quinta-feira, 28 março , 2024
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Camila Scussel

O economês e a sopa de letrinhas dos investimentos

“Gostaria de investir, mas não sei por onde começar. O conteúdo é complicado e difícil”.  Ainda escuto queixas como essa com relativa frequência.

Durante muito tempo, assuntos relacionados a finanças e investimentos foram muito pouco disseminados entre o público em geral. Não que o assunto fosse pouco falado. O problema era a forma como era falado, sempre recheado de termos rebuscados e pouco compreensíveis para a maior parte das pessoas.

Entendam que essa dificuldade de compreensão não se restringe apenas a pessoas com pouca escolaridade. Limitar-se ao uso de termos técnicos para explicar determinado assunto a quem não é daquela área, certamente não será muito útil.

Em outras palavras, quem não é da área da economia ou das finanças, não tem obrigação de saber o que é especulação, indexação, lastro, marcação a mercado e outros termos largamente usados em boletins econômicos. É necessário que, inicialmente, a explanação seja mais “mastigada”, para a assimilação do conteúdo.

Da mesma maneira, a sopa de letrinha dos investimentos acaba por engasgar muita gente que não teve seu estomago preparado para ela. CDB, CDI, RDB, FII, FGC, LC e outras tantas siglas, provocam uma overdose de informações nos ansiosos que tentam aprender tudo em 15 minutos.

A parte boa é que não é necessário ser um especialista para ter um conhecimento razoável do assunto. E para que esse patamar de conhecimento seja atingido, também não é necessária a dedicação de muito do nosso tempo. Particularmente, considero que a consistência no estudo é mais importante. Ao invés de ficar um final de semana inteiro estudando, é mais proveitoso dedicar-se por 30 minutos, 3 vezes por semana. Se o assunto é novo, é normal que seja um pouco confuso em um primeiro momento. A consistência e a repetição farão com que as pecinhas do quebra cabeça se juntem aos poucos.

O equilíbrio financeiro e a boa administração das finanças pessoais, podem nos levar muito longe sem abrir mão da qualidade de vida durante o processo. Conhecer razoavelmente o mundo dos investimentos nos propicia o crescimento financeiro ao longo dos anos. A dedicação perseverante é que determinará o alcance.

Para quem quiser conhecer mais sobre o assunto investimentos, editei um Ebook que pode ajudar e muito. Estou compartilhando gratuitamente, mas por tempo limitado. O link é exclusivo para os leitores do Notisul, e será deletado em 30/06.

Acesso em: bit.ly/ebook-leitoresnotisul.
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Desengesse seu orçamento

Um dos pontos-chaves para se obter controle efetivo das finanças pessoais, de forma a não comprometer nada necessário ou importante, é desengessamento do orçamento.

Orçamento engessado nada mais é do que aquele em que você não tem onde enxugar. Pelo menos não de um dia para outro. O grande problema dessa situação, é que por mais que tentemos ser previdentes, não foi dado ao ser humano o poder de prever o futuro. Vários acontecimentos podem fazer com que você gaste, de uma hora para outra, um valor maior do que o planejado. Quando temos uma “gordura” no orçamento, sabemos que ela pode ser usada caso ocorra algum gasto imprevisto durante aquele mês ou os anteriores.

Lógico que ter uma reserva de emergia consistente é fundamental, mas nem todos a tem. Enquanto essa não for integralmente constituída, ter um orçamento desengessado, que permita que algumas despesas sejam cortadas ou diminuídas, pode nos livrar de grandes dores de cabeça. 

Para quem tem a reserva composta e tem um planejamento de acúmulo de dinheiro, seja para qual for o fim, a manutenção dessa “gordura” no orçamento, proporciona a qualidade de vida necessária para paciência no processo de acúmulo de patrimônio (que é demorado e tedioso) e propicia que as reservas não sejam acessadas muito frequentemente (já que uma vez utilizado dinheiro da reserva, o esforço deve ser para recompô-la). 

