quarta-feira, 24 abril , 2024
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Andréa Debiasi

Sinais de Pontuação: Vírgula

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem? De forma geral, os sinais de pontuação representam os recursos atribuídos à escrita, com o propósito, dentre outros, de reproduzir pausas, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; e entonações da fala, como os pontos de exclamação e de interrogação, por exemplo. Além disso, os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, os anseios, emoções e intensões do escritor.

Com isso, na coluna de hoje será apresentada a Vírgula (,), um sinal gráfico de pontuação que indica uma breve pausa e é usada para separar frases conectadas entre si ou elementos dentro de uma frase.

Boa leitura!
A seguir, as principais situações de uso da vírgula:

1) separar termos que possuem mesma função sintática (Classe gramatical: sujeito, verbo, adjetivo, advérbio, numeral, dentre outros.) na frase.
Exemplo:  A professora, explicou, reexplicou, e enfim, aplicou a prova.
Nessa oração, a vírgula separa os verbos.

2) isolar o vocativo (é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado para chamamento ou interpelação ao interlocutor no discurso direto, expressando-se por meio do apelativo).
Exemplo: Então, meu caro colega, explique-se imediatamente!

3) isolar o aposto (É um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos. É uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo).
Exemplo: A Karina, funcionária homenageada do mês, recebeu um dia de folga nessa semana.

4) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto (O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos).
Exemplo: Um desejo enorme de abraçar meu filho, eu senti quando olhei a foto dele no meu celular. (antecipação de complemento verbal)
Exemplo:  Tudo foi feito, naquele momento, para evitarmos uma tragédia! (antecipação de adjunto adverbial)

5) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, dentre outros.
Exemplo: A lição de hoje foi repassada por e-mail, ou seja, todos terão acesso aos conteúdos para estudar em casa.

6) separar os nomes dos locais de datas.
Exemplo:   Tubarão (SC), 1º de fevereiro de 2019

7) isolar orações adjetivas explicativas.
Exemplo:  A música, que você cantou para mim, é muito romântica e emocionante.

Até a próxima semana e fique com Deus!
Dúvidas? Entre em contato! E-mail: orientacaoac@gmail.com ou WhatsApp: (48) 99625-6303

Classes de Palavras, para que servem? (fim)

Olá!, Leitor Notisul! Tudo bem? Continuemos com a coluna sobre as Classes de Palavras.

7. Advérbios 

São palavras invariáveis que servem para determinar ou intensificar o sentido de verbos, adjetivos ou outros advérbios.

• Lugar: adiante, acolá, algures, abaixo, acima, aí, aqui, além, , ali, antes.

• Tempo: anteontem, agora, cedo, tarde, ainda, amanha, antes, hoje.

• Modo: mal, bem, assim, sobretudo, bem, como, depressa, devagar, simplesmente, bruscamente (e outros com o sufixo –mente, os quais jamais levam acentuação!)

• Intensidade ou Quantidade: tanto, bastante, bem, demasiado, muito, pouco.

• Afirmação: efetivamente, já, sim, certamente, também.

• Negação: não, jamais, nunca.

• Inclusão: ainda, também, mesmo.

• Exclusão: apenas, somente, só, unicamente.

• Dúvida: possivelmente, acaso, porventura, talvez.

• Designação: eis.

• Interrogativo: por quê ,onde, quando.

• Locuções Adverbiais: (preposição + nome/advérbio): à antiga, a cada, de manhã, de novo, em breve, por vezes, dentre outras.

8. Preposições

Palavras invariáveis que estabelecem uma relação entre elementos da frase. Essa relação pode ser de: tempo, lugar, modo, companhia, causa, fim, oposição, carência, falta, conteúdo ou existência.

• Simples: sobre, trás, com, contra, desde, a, ante, após, perante, até, de, durante, em, entre, para, por, sem, sob,. As preposições podem contrair-se e formar. 

