Saul afirma que como potencialmente exposto não pode expor a família, não pode ser vetor.

Por fim, faz um pedido: “Fiquem em casa para não se encontrarem na situação em que me encontro hoje, afastado da família. Espero que a população entenda, faça o isolamento social para que consigamos passar por essa crise o mais rapidamente possível. Hoje é uma crise de saúde, mas se transformará em uma crise econômica porque tudo está parando. Essa vida de isolamento é necessária, mas estamos fazendo por todos vocês. Por nós e por todos vocês. Fiquem em casa!”

Coronavírus: ‘Ficar longe dos meus pequenos dói demais! Fiquem em casa!’, alerta Ariene, o terceiro caso confirmado em Braço do Norte

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Janiffer Souza
Braço do Norte


Corpo e mente, uma união que nem todos conseguem manter de forma saudável. “Cuida da sua cabeça, ela vai mandar muito no que irás sentir daqui em diante”. Este foi um dos primeiros conselhos que Ariene Wessler Sombrio, 37 anos, recebeu de um enfermeiro ao entrar no Hospital Santa Teresinha, em Braço do Norte, no último dia 16. “E ele tinha toda a razão. Deus e minha família foram o alicerce para me manter firme”, afirma Ariene.


Ariene deu entrada no hospital com dores de cabeça forte, garganta arranhando e mal-estar. Sinais comuns de quem vai gripar. Mas, por ser asmática, procurou ajuda logo, o que foi fundamental,pois quem tem quadros respiratórios como ela pode ter a situação agravada com o coronavírus.


Embora já sentia a possibilidade detestar positivo para o Covid-19, receber o resultado não foi fácil. “Saber que tenho algo no meu corpo que não posso ver, tocar e nem saber como ficaria é assustador. A todo momento pensei em meus filhos e em minha família, e agradecia Deus por ter procurado ajuda rápido”.


No dia 17, um dia depois do susto de Ariene, seu marido teve os sintomas, procurou ajuda e tiveram que enfrentar o sentimento de receber a notícia de que ele também testou positivo para o coronavírus. Por serem um casal, já esperavam que isso poderia ter acontecido e os sentimentos se misturam ainda mais. Uma mistura de culpa, com medo e tristeza. “Mas não podemos nos apegar a isso, e sim manter a mente saudável e orar muito para isso passar logo”, pontua.


Como o casal foi diagnosticado,Ariene teve alta ontem (21) para que os dois possam continuar o tratamento juntos em casa, mas a separação dos filhos continua. “Isso é a pior parte de tudo! Não poder ver a família e estar longe dos meus pequenos dói demais. Sei que estão bem, falo sempre que possível pelo celular, estão sendo muito bem cuidados e amados por uma família que honrosamente os assumiu nesse tempo,mesmo sabendo que eles também podem estar com o vírus”.


Os pais do casal são idosos, estão no grupo de risco e por isso tiveram que pedir ajuda a outras pessoas que abraçaram a família com muito amor e solidariedade. “Nosso sentimento é de gratidão eterna”.


Ela conta ainda que o hospital está com uma estrutura muito boa, limpo e organizado, que foi muito bem tratada eviu que a todo momento eles estão se preparando. “Tudo que vocês veem na televisão ocorre ali. Fui para o isolamento, o cuidado no contato comigo, tudo igual. O que eles fazem e as ações da prefeitura de Braço do Norte são um exemplo a ser seguido por todos os municípios”, sugere Ariene.


Hoje, com pouca tosse e leve dor de cabeça, ela continua em tratamento domiciliar, mas faz um apelo à população.“Levem a sério, fiquem em casa, empresários, por favor, fechem suas empresas, é uma decisão difícil, mas aqui fizemos isso, tenham em mente que precisam estar saudáveis para quando tudo isso passar. Será difícil para todos, já tem as pessoas que trabalham na saúde, mercados, farmácias que precisam cumprir seu papel. Quem não precisa, fique em casa por eles! Você que está em casa com sua família, se cuide, ore, e agradeça por estar bem. Pessoas assintomáticas podem estar disseminando o vírus, todo cuidado é pouco! Não vamos virar a Itália,vamos fazer diferente, vamos lutar e vencer, será inevitável mortes(infelizmente), mas que sejam poucas. Que não entre em colapso o sistema de saúde para que todos possam ser tratados, levem a sério, fiquem em casa, eu emeu marido estamos sem nossos filhos, mas ficaremos, as pessoas se solidarizam,nossos vizinhos do prédio estão nos ajudando e ajudando idosos que aqui residem, todos conseguem ajuda. Fiquem bem e fiquem com Deus”, finaliza Ariene.