Importante: não ligue engessamento com o grau de importância das despesas. Elas não têm correlação. Há despesas engessadas muito importantes – como aluguel, escola, planos de saúde – assim como há despesas engessadas sem importância nenhuma – como aquela compra que você fez por impulso e parcelou em duas encarnações. Por outro lado, despesas não engessadas, que são aquelas que podem facilmente ser cortadas ou diminuídas, podem ser tão acessórias como gastos com lazer e cuidados pessoais, ou tão essencial como supermercado, que nos meses ruins restringimos mais as compras.

Para quem tiver dificuldades em ter as rédeas de suas finanças, essa é uma recomendação primordial. Trace seu orçamento e verifique o grau de engessamento dele. Após o conhecimento faça as referidas mudanças em sua rotina de consumo e trace suas estratégias.  

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Quando a saúde financeira compromete o trabalho

Problemas pessoais não devem ser levados para o trabalho. Porém, como separar as coisas quando esses problemas alteram nosso humor, capacidade de concentração e produtividade? Somos seres humanos dotados de emoções. Quando nossos problemas pessoais alteram nossas emoções, é impossível, senti-las apenas quando estamos fora de nossos postos de trabalho.  

É reconhecido que problemas financeiros sofridos por colaboradores refletem diretamente no desempenho destes nas empresas. Dívidas tornam trabalhadores mais vulneráveis à imprevistos, mais preocupados, menos concentrados e menos criativos. Consequentemente, ocorre diminuição na produtividade, dificuldade de concentração, mais suscetibilidade a conflitos e, infelizmente não raro, demissões são forçadas para quitar dívidas.

Uma pesquisa recente da empresa ADP, realizada em 13 países, incluindo o brasil, mostrou que praticamente todas as companhias acreditavam que a saúde financeira de seus funcionários pode impactar nos resultados da empresa. O principal problema apontado pelas empresas pesquisadas foi a produtividade. Fatores como engajamento, rotatividade e absenteísmo também foram lembrados pelas empresas.

Por perceber que esses problemas sofridos pelos colaboradores afetam diretamente os resultados da empresa, organizações de diversos setores tem incentivado o desenvolvimento da educação financeira entre colaboradores como forma manter a produtividade em nível satisfatório e melhorar o clima organizacional.

Exemplo de empresa adotante dessa pratica é a Totvs, que conseguiu reduzir seu índice de absenteísmo de 2 para 1 % um ano após a criação de um programa de reeducação financeira. No setor público, pode-se destacar a ação do Estado do Piauí, que verificando a incidência considerável de problemas financeiros de seus servidores, desenvolveu programa de educação financeira, inclusive durante o horário de expediente.

Particularmente, por ver na inteligência financeira um caminho para o desenvolvimento e a liberdade das pessoas, produzo semanalmente conteúdos sobre o tema. Alguns, inclusive, disponibilizados gratuitamente em minhas mídias digitais. Entretanto, comparo minha atividade de consultora financeira a de um profissional em nutrição: ele ensina o que fazer, cabe a cada um a determinação para a mudança de hábitos.

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Tesouro direto

Ouvimos com muita frequência sobre tesouro direto. Para os menos familiarizados, o assunto ainda gera algumas dúvidas. Para saná-las, trouxe esse tema para a coluna de hoje.

Tesouro direto é um programa do tesouro nacional em que os títulos da dívida pública são negociados. Para desenvolver o país, uma dívida imensa foi criada. Este débito está próximo a quatro trilhões. Em 2002, o governo começou a emitir títulos para capitar dinheiro para ir saldando essa dívida à medida que fosse vencendo. As pessoas que compram os títulos emprestam dinheiro ao governo para que ele pague suas dívidas. Em contrapartida, o governo devolve acrescido dos juros previamente estabelecidos.   

“E o governo paga, Camila”? Essa é pergunta bastante comum que as pessoas fazem quando estão começando. Até mesmo com certa descrença… “Como assim emprestar dinheiro para o governo, mais arriscado do que emprestar para o cunhado”. Brincadeiras à parte, a realidade é que títulos públicos nacionais é o investimento mais conservador que existe, pois o governo tem supremacia. Não se visualiza nenhum risco de o governo dar calote na dívida interna, ou seja, não pagar seus credores que investiram no tesouro. O primeiro sinal de que o governo pode dar calote em suas dívidas são aumento descontrolado nos juros e, consequentemente, na inflação. Estamos com juros e inflação bem controlada há algum tempo.