• Contraídas: (ex.: a+a = à). Existem ainda Locuções Prepositivas (à volta de, abaixo de, acerca, de, diante de, em vez de, dentre outras).

9. Conjunções

Palavras invariáveis que servem para relacionar orações dentro da frase.

• Coordenativas aditivas: transmitem uma ideia de adição: Ex.: e; nem; também; bem como; não só; mas também.

• Coordenativas adversativas: transmitem uma ideia de oposição. Ex.: no entanto; mas; porém; todavia; contudo; entretanto; não obstante.

• Coordenativas alternativas: transmitem uma ideia de alternância. Ex.:  quer…quer; ou; ou…ou; seja…seja; já…já; ora…ora.

• Coordenativas conclusivas: transmitem uma ideia de conclusão. Ex.:  por consequência; por isso; logo; pois; portanto; assim; por conseguinte. 

• Coordenativas explicativas: transmitem uma ideia de explicação. Ex.: que; porquanto; pois; isto é; porque.

10. Interjeições 

São palavras que exprimem estados emocionais ou sensações. Ex: Ah! (admiração); Ui! (dor); Tomara! (desejo); Até breve! (saudação); Bravo! (aplauso). 

• Locuções interjetivas: ocorrem quando mais de uma palavra possui a mesma funcionalidade de uma interjeição. Ex.: Ai de mim!; Quem diria!; Puxa vida!; Nossa Senhora!; Quem me dera! 

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Classes de Palavras, para que servem? (parte 3)

Olá!, Leitor Notisul! Tudo bem? Continuemos com a coluna sobre as Classes de Palavras.

5. Verbos (continuação)

Modo Conjuntivo (Tempos Simples)
Apresenta uma ação, qualidade ou estado como possibilidade, desejo ou dúvida.

– Pretérito Imperfeito (ex.: Tomara o médico que o paciente melhorasse.)
– Futuro (ex.: E se eu não souber responder à prova?)
• Modo Conjuntivo (Tempos Compostos)
– Pretérito Imperfeito: Presente do auxiliar
– Pretérito Mais-que-perfeito: Pretérito Imperfeito do auxiliar
– Futuro Perfeito: Futuro simples do auxiliar

• Modo Imperativo
Ordem, conselho ou pedido (só apresenta a 2ª pessoa do Singular e do Plural. Ex.: Espere um instante.).

• Modo Condicional
Ação, qualidade ou estado dependente de uma condição.
– Simples (ex.: teria (se)…; possuiria (se)…; pegaríamos (se…)
– Composto: Auxiliar no condicional

• Modo Infinitivo (Pessoal)
Apresenta uma ação, qualidade ou estado de modo vago ou abstrato.
– Simples (ex.: Para conseguires isso, terás que fazer por merecer.)
– Composto: Infinitivo pessoal do auxiliar

• Modo Infinitivo (Impessoal) – Forma Nominal
Este infinitivo é uma forma nominal porque pode desempenhar, de certa forma, a função de um nome.
– Simples (ex.: É preciso avisá-lo! [avisar = o aviso])
– Composto: Infinitivo do auxiliar

6. Numerais
A palavra que quantifica os seres ou indica a posição que ocupam em uma determinada ordem. Quando apenas nomeia o número de seres, o numeral é chamado de cardinal.  Ex.: um,  dois, sessenta, duzentos, mil.
• Ordinal: quando indica a ordem que o ser ocupa em uma série. Ex.: primeiro, terceiro, quinquagésimo, centésimo, milésimo.
• Multiplicativo: exprime aumentos proporcionais de quantidade, indicando números que são múltiplos de outros. Ex.: dobro, quíntuplo.
• Fracionário: indica a diminuição proporcional da quantidade, o seu fracionamento. Ex.: metade, um quinto.
• Coletivo: designa conjuntos de seres e indicam o número exato de indivíduos que compõem o conjunto. Ex.:  dúzia, quinzena, milheiro.

