Alesc aprova lei contra violência obstétrica em Santa Catarina

Foto: Alesc - Divulgação: Notisul Digital

Projeto de lei, aprovado na terça-feira (28), segue para a sanção do governador e busca proteger mulheres durante a gestação e o parto.

O Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou nesta terça-feira (28) o projeto de lei que garante atenção integral à saúde das mulheres em casos de perda gestacional espontânea, natimorto, perda neonatal ou violência obstétrica. Batizada de “Lei Melissa Afonso Pacheco” em homenagem à bebê que não sobreviveu ao parto, a proposta agora aguarda a sanção do governador.

Proteção às mulheres grávidas

Projeto de lei visa garantir qualidade no atendimento obstétrico em SC.

A nova lei estabelece medidas para proteger as mulheres grávidas e assegurar atendimento obstétrico de qualidade em unidades de saúde públicas e privadas, vinculadas ou não ao SUS. As principais ações incluem:

  • Acompanhamento psicológico e social para a mãe e o pai desde o diagnóstico até o pós-operatório.
  • Acomodação separada para mães em situação de perda gestacional, natimorto ou perda neonatal.
  • Aplicação de protocolos específicos para perda gestacional espontânea, natimorto e perda neonatal.

Homenagem e conscientização

Lei é nomeada em homenagem à bebê Melissa Afonso Pacheco.

A iniciativa recebeu o nome de “Lei Melissa Afonso Pacheco” em memória à bebê que faleceu durante o parto. A deputada Paulinha (Podemos), autora do projeto, destacou a necessidade urgente de proteger mulheres grávidas de práticas inadequadas e prejudiciais. A mãe de Melissa, Raquel Afonso, ressaltou a importância da lei para evitar futuras violências obstétricas e garantir assistência às mães e famílias.

Dia estadual de conscientização

Projeto inclui data de conscientização sobre perda gestacional e violência obstétrica.

A lei também estabelece o “Dia Estadual de Conscientização e Orientação sobre a Perda Gestacional e Violência Obstétrica”, a ser celebrado anualmente em 15 de outubro. Essa data visa aumentar a conscientização e fornecer orientações sobre esses temas críticos para a saúde das mulheres.