Importante ressaltar, quando ocorre do governo dar calote, é um “salve-se quem puder”, ou seja, nessa hipótese, em praticamente qualquer ativo brasileiro que esteja aplicado seu dinheiro, você irá perdê-lo. Igualmente importante dizer que, nesse tipo de situação extrema, o governo também pode imprimir papel da casa da moeda para pagar os débitos contraídos com os investidores do tesouro. Logicamente isso seria apenas uma solução paliativa, ninguém quer isso.

Atualmente, há dez títulos do tesouro direto sendo negociados. São chamados pré-fixados aqueles cujos valores pagos no dia do vencimento já são informados na hora da compra. Os pós-fixados IPCA, pagam uma determinada taxa, que varia diariamente, mais a inflação do período, título bem interessante para manter o poder aquisitivo ao longo dos anos sem ter o dinheiro “corroído” pela inflação. Já o pós-fixado Selic é o conservador do conservador, é o título do tesouro que tem liquidez diária, ou seja, ele rende todos os dias e é possível retirá-lo a hora que quiser, sem risco de sacar menos. Os pré-fixados e os pós IPCA também é possível sacar a qualquer hora, mas a rentabilidade não segue uma linha reta, ela sobe e desce. Caso não seja mantido até a data do vencimento, pode ser que saque menos, ou mais do que o previsto.

Para quem se interessou, visite o site do tesouro direto, onde tem todas informações. A página é bem amigável e de linguagem acessível. É possível também fazer curso de tesouro direto gratuitamente. Gostou do assunto? Ficou com dúvidas? Pergunte nas minhas mídias.

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“Ainda não acredito… E você?

Dez a menos

Essa semana, grandes mídias noticiaram a prisão de dez integrantes de quadrilha de crime financeiro. A empresa funcionava em Novo Hamburgo (RS), captando dinheiro de pessoas que acreditavam na estapafúrdia promessa de ganhos certos de 15% já no primeiro mês. Obviamente, o dinheiro era sorrateiramente apossado pelos proprietários da empresa que foram os únicos que realmente ganharam dinheiro rápido. O esquema se sustentou por pouco mais de um ano por meio das proibidas pirâmides financeiras.

Já vimos esse filme antes? Inúmeras vezes. Dez pilantras a menos ludibriando pessoas ingênuas. Uma batalha ganha. Mas quando iremos vencer a guerra? Todos os anos, um golpe novo é criado, esquemas muito parecidos um com os outros, mudando apenas a fachada. Não é novidade para ninguém que a justiça brasileira não tem a efetividade que deveria. As multas condenatórias absurdamente inferiores aos prejuízos causados, e absolvições inadmissíveis são bastante comuns nesse tipo de crime. É comum, também, que seus responsáveis já tenham passagens pela polícia por estelionato. Não estranhemos, portanto, se logo-logo esses dez estiverem de volta à liberdade dando outros golpes.

Há alguns meses, divulguei aqui mesmo, nas mídias do jornal, um vídeo alertando as pessoas sobre o assunto. Duas ou três horas depois, o vídeo já tinha mais de 100 compartilhamentos, muitas pessoas marcando amigos e, logicamente, vários que não gostaram nem um pouco do que ouviram. O vídeo foi removido. Tentei enviar outro na semana seguinte respondendo aos ataques que recebi, mas a Redação no jornal preferiu não divulgar.

Volto então ao questionamento: quando iremos ganhar a guerra? Enquanto não for compreendido pelas pessoas que não existe almoço grátis, que não existe milagre financeiro, que nenhum investimento paga 1 a 3% ao dia, nunca. Nunca iremos ganhar essa guerra enquanto as informações e alertas forem bloqueados, enquanto as pessoas não tiverem o mínimo de educação financeira para aprender a diferenciar investimento de um golpe descarado desse tipo.

Dez pilantras a menos, centenas de pessoas lesadas e R$ 700 milhões que jamais voltarão integralmente a seus donos. Apenas a ponta do iceberg, conforme a Superintendência da Polícia Federal.