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Classes de Palavras, para que servem? (parte 2)

Olá!, Leitor Notisul! Tudo bem? Continuemos com a coluna sobre a necessidade de se conhecer as Classes de Palavras.

4. Adjetivos
São palavras variáveis que caracterizam o nome/substantivo, atribuem-lhe características, qualidades ou propriedades. Dividem-se em:

• Gênero: podem ser biformes, quando têm duas formas: masculina e feminina, e uniformes, quando têm apenas uma forma.

• Número: podem ser biformes, quando têm duas formas: masculina e feminina, e uniformes, quando têm apenas uma forma.

• Grau:
– Normal: o adjetivo caracteriza o nome. (ex.: A Amélia é feliz.)
– Comparativo: estabelece-se a comparação entre dois nomes.
– Comparativo de Superioridade (ex.: A Amélia é mais feliz que o Jonas.)
– Comparativo de Igualdade (ex.: O Jonas é tão feliz quanto a Samara.)
– Comparativo de Inferioridade (ex.: A Samara é menos feliz que o Henrique.)
Superlativo Absoluto: a característica atribuída pelo adjetivo é intensificada.
– Superlativo Absoluto Analítico (ex.: O Cláudio é muito feliz.)
– Superlativo Absoluto Sintético (ex.: A Diandra é felicíssima.)
Superlativo Relativo: a característica destaca o sujeito.
– Superlativo Relativo de Superioridade (ex.:  A Diandra é a mais feliz.)
– Superlativo Relativo de Inferioridade (ex.: A Samara é a menos feliz.).

Observação: alguns adjetivos têm graus Superlativos Absolutos Sintéticos irregulares. (ex.: nobre – nobilíssimo). Os adjetivos “bom”, “mau”, “grande” e “pequeno” são casos especiais de comparativos e superlativos (ótimo, péssimo, boníssimo, malíssimo, dentre outros).

5. Verbos
Os verbos indicam ações, qualidades ou estados situados no tempo. Dividem-se em:

• Modo Indicativo (Tempos Simples)
– Presente: indica uma ação praticada no momento em que se fala, que é contínua ou habitual ou que é verdadeira. Ex.: Eu sou feliz.
– Pretérito Perfeito: indica uma ação passada completamente realizada. Ex.: Eu fui feliz.
– Pretérito Imperfeito: mostra uma ação passada, mas não concluída ou ainda em realização. Ex.: Eu era feliz.
– Pretérito Mais-que-perfeito: exprime uma ação anterior a outra passada. Ex.: Eu fora feliz.
– Futuro do Presente: Indica uma ação que se realizará, ou ainda uma dúvida. Ex.: Eu serei feliz.
– Futuro do Pretérito: Indica uma ação que poderia ser realizada. Ex.: Eu seria feliz.

• Modo Indicativo (Tempos Compostos)
– Pretérito Perfeito: presente do auxiliar.
– Pretérito Mais-que-perfeito: pretérito Imperfeito do auxiliar.
– Futuro Perfeito: futuro simples Indicativo do verbo auxiliar.

• Modo Conjuntivo (Tempos Simples)
Apresenta uma ação, qualidade ou estado como possibilidade, desejo ou dúvida.
– Presente (ex.: Talvez eles façam o que pedimos.)

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Classes de Palavras, para que servem? (parte 1)

Olá!, Leitor Notisul! Tudo bem? O uso correto do emprego das Classes de Palavras é considerado dificultoso e bastante comum entre alunos, candidatos a concurso público ou processo seletivo e profissionais que fazem uso da escrita constante no ambiente de trabalho. Por isso, na coluna desta semana, apresento a necessidade de se conhecer as Classes de Palavras.

Conceito
As Classes Gramaticas ou Classes de Palavras são organizadas em dez categorias e divididas em variáveis (aquelas que variam em gênero, número ou grau):  Substantivos, Artigos, Pronomes, Adjetivos, Verbos e Numerais, e invariáveis (as que não variam): Advérbios, Preposições, Conjunções e Interjeições.

