Audiência pública debate situação financeira do SC Saúde na Alesc

Foto: Agência AL/Giovanni Kalabaide - Divulgação: Notisul Digital

Na terça-feira (9), uma audiência pública reuniu representantes do Poder Executivo e associações de servidores do Estado na Assembleia Legislativa para discutir a situação financeira e melhorias do plano SC Saúde. O evento foi solicitado pela deputada Luciane Carminatti (PT).

Situação atual do SC Saúde apresentada pelo secretário de Administração

O secretário de Estado da Administração, Vânio Boing, apresentou dados sobre o SC Saúde, que foi criado em 2005 para oferecer assistência em saúde aos servidores públicos estaduais. Ele destacou a distribuição dos atendimentos e o número de usuários do plano.

  • Florianópolis: 39,95%
  • Joinville: 8,04%
  • Tubarão: 7,16%
  • Itajaí: 7,07%
  • Criciúma: 6,91%
  • Lages: 6,44%
  • Chapecó: 5,10%
  • Joaçaba: 5,07%
  • São Miguel do Oeste: 3,82%
  • Blumenau: 3,76%
  • Canoinhas: 3,75%
  • Rio do Sul: 2,93%

Atualmente, o plano possui 197.370 segurados, com um crescimento constante no número de usuários.

Desafios financeiros e melhorias planejadas

O SC Saúde enfrenta desafios financeiros, com despesas totais em 2023 superando a arrecadação em 3%. A tendência é um desequilíbrio financeiro devido a ações judiciais para obtenção de serviços não disponibilizados. Boing destacou a necessidade de buscar o equilíbrio do plano.

O governo planeja diversas ações para melhorar o SC Saúde:

  • Oferta de cobertura odontológica
  • Oferta de apartamentos para internação
  • Inclusão de servidores de autarquias, fundações e ACTs
  • Criação de um plano específico para os municípios do estado

Críticas dos servidores e sugestões de melhorias

Os representantes dos servidores apresentaram críticas à estabilidade financeira do SC Saúde e à abrangência da rede de atendimento. O economista Maurício Mulinari, do Dieese, contestou a afirmação de déficit no plano, destacando superávits contínuos.

A secretária-geral do Sinjusc, Ellen Carolini Pereira, pediu transparência na gestão do plano. Katiane Weschenfelder Golin, do Sinte-SC, relatou problemas como a falta de médicos e serviços especializados, longas filas de espera e burocracia excessiva.

Encaminhamentos e propostas futuras

A deputada Luciane Carminatti propôs a criação de um documento com as críticas e sugestões apresentadas, a ser encaminhado para a Secretaria de Estado da Administração. Ela também pediu ao governo que envie um projeto para inclusão dos ACTs no SC Saúde.

“Eu me responsabilizo por fazer a articulação necessária para aprová-la em um tempo recorde”, afirmou Carminatti.