A mim, só me resta pegar a pipoca e assistir as cenas dos próximos capítulos com a tranquilidade de quem fez a sua parte.

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Semana Nacional da Educação Financeira

Entre os dias 20 a 26 deste mês ocorre a 6ª edição da Semana Nacional de Educação financeira – Semana ENEF, uma iniciativa do Comitê Nacional de Educação Financeira –CONEF,  com objetivo do a conscientização sobre o planejamento financeiro e a importância de estabelecer hábitos saudáveis de poupança e consumo, bem como a necessidade de obter bem-estar financeiro.
Em 2018 foram realizados 700 eventos, em 1.134 cidades brasileiras. A meta para 2019 é aumentar esse alcance.

Alguns desses eventos não são abertos ao público em geral, porém há vários eventos abertos ao público online, que dão a oportunidade de qualquer pessoa que se interessa pelo tema ou se interessa em adquirir conhecimento para melhorar a sua vida financeira, participar.
Há eventos em vários formatos como: disseminação de e-mails, conteúdos em redes sociais, vídeos, campanhas, oficinas, cursos, atendimentos e etc.

Os subtemas também são bem variados, dicas de finanças, informações sobre investimentos, educação financeira infantil, planejamento financeiro e etc.

Dentre as iniciativas, há algumas disponibilizadas por grandes nomes e entidades do setor como o Sebrae, a B3 (a bolsa brasileira), Banco Central, Comissão dos Valores Mobiliários (CVM), Anbima, entre outros. Há também muitas iniciativas de grandes bancos varejistas, corretoras, youtubers famosos no tema e até a participação de Mauricio de Souza produções, com desenhos animados da turma da Monica ensinando educação financeira aos pequenos.

Ações como essas, nos traduzem a real necessidade de inserção da educação financeira na vida das pessoas. O total de inadimplentes no Brasil ainda ultrapassa 40% da população adulta. A falta de educação financeira é um entrave no desenvolvimento econômico, além de aumentar os problemas sociais e familiares. Pessoas com educação financeira consomem melhor e consistentemente, costumam ser mais produtivas e criativas, e sabem lidar melhor com o crédito, o que resultaria em diminuição nos juros praticados pelo mercado.

Veja a agenda, informe-se e inscreva-se. Há muito conteúdo gratuito que pode ser acessado pelo celular, cabe a nós o interesse em aprender.

Agenda de ações da Semana Nacional da Educação Financeira pode ser acessada pelo site: http://semanaenef.gov.br/iniciativas/agenda.php?
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Investir é arriscado?

Muita gente quer saber sobre investimentos. Semanalmente, recebo no meu Instagram perguntas sobre assunto. Algumas pessoas têm muito receio em sair da tradicional caderneta de poupança, com medo dos riscos que acarretam investimentos mais agressivos. Mas afinal de contas, investir é realmente muito arriscado?

Para o marketing agressivo utilizado por algumas instituições, não é, afinal sempre tem aquelas propostas: “ah, você não precisa entender de ações, basta investir naquilo que a empresa recomenda”. Ah, tah!

A verdade é que se você não souber o que está fazendo é muito arriscado sim. Muitos sugerem que, para se proteger, você deve começar a investir pouco. Começar investindo pouco apenas vai propiciar que você não perca muito, mas perder você vai do mesmo jeito. Investir pouco é o segundo passo, o primeiro deles é buscar informações. E por favor, buscar informação não é buscar dicas e sugestões, e aprender a fazer análises, a traçar estratégias, a investir sabendo o que está fazendo.

Não ter tempo seria um argumento convincente, se precisássemos de muito tempo para dar os primeiros passos. Eu, por exemplo, trabalho 12 horas por dia e tiro tempo para estudar investimentos. Sim, embora já tenha um conhecimento legal sobre o assunto, eu estudo investimentos semanalmente. Não devemos nunca nos sentir prontos, a humildade é peça-chave para o desenvolvimento, e ela que faz com que aceitemos que não sabemos tudo, que somos emocionais, que não estamos livres de dar um grande tropeço se deixarmos de refletir sobre nossas escolhas e agirmos no modo automático do “eu entendo disso”.