1. Substantivos
 Os substantivos designam seres, objetos ou sentimentos. Flexionam-se em género, número e grau. Dividem-se em:
• Concreto: designa tudo o que é físico. Ex.: lápis, jornal.
• Comum: indica qualquer um dos seres de uma espécie. Ex.: livro.
• Próprio: individualiza um ser. Ex.: Brasil.
• Coletivo: designa um conjunto de seres ou objetos da mesma espécie. Ex.: matilha.
• Abstrato: designa sentimentos, estados, ações, qualidades ou conceitos, seres não físicos/palpáveis. Ex.: amor.

2. Artigos
São palavras que determinam o substantivo em gênero e número. Dividem-se em:
• Definidos: definem o nome (o/a, os/as).
• Indefinidos: não definem o nome (um/uma, uns/umas).

3. Pronomes
Os pronomes substituem os substantivos para evitar repetições. Dividem-se em:
• Pessoais: indicam quem fala, com quem se fala ou de quem se fala (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas).
• Possessivos: exprimem a posse do ser/objeto:
– Um possuidor: (meu/minha, teu/tua, seu/sua – os mesmos no plural).    
– Vários possuidores: (nosso, vosso, seu – os mesmos no feminino e no plural).
• Demonstrativos: demonstram o estado ou posição do ser/objeto (este, esse, aquele, o mesmo, o outro, o tal – os mesmos no feminino e no plural).
• Indefinidos: referem-se ao ser/objeto de modo vago (Variáveis: algum, nenhum, todo, muito, pouco, tanto, outro, certo, qualquer – os mesmos no feminino e no plural; Invariáveis: alguém, algo, ninguém, tudo, outrem, cada, nada).
• Interrogativos: questionam o ser/objeto (Variáveis: qual/quais, quanto/quantos; Invariável: que, o quê, quem, onde).
• Relativos: fazem referência, ao ser/objeto (Variáveis: o qual, cujo, quanto – o mesmo no feminino e no plural; Invariáveis: que, quem, onde).

Até a próxima semana e fique com Deus!
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Revisar um texto, precisa?

Olá, leitor Notisul! Tudo bem? Cada texto, por mais simples que seja, precisa ser revisado, pois permite uma mudança de posição, de escritor para leitor, a qual contribui para aprimorá-lo e possibilita que a mensagem seja transmitida de forma eficaz e compreensível a quem se destina. Desde um ofício a uma tese, todo texto, necessariamente, requer uma revisão total. Por isso, a coluna desta semana apresenta os principais aspectos que contribuem para o êxito desta atividade, a saber:

1) Gramática:
a) Ortografia: averiguar a escrita correta das palavras. Em caso de dúvidas, recorra ao dicionário.
Exemplo: concerteza (correto: com certeza)
b) Pontuação: vírgula, ponto e vírgula, ponto de interrogação e de exclamação são alguns exemplos de pontuação utilizados em um texto. Fique atento à colocação ou não, principalmente, de uma vírgula, que pode mudar completamente o sentido de um texto.
Exemplo: Deus odeia o racismo e você? (errado)
Deus odeia o racismo, e você? (correto)
c) Concordância verbal e nominal: é importante averiguar se todos os verbos concordam com seus sujeitos e se os substantivos estão concordando com o artigo, numeral, pronome ou adjetivo que os acompanham.
Exemplos: As pessoas faz de tudo para comprar os presentes de Natal. (fazem)
Os meu pais são muito bons para mim. (meus)
d) Regência verbal: averiguar se a regência do verbo está coerente com seu complemento.
Exemplo: Assisti o programa de culinária da D. Tereza. (ao)
e) Colocação pronominal: o posicionamento dos pronomes é de extrema relevância para uma compreensão adequada do texto.
Exemplo: Me fiz entender? (correto: fiz-me)

2) Estrutura:
a) Há uma ideia central que norteia o texto.
b) Há uma sequência de fatos estruturados em uma lógica-temporal.
c) Há presença dos aspectos do tipo textual desenvolvido: dissertação (exposição e defesa de argumentos); narração (conflito e exposição da personagem); descrição (características do local e fatos relatados), por exemplo.
d) Há conclusão contendo, de forma resumida, o que foi abordado com a apresentação de uma opinião acerca do que foi exposto ou uma solução para o conflito.

