São Paulo (SP)
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a primeira metade do ano com uma sessão de alta, o que ajudou a aliviar timidamente os estragos de junho, em meio ao recrudescimento dos temores com a economia mundial. Ao subir 1,08%, o Ibovespa chegou aos 65.017 pontos. O movimento foi insuficiente, no entanto, para impedir uma queda de 10,4% no mês, a maior baixa desde abril de 2004.
O giro financeiro do pregão foi de R$ 4,7 bilhões, o segundo menor em junho.
O refresco na tempestade de notícias que avivaram temores de piora da crise bancária e de estagnação nos Estados Unidos, pontuada pela escalada do petróleo, aliviou o apetite por vendas de ações.
Poucos investidores aventuraram-se a ir para a ponta contrária, exceto os gestores de carteiras, para garantir um desempenho menos ruim do Ibovespa, referencial de muitos fundos de investimentos. “Houve perdas severas das ações, o que fez alguns investidores verem o momento como uma oportunidade”, afirmou Valmir Celestino, gestor de renda variável do Banco Safra.
Ações ligadas a commodities garantiram a performance positiva da bolsa paulista. As ações preferenciais da Gerdau Metalúrgica avançaram 5,1%, para R$ 52,00, as melhores do Ibovespa. As preferenciais da Petrobras subiram 2%, para R$ 46,21. As preferenciais da Vale tiveram ganho de 1,36%, valendo R$ 47,70.
Segundo Celestino, é com base na expectativa de manutenção dos preços de commodities (especialmente petróleo e metais) que os analistas prevêem uma performance mais animadora na etapa complementar deste ano.