Sempre há um golpe novo na praça disfarçado de investimento. Sempre tem os marqueteiros soltando a franga querendo te convencer a investir aqui e ali. Sempre queremos antecipar nossos sonhos financeiros. É necessário manter a calma e sermos realistas: acumular patrimônio é demorado, perder tudo é bem rapidinho.

Por isso se você questiona onde investir, minha resposta será, invista seu tempo buscando aprender. Você não precisa virar o Warren Buffett, apenas precisa fazer suas escolhas com consciência. E acima de tudo, não deixe ninguém fazer suas escolhas, pois na hora da angústia, ninguém irá soprá-las por você.

Para quem quiser, tenho um material gratuito e muito bacana online no endereço abaixo, trata-se do ebook “5 coisas que você deve saber para não fazer besteiras ao investir”. Quem quer investir, mas não tem muito conhecimento e segurança, vai tomar apenas 15 ou 20 minutos do seu tempo, e pode te livrar de várias roubadas: http://bit.ly/ebookinvistaconsciente.

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Regimes de casamento

Começamos maio, mês das… noivas! Por isso, iremos falar em… economia… na festa de casamento? Não…. falaremos em regimes de matrimônio. Por quê? É que a maioria das pessoas casa sem se preocupar com isso…

Há três regimes de união, vou falar sobre as implicâncias de cada um deles… (implicância que é para já combinar com casamento, né? Tudo a ver).

Comunhão universal de bens: todos os bens (e boa parte das dívidas) adquirida antes ou depois do casamento passa a ser dos dois. Tudo é dos dois. A lei prevê algumas exceções, mas na prática esse é o regime legítimo “na riqueza ou na pobreza”.

Se o casal cogita trabalhar juntos, duas observações: Nesse regime, os cônjuges não podem ser sócios; 

– Contratar cônjuge como empregado pode dificultar (e muito) o cônjuge empregado de ter acesso a benefícios previdenciários, inclusive e principalmente à aposentadoria. Aliás, contadores, por favor, orientem seus clientes. Empresários individuais não podem contratar cônjuge, mãe, pai, filho ou espírito santo como empregado.

Comunhão parcial de bens: é o regime mais adotado. Tudo que foi comprado durante o casamento é dos dois e será dividido, no caso de uma separação, não interessando quem trabalhou igual um camelo para comprar. Nesse regime, bens adquiridos antes do casamento não são divididos;

doação ou herança, mesmo depois do casamento, não é dividida. Bens comprados com o dinheiro da herança ou da venda daquele bem já existente antes da união, não divide também.

Importante: nesse regime de casamento, se um dos cônjuges contraiu uma dívida, só ele é devedor, porém, em caso de inadimplência, tanto os bens do ‘velhaco’ como de seu cônjuge podem ser usados para quitação da dívida. E esses débitos podem ser de financiamentos, empréstimos, trabalhistas, etc..

Portanto, se você está casando com alguém que tem uma profissão muito vulnerável a causas trabalhistas ou outras ações judiciais, pondere se não vale a pena casar com separação de bens.  
Está casando com aquele amor de pessoa, que “empresta nome” para parente sujo na praça – coisa medonha de se fazer – case com separação total de bens.

União estável aplica-se às mesmas regras da comunhão parcial, a não ser que o contrato preveja outra coisa. 

Separação de bens: para este regime, cada pessoa terá seu próprio patrimônio, que não será dividido com o divórcio. Enquanto o casamento existe, os dois usufruem de forma comum, mas na hora da separação, cada um fica com o que for seu.

Por este regime de bens, qualquer um pode vender ou dar em garantia bens de sua propriedade, sem necessidade de autorização do outro.

Mudar regime de casamento, pode isso Arnaldo? Pode, mas é demorado e burocrático, mesmo sendo de vontade comum entre o casal, é necessário pedir autorização judicial, daí a demora.