3) Estética:
a) Letra legível (em caso de escrita manual);
b) Paragrafação: disposição correta dos parágrafos. Estes devem estar bem estruturados e delimitados por pontuação;
c) Margens regulares: as palavras devem ir até o fim da linha; (exceção para poema)
d) Travessão: espaçamento devido antes da utilização deste;
e) Rasura: o adequado é não ter. Mas caso ocorra, riscar com um só traço o termo errado e colocá-lo entre parênteses. Coloque a palavra correta acima, ou continue a escrever normalmente, caso o erro aconteça no momento da escrita e na folha definitiva.
4) Estilística:
a) Os elementos conectivos são essenciais para a coesão, compreensão do texto. Exemplos: mas, porém, contudo, entretanto, todavia, dentre outros.
b) Repetição de palavras e também de ideias empobrecem o texto.
c) Evitar o emprego de palavras ou de argumentos em lugares errados.
d) Não escrever frases longas, pois deixam o texto confuso.
Até o próximo ano e fique com Deus!

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Técnicas de leitura, interpretação, análise e resumo de textos

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?

Recebo pedidos constantes de ajuda por parte de estudantes e colegas de trabalho a fim de saber como interpretar e resumir textos. Confesso que não é uma tarefa fácil, e sim, um exercício constante de leitura direcionada e com objetivo definido. Cito isto porque cada texto lido tem um foco, seja para uma prova de concurso, atividades de escola, universidade ou no ambiente de trabalho. Por isso, a proposta da coluna desta semana é apresentar algumas dicas que auxiliem na leitura, interpretação, análise e resumo de textos de forma eficaz.

Inicialmente, ressalto que para analisar e interpretar textos é preciso saber ler. E a leitura pressupõe três etapas:

i) Pré-compreensão: conjectura-se que o leitor possua conhecimentos prévios sobre o assunto ou área específica acerca do texto que será lido;

ii) Compreensão: com a leitura propriamente dita, o leitor vai se encontrar com informações novas ou reconhecer as que já conhecia;

iii) Interpretação: é a resposta/compreensão que será dada ao texto, durante e após a leitura.
Com base nas três etapas mencionadas, destaco uma lista com orientações básicas para o sucesso da atividade, a saber:

a) Cada novo texto é, também, um novo conhecimento adquirido;

b) Fazer anotações nas margens do texto, pois isso ajuda na interpretação da ideia posta;

c) Todo texto, curto ou longo, deve ser lido integralmente, procurando apreender o seu sentido mais amplo, e só depois, relendo novamente, averiguar no dicionário todas as palavras desconhecidas;

d) À medida que se decodificam/interpretam as palavras, torna-se importante relacioná-las com o texto já lido;

e) Ler sem preguiça e timidez, independentemente do tamanho e complexidade do assunto lido;

f) Quando o texto utilizar a linguagem poética, pode-se criar a cena mentalmente, imaginando-se no lugar das personagens;

g) Não ser um leitor crédulo, concordar e discordar da ideia/opinião posta ajuda na compreensão;

h) Diante de uma linguagem conceitual, a leitura não pode ser tímida. No diálogo, deve-se imaginar concordando e, também, discordando das ideias/conceitos expostos;

i) É interessante estabelecer um diálogo, conversa com o autor;

j)  Muitas vezes, a resposta correta para uma pergunta não corresponde exatamente ao que está no texto, por isso, deve-se ler com atenção, buscando o sentido geral;

k) Não se assustar com o tamanho do texto, a leitura deve ser corajosa;

