Início Especial Aeroporto Regional Sul: Obras iniciam na segunda-feira

Aeroporto Regional Sul: Obras iniciam na segunda-feira

Zahyra Mattar
Tubarão

Uma salva de palmas consagrou a concretização de um sonho costurado com muito suor pelo empresariado tubaronense e também de todo o sul do estado. O governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) assinou ontem a ordem de serviço para o início das obras da segunda etapa do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna. A solenidade não poderia ter ocorrido em outro lugar a não ser a Associação Empresarial de Tubarão (Acit). Afinal, foi ali que a ideia foi amadurecida.

O presidente da entidade, Eduardo Silvério Nunes, resumiu aquilo que todos gostariam de dizer ao governador: “Somos extremamente gratos pelo empenho do estado e do governo federal para que este ato pudesse ocorrer. Mas não posso deixar de salientar a necessidade de, em paralelo, buscar a homologação da pista para o empreendimento decolar, literalmente”, salientou Nunes.
A Construtora Espaço Aberto, de Florianópolis, iniciará as obras propriamente ditas dentro de aproximadamente 15 dias. Antes disso, a partir da próxima segunda-feira, uma equipe chega a Jaguaruna para realizar a sondagem do solo e construir os poços artesianos e rede de energia elétrica de 1,5 quilômetros. O local onde fica o aeroporto não tem estas estruturas básicas ainda.

O investimento do estado na segunda fase da obra será de R$ 6 milhões e compreenderá a construção do terminal de passageiros (1.913,40 metros quadrados de área), redes elétrica e hidrossanitária, climatização, subestação de energia com capacidade para 300 KVA, estação de tratamento de esgoto e de água, estrutura contra incêndio (unidade do Corpo de Bombeiros), telecomunicação de telefonia e cabeamento estruturado, proteção contra descargas atmosféricas, paisagismo e torre de controle de tráfego aéreo.

Execuçãodo acesso iniciará neste ano

Uma das presenças que fez falta na solenidade de assinatura da ordem de serviço às obras da segunda etapa do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, foi a da senadora Ideli Salvatti (PT). Ela não conseguiu conciliar sua agenda, mas enviou um rosto amigo para representá-la, o deputado federal Jorge Boeira (PT).

O parlamentar confirmou o acordo entre estado e união para a construção do acesso ao empreendimento. “Palavra proferida. Palavra cumprida. O governo federal já tratou de incluir esta obra, cuja importância é indiscutível para o sul catarinense e do país no plano nacional de viação”, destacou Boeira.
O deputado oficializou, de forma simbólica, o convênio entre a união e o estado. Desta forma, os recursos poderão ser liberados. O governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) deverá assinar a documentação deste convênio ainda este mês. “Em março, pretendo lançar a licitação para a escolha da empresa que executar. Quero obra ainda este ano. Não faz sentido o aeroporto ser construído e não ter como chegar lá”, reiterou LHS.

O acesso custará, à união, R$ 15,842 milhões. O recurso foi disponibilizado através de uma emenda parlamentar pessoal da senadora Ideli Salvatti. O projeto, confeccionado pelo estado, já está pronto desde o ano passado. A estrada partirá do viaduto construído no trevo de acesso ao município de Sangão, na BR-101.

Estudo determinará a
dimensão do terminal de cargas

Umas das grandes interrogações quanto ao Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, era quanto à construção do terminal de cargas. A obra ficou fora da segunda etapa, cuja ordem de serviço foi disponibilizada ontem para o início.
O governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) tratou de tornar o assunto um ponto exclamação. Ele anunciou que, neste momento, o estado confecciona um estudo de viabilidade econômica para a efetivação do terminal, considerado a quarta etapa do empreendimento (a terceira é o acesso ao aeroporto).

Este documento apontará qual o volume médio de carga que seria movimentado na região a fim de dimensionar o terminal. “O estado buscará meios, junto à união, de concretizar esta etapa do aeroporto. Entendo a importância, mas também não quero fazer algo que esteja desatualizado em pouco tempo. A ideia é fazer um terminal alfandegado. Este é o conceito mais moderno. É o que tem que ser feito aqui”, explicou o governador.

Nitidamente empolgado, LHS chegou a marcar até prazo para inauguração da obra: 31 de dezembro de 2010, último dia de sua gestão frente ao governo do estado.
O secretário estadual de infraestrutura, Romualdo França, salientou que a saga do aeroporto em Jaguaruna teve um lado bom: “Motivou-nos a criar um plano diretor aeroviário para Santa Catarina. E isto irá melhor gerenciar os investimentos”, pontuou.

Para funcionar, é necessário
que a pista esteja homologada

Mesmo com a concretização do início das obras da segunda etapa do Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, o empreendimento somente poderá funcionar depois que a pista for homologada. Este processo, cujo trâmite é acompanhado de perto pelo diretor de assuntos aeroviários da secretaria estadual de infraestrutura, Dilney Chaves Cabral Filho, depende unicamente do 5º Comando da Aeronáutica (5º Comar), em Porto Alegre.

O secretário estadual de infraestrutura, Romuldo França, destacou que, para o funcionamento efetivo, basta estarem construído o terminal de passageiros e a torre de controle. “Os equipamentos são disponibilizados pelo 5º Comar. Funciona assim. Quando a obra da segunda fase estiver 50% concluída, acionamos o comando. Eles fazem uma vistoria e licitam a compra de todo o equipamento necessário. Os recursos virão do Programa de Financiamento de Infraestrutura Aeroportuária (Profaar)”, detalha França.

Batimetria do rio é requerida
Tanto o presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit), Eduardo Silvério Nunes, quanto o prefeito de Tubarão, Manoel Bertoncini (PSDB), pediram ao governador que seja feita a batimetria do rio Tubarão para que seja possível confeccionar o projeto de desassoreamento do manancial e evitar uma enchente. O documento será enviado para o Ministério das Cidades, de onde deverá vir o recurso.
A batimetria é um processo que mede a profundidade do rio e “mostra” onde é necessário dessassorear. O secretário Romualdo França garantiu que isso será feito assim que o maquinário do estado estiver liberado. Neste momento, todos os esforços ainda estão concentrados nas cidades atingidas pelas cheias de novembro do ano passado.

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