Finanças e o lenhador

Conta-se que, em certa localidade, havia um lenhador muito dedicado. Ele assumia a maior parte os trabalhos que lhe era solicitada, era enérgico no desempenho de cada um, e sem qualquer resquício de preguiça, trabalhava por horas a fio para dar conta do recado. Entretanto estava cada vez mais difícil. O esforçado lenhador vinha diminuindo gradativamente sua produtividade, ainda que esticasse sua jornada de trabalho e executasse tudo com grande afinco.

Sem saber mais o que fazer, procurou um velho sábio da região, e a ele queixou-se:
– Senhor sábio, não sei mais o que está ocorrendo comigo. Sempre fui um grande lenhador, mas ultimamente, mesmo trabalhando muito não estou dando conta do recado. Há poucas semanas, eu cortava uma média de 30 arvores ao dia. Tenho aumentado gradativamente minha jornada, chegando a trabalhar até 12 horas em um só dia, mas não consigo cortar mais que oito ou dez árvores.

Eis que o sábio, com voz baixa e tranquila questionou:
– Quanto tempo por dia você passa afiando o machado?
(…)
Infelizmente, é dessa forma que quase todos encaram sua vida financeira, trabalhando muito, mas gastando na mesma proporção; conservando para eternidade suas preocupações e vulnerabilidades diante de imprevistos; continuando a pagar coisas simplesmente porque sempre o fizeram, sem nunca ter refletido sobre; achando que estão bem financeiramente simplesmente por não ter boletos atrasados; gastando muito sem pensar naquilo que realmente às fazem felizes.

Afiar o machado, consiste apenas em definir um objetivo realmente importante e sentar por alguns minutos a fim de traçar um planejamento para alcança-lo. A definição das metas e estratégias torna exequível o impossível. Quer uma amostra, assista o vídeo disponível em http://bit.ly/aimportanciadoplanejamento .

Mas enquanto sessões de psicologia forem caras, e festas open bar e as ilusões momentâneas de alivio propiciadas, baratas; enquanto foi caríssimo se instruir, mas viável pagar cinco mil em um celular por ser melhor que o dos amigos; sempre realizar um sonho for caro, mas ostentar futilidades fingindo estar feliz, compensar, a vida da grande maioria seguirá, sem progresso financeiro, sem realizações e sem tranquilidade, gerações e mais gerações reclamando dos sistemas previdenciários mas escolhendo sempre depender deles.

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Páscoa e o bolso

Ovos menores por preços maiores. Quem nunca fez essa reclamação? É uma realidade, em especial na época de alta do dólar, uma vez que cacau é comódite agrícola cotado na bolsa.
Como resultado, grandes empresas fabricantes de chocolate estão enchendo os ovos com um monte de bugiganga para deixar a criança feliz com menos gramas de chocolate.

O preço do ovo custa três vezes mais do que a mesma quantidade de chocolate comprada em barra, somado ao preço a bugiganga (normalmente inútil) que vem dentro.
“Ah, Camila, mas são crianças, o formato do ovo, a embalagem, a surpresa. Tudo isso importa para eles”.
Entendo a argumentação, mas pergunto: quantas vezes seu filho ganhou ovos de chocolate? E mais do que isso, quantos ovos ele normalmente ganha, já que muitas vezes recebe também de padrinhos, tios, avós. etc.. Será mesmo que nossas crianças estão tão interessadas no formato oval do chocolate e na sua embalagem colorida, ou nós, os adultos, que usamos esse argumento porque estamos preguiçosos demais para propor algo mais criativo?

E se ao invés de comprar o ovo de Páscoa, propusermos às nossas crianças uma experiência diferente, tal como uma brincadeira de caça ao tesouro para encontrar uma caixa de doces, uma corrida maluca para encontrar o maior número de bombons possíveis espalhados em uma casa ou, até mesmo, a bagunça na cozinha produzindo os próprios brigadeiros. 

Para nós, adultos, será bem mais trabalhoso que comprar um ovo de Páscoa, mas certamente será mais econômico. E, certamente, será muito mais divertido e inusitado para o seu filho. Dê a uma criança um brinquedo caríssimo e a deixe o dia todo sozinha. Dias depois, pegue um brinquedo qualquer e fique o dia todo com a criança. Pergunte a ela de qual dia ela gostou mais.

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