l) Fazer paráfrases, contribuindo para ampliar o vocabulário e a compreensão da ideia central do texto lido;

m) Ler no papel, preferencialmente, pois a capacidade de absorção dos dados para transformar em conhecimento é maior, além do poder de concentração;

n) Reservar um tempo do dia para ler;

o) Ler com um dicionário para esclarecimento de possíveis dúvidas;

p) Ler, ler bem, ler profundamente;

q) Ser curioso, buscar entender o texto;

r) Reler o texto quantas vezes forem necessárias;

s) Respeitar a ideia do autor, mesmo discordando;

t) Fazer exercícios de palavras sinônimas e antônimas, pois ajuda a aumentar o vocabulário;

u) Dividir o texto em partes (parágrafos) para melhor compreensão, após a primeira leitura;

v) Cuidar com os vocábulos: correta, incorreta, errada, falsa, destoa, não, certa, verdadeira, exceto, por exemplo, que aparecem nas perguntas e, por vezes, dificultam a entender o que está sendo solicitado;

w) O autor defende ideias e devem ser percebidas;

x) Estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a ideia central;

y) Aprender a resumir;

z) Por fim, em uma prova/atividade/trabalho, não esquecer:

i) ler o texto com calma, várias vezes, se necessário;

ii) a cada questão/pergunta, retornar ao texto a fim de esclarecer as dúvidas;

ii) estar atento ao enunciado da questão, pois, muitas vezes, ele exigirá que se leia não só o trecho citado, mas um ou mais parágrafos.

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Vícios de Linguagem – fim

3) Vi tua foto na sala.
f) Solecismo
Conceito: ocorre quando há desvios de sintaxe quanto à concordância, regência ou colocação.
Exemplos:
1) Concordância verbal:
Faltou muitas laranjas para completar a jarra de suco. (faltaram)
2) Regência verbal:
Eu assisti o programa que apresentou dicas de moda. (ao programa)
3) Colocação pronominal:
Na sexta-feira ele trabalhou tanto, que no sábado não sustentava-se em pé (se sustentava)
g) Barbarismo
Conceito: é o desvio da norma quando ocorre em diversos níveis:
i) Pronúncia:
Exemplo:
Assisti ao pograma. (programa)
ii) Grafia:
Exemplo:
Nós pegamos a bassoura. (vassoura)
iii) Morfologia:
Exemplo:
Quando eu ir embora, farei de tudo para levar minha filha. (for)
iv) Semântica:
Exemplo:
Ele comprimentou os presentes. (cumprimentou)
h) Estrangeirismo
Conceito: É o processo que introduz palavras vindas de outros idiomas na Língua Portuguesa.
Torna-se vício de linguagem pelo uso excessivo, desnecessário, sendo condenável.
i) Gerundismo
Conceito: é o uso exagerado do gerúndio. Isso acontece quando essa forma nominal é utilizada no lugar de uma conjugação mais adequada.
Exemplos:
1) Vou estar fazendo as ligações assim que possível. (farei)
2) Vou estar providenciando a documentação necessária (providenciarei).
j) Plebeísmo
Conceito: consiste na utilização de termos coloquiais (gírias e palavras de baixo calão) ou de expressões informais.
Exemplo:
1) Se Deus quiser, tudo dará certo!
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Vícios de Linguagem – parte 1

Olá, Leitor Notisul! Tudo bem?. Na coluna desta semana apresentarei informações acerca de um tema bastante comum em nosso cotidiano: Vícios de Linguagem. Já ouviste falar? Mesmo que não, certamente, em algum momento de comunicação oral ou escrita tu podes ter cometido algum desvio da norma culta. É isso mesmo! Vícios de Linguagem são todas as palavras, expressões ou construções frasais que alteram a norma padrão. Ocorrem nos diferentes níveis linguísticos: fonético, semântico, sintático ou morfológico, geralmente, por desconhecimento, descuido ou descaso. Os Vícios de Linguagem são divididos em vários tipos. Apresentarei aqui os principais.

a) Pleonasmo
Conceito: é a repetição desnecessária de uma informação.