No próximo dia 30 acaba o isolamento do casal. Então, depois de 15 dias, ela poderá voltar a abraçar os filhos. Com certeza, será um novo recomeço para a família após dias de grande tensão e tristeza.

“Nossos caminhoneiros estão passando fome e sem banho, inclusive! ”, desabafa Edoir Schmoeller

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Janiffer Souza

Tubarão/Braço do Norte

Muitos de nós foi ao supermercado, farmácia, postos de combustível nesses últimos dias. Mas quantos de nós pensou em como tudo aquilo chegou até a prateleira?

Para que tenhamos o comércio de tudo que utilizamos, temos que contar com uma categoria pouco falada durante essa pandemia de coronavírus que estamos passando, que são os caminhoneiros. Milhares deles estão deixando as suas famílias em casa, para garantir que você e eu tenhamos cumpridas as nossas necessidades de consumo, mesmo durante esse período de isolamento.

“Tenho 50 caminhões na estrada, fazemos o trajeto de Tubarão, Brusque, Pernanbuco, João Pessoa e Fortaleza, e a realidade é que nossos motoristas estão passando fome! ”, relata o empresário Edoir Schmoeller, proprietário da empresa Transportes Schmoeller.

Ele conta que os caminhoneiros chegam a fazer 8 mil km, ficam de dois a dez dias viajando e não encontram restaurantes na estrada, nem conveniência em postos e muito menos chuveiro para banho.

Como se alimentam?  “O que eles estão fazendo é indo em mercados e comprando pão com mortadela e água”, conta com tristeza o empresário.

Segundo Edoir, a situação dos autônomos é ainda pior, e por rádio alguns motoristas contaram, que já viram motoristas abandonando os seus caminhões e pedindo carona para voltar para casa, porque nem mesmo borracharia para consertar o pneu ou mecânica eles encontram aberto para socorre-los. “Eu mesmo já tive que mandar outro caminhão de Brusque a São Paulo, para socorrer um dos motoristas que não encontrava apoio mecânico”, lembra o empresário.

Impactos na alimentação

E não é só empresa com alta quilometragem que está sofrendo.

Em Braço do Norte, a empresa Feijão Caldão, que beneficia, empacota e distribui feijões já está sofrendo as consequências.

Eles transportam para os Estados de Santa Catarina e Paraná e ficam de dois a três dias em viagem, porém os desafios não são diferentes. “Nossos caminhoneiros levam marmita apenas para o primeiro dia por ser perecível, nas outras refeições eles estão passando a bolacha, salgadinhos e água. É lamentável! ”, pontua o empresário Salésio Soethe.

Ele lembra ainda, que o impacto será muito maior se o governo não tomar providências urgentes. “Muitos caminhoneiros estão querendo desistir. A ração animal vem de outros Estados, os cereais também e se não tivermos quem traga a produção vai parar e aí sim, teremos um sério problema nos nossos mercados”, observa.

Os dois empresários advertem, que também os medicamentos chegam por meio desses profissionais e é urgente que se tome providências. Em termos de solução eles são unânimes. Se os restaurantes da estrada abrirem e os motoristas tiverem condições de se manterem na estrada, será um problema a menos. É uma solução simples”, asseguram.

Há circulando ainda outras ideias, como liberar os postos de pedágio e transformá-los em pontos de apoio aos caminhoneiros, o que ajudaria muito na situação atual. Porém, isso ainda está apenas no campo das ideias. Nesse momento o que está ao alcance é alimentação e banho nas estradas, para tentar tornar a vida desses heróis um pouco mais leve.

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