Apenas a lembrança do nome de Ponticelli foi o bastante para agitar a eleição em Tubarão

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Ainda não dá para dimensionar o estrago que a sondagem do Progressistas para que o ex-prefeito Joares Ponticelli assuma a candidatura de vereador nesta eleição. Joares Ponticelli, que está muito animado com as avaliações, ainda não decidiu, mas está gostando da aposta. O simples fato do surgimento do nome do ex-prefeito fez a estratégia do presidente do Progressistas, Dr. Jean Abreu Machado, virar notícia nacional em portais de relevância. Dr Jean é pré-candidato do Progressistas à Prefeitura da cidade.

Ponticelli está sendo processado por acusação de envolvimento na Operação Mensageiro, mas não foi condenado, fato que garante a condição de concorrer ao cargo na eleição de outubro. O ex-prefeito tem apoio de todos os candidatos da sigla que disputam uma vaga na Câmara de Vereadores de Tubarão e tem recebido muitas ligações de políticos, mas principalmente da população. Parece que a gratidão pelo governo que durou seis anos e meio deixou um saldo extremamente positivo.

O político aposta em uma votação histórica, caso a candidatura seja levada adiante. Em todos os partidos, a possibilidade é encarada com uma preocupação e um fator de transformação do processo eleitoral tido como “morno” e equilibrado até aqui.

O caso Ibsen Pinheiro

A estratégia de Joares Ponticelli, até aqui no campo das ideias, é comparável ao que fez o ex-deputado federal Ibsen Pinheiro, do Rio Grande do Sul. Ibsen era presidente da Câmara Federal no processo de Impeachment que levou à cassação do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1991. Em 1994 o deputado gaúcho teve o mandato cassado acusado de sonegação fiscal.

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Em 2000 os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) absolveram o parlamentar por falta de provas. Ao recuperar os direitos políticos, em 2002 concorreu à Câmara Federal, mas não obteve sucesso. Ibsen Pinheiro foi eleito vereador de Porto Alegre, em 2004. Em 2006 conquistou uma nova vaga na Câmara Federal.

O caso Alceni Guerra

Fato similar aconteceu com o ministro da Saúde do Governo do então presidente Fernando Collor, Alceni Guerra. O paranaense já era cotado para ser candidato à Presidência da República quando, em 1992, foi atacado brutalmente e acusado de corrupção na compra de 23.500 bicicletas, que seriam usadas pelos servidores no atendimento às famílias mais carentes. Ainda em 1992 Alceni Guerra foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério público Federal, à época sequer formalizou uma queixa contra Guerra.

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Logo após deixar o governo, Alceni Guerra foi premiado pelo Unicef, organismo das Nações Unidas, pelas ações à frente do Ministério da Saúde, pelos programas de atendimento ás crianças e pela implantação dos Centros Integrados de Atendimento à Criança (Ciacs), escolas de atendimento integral às crianças. Em 1996, Alceni Guerra foi eleito prefeito de Pato Branco, cidade do Oeste do Paraná.

Beto Martins assume vaga no Senado Federal

Beto Martins, que já foi prefeito de Imbituba por duas vezes, secretário de Turismo e até poucos dias estava à frente da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF), no Governo Jorginho Mello, assume a sonhada vaga de senador por Santa Catarina. A posse é temporária.

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Beto substitui a senadora Ivete da Silveira, titular do cargo após a renúncia do governador Jorginho Mello, que assumiu o governo em janeiro do ano passado, que é viúva do ex-governador e senador Luís Henrique da Silveira. A senadora, de 81 anos, pediu licença de 120 dias – período mínimo de licença no Senado – para cuidar das campanhas eleitorais do MDB em SC. Beto Martins já havia deixado a SPAF.