Exemplos:
1) Ela é uma excelente atriz. Na penúltima peça ela fez um monólogo falando sozinha. (monólogo: cena em que um só ator representa ou interpreta)

2) O fato mais impactante no capítulo de hoje é que o principal protagonista rebelou-se contra a família. (protagonista: personagem principal)
b) Cacófato
Conceito: é o som desagradável (formação de outra palavra) provocado pela junção de duas ou mais palavras na frase.

Exemplos:
1) Na boca dela saíram palavras de medo.
2) Vou-me já, porque tenho pressa.
3) Vou pagar R$ 5 por cada pacote de trigo.
c) Eco
Conceito: ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância (som desagradável).

Exemplos:
1) Esperávamos impacientes, mas conscientes de que tínhamos sido convincentes com todos os presentes.
2) Ela pensava, desde a tenra idade, que era necessário valorizar a maturidade.
d) Colisão
Conceito: ocorre quando há dissonância (som desagradável) provocada pela repetição de consoantes iguais ou semelhantes.

Exemplos:
1) Minha mãe me mandou mudar a máquina de costura da mesa.
2) Sua saia está suja.
3) O rato roeu a roupa do rei de Roma.
e) Ambiguidade
Conceito: ocorre quando, por falta de clareza, há uma duplicidade do sentido da frase.

Exemplos:
1) A cadela da sua irmã avançou sobre a minha mãe.
2) A sogra chamou a atenção da nora porque bateu a sua moto.
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A Crase (II)

Olá! Leitor Notisul! Tudo bem?
Na semana passada, apresentei algumas dicas a respeito de quando se deve (e não) usar a Crase. Com isso, recebi mensagens de leitores solicitando o esclarecimento de dúvidas. Assim, darei continuidade na coluna desta semana, com mais dicas. Aproveite!

Regra Geral:
A Crase ocorre quando:
a) O termo antecedente exigir a preposição a;
b) O termo subsequente aceitar o artigo a.
Assim, para se certificar se uma palavra aceita ou não o artigo, basta usar a seguinte dica:
Se for possível empregar a combinação ‘da’ antes da palavra, indica que ela aceita o artigo. No entanto, se empregar apenas a preposição ‘de’, evidencia-se de que não aceita.
Exemplos:
a) Vim da América do Norte. (aceita)
b) Vim de Roma (não aceita)
Ocorrências em que o uso da Crase é opcional:
1) Antes dos pronomes possessivos femininos: minha, tua, nossa, dentre outros.
Exemplos:
a) Eu devo desculpas à minha mãe sogra.
ou
b) Eu devo desculpas a minha mãe sogra.
Observações:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, com isso, a Crase: dona, senhora e senhorita.
2. Há crase antes dos pronomes que aceitem o artigo: mesma, própria, por exemplo.

O uso da Crase não ocorre nas seguintes situações:
a) Antes dos nomes de cidade.
Exemplo: Cheguei a Concórdia.
b) Antes de pronomes de tratamento
Exemplo: Dirijo-me a Vossa Excelência.
c) Antes de verbo.
Exemplo: Estou disposto a falar.
d) Quando um a (no singular) vem antes de um nome plural.
Exemplo: Comentei a pessoas vizinhas.
e) Antes de pronomes em geral.
Exemplo: Eu me direcionei a esta rua.
Importante!
Haverá crase se estiver no plural:
Exemplo: Comentei às pessoas vizinhas.
f) Crase antes do que.
Em geral, não ocorre crase antes do que.
Exemplo: Essa é a casa a que me referi.
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da preposição a com o pronome demonstrativo a (equivalente a aquela).

Até a próxima semana e fique com Deus!
Dúvidas? Entre em contato! E-mail: orientacaoac@gmail.com ou WhatsApp: (48) 99625-6303.

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