Priscila Alano
Tubarão
Os funcionários da Celesc já estão em estado de greve. Assembleias foram realizadas ontem em diversas cidades. A paralisação começaria na próxima terça-feira, mas houve mudança de planos e será reavaliada.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia
Elétrica do Sul de Santa Catarina (Sintresc), Henry Machado Claudino, a luta dos funcionários não é por melhores salários, e sim para manter a empresa pública. “É a terceira vez que o governo do estado tenta privatizar a Celesc. Os funcionários estão trabalhando inseguros. Nossa proposta é que amanhã (hoje) a aprovação na alteração do estatuto seja retirada da pauta da reunião do conselho administrativo”, dispara Henry.
O governador Leonel Pavan adiou a assembleia dos acionistas que seria realizada na próxima terça-feira. “Querem tornar a Celesc uma empresa privada, são várias alterações no estatuto. O estado vai perder os poderes. Apenas irá nomear o presidente, e os diretores serão indicados pelos acionistas”, detalha o presidente do sindicato. Os sindicalistas devem posicionar-se sobre o adiamento da reunião dos acionistas nos próximos dias.
A Celesc possuiu uma das menores tarifas de energia do Brasil. Já com a privatização, pode sofrer reajustes. O presidente do Sintresc relata que a estatal está sucateada de propósito. Faltam materiais para os funcionários executarem as suas tarefas diárias.
Demissão Voluntária
A Celesc implantou o Pedido de Demissão Voluntária Programada (PDVP). O período de adesão encerra terça-feira. E os funcionários começam a ser desligados já na quarta-feira, até 31 de dezembro. O prazo pode ser prorrogado por mais seis meses.