Expectativa em torno da nova General Osvaldo Pinto da Veiga

Hoje, o terreno onde funcionava a escola está abandonado e serve de abrigo para andarilhos e usuários de drogas. Foto: Sandro Silva/Divulgação/Notisul.
Hoje, o terreno onde funcionava a escola está abandonado e serve de abrigo para andarilhos e usuários de drogas. Foto: Sandro Silva/Divulgação/Notisul.

Eduardo Zabot
Capivari de Baixo

Há cinco anos, a comunidade de Capivari de Baixo espera pela construção de uma nova escola. Sem condições de receber alunos, o prédio da General Osvaldo Pinto da Veiga foi completamente destruído para iniciar a construção de uma nova estrutura. Até hoje, ações judiciais e a falta de agilidade por parte de empresas responsáveis que ganharam a licitação atrapalharam a continuidade da obra.

Na última semana, o governador Raimundo Colombo (PSD) lançou o Pacto pela Educação, com investimento previsto de R$ 500 milhões nas estruturas das unidades escolares. A obra em Capivari será contemplada.

O valor da obra é de aproximadamente R$ 3 milhões. O pacto prevê a revitalização de mais de 150 escolas, com R$ 364 milhões, e outras 30 unidades novas de ensino médio, com R$ 178,5 milhões.

Também é prevista a inclusão das reformas elétricas de dez escolas na região. “São R$ 800 mil que buscarei para reformar essas escolas que precisam de novas instalações elétricas”, ressalta o secretário de desenvolvimento regional em Tubarão, Haroldo Silva, o Dura (PSDB). Outras 11 escolas da região atualmente em reforma também fazem parte do pacto.

Fora do Pacto de Educação
A escola Sagrado Coração de Jesus, no Km 60, em Tubarão, não foi contemplada pelo programa “Pacto pela Educação”, lançado semana passada pelo governo do estado. “Essa era a última chance para que pudéssemos começar a reerguer nossa escola, já que o restante da estrutura hoje serve como ponto de drogas e prostituição, lamenta Mônica Mendes Alves, mãe de um aluno e membro do conselho deliberativo do colégio.

Dura explica que a escola não entrou no programa, mas não descarta a possibilidade de o projeto ser incluso na planilha orçamentária do governo estadual ainda este ano. “Para isso, basta os professores encaminharem o projeto básico, arquitetônico , hidráulico e elétrico.

A execução do projeto da construção da escola Sagrado Coração de Jesus, no Km 60, em Tubarão, está orçada em R$ 3,5 milhões. Enquanto as construções não iniciam, os alunos estão alocados na escola Senador Francisco Benjamin Gallotti, no bairro Oficinas, em Tubarão.

Professores e alunos aguardam por obra há anos
Uma licitação chegou a ser lançada, em 2010. A empresa vencedora foi a Ser Forte, de Criciúma, e a obra estava orçada em R$ 1.332.062,26. Porém, em abril de 2011, o contrato foi rescindido, já que apenas parte da fundação do novo prédio tinha sido executada.

Desde então, um novo processo licitatório é aguardado. O novo prédio da Escola Osvaldo Pinto da Veiga terá 2.383 metros quadrados de área construída, urbanização, pavimentação, bicicletário, muros, drenagem pluvial e jardinagem. Os alunos ocupam uma parte da escola municipal Otto Feuerschuette.

Professores da Sagrado Coração de Jesus irão ao Ministério Público

Lily Farias
Tubarão

Com a promessa de que o projeto arquitetônico da Escola Sagrado Coração de Jesus, no Km 60, em Tubarão, entraria na planilha orçamentária do governo do estado, neste ano, os professores da instituição receberam a notícia de que isso pode não ocorrer. Conforme Mônica Mendes Alves, mãe de um aluno e membro do conselho deliberativo do colégio, o secretário de desenvolvimento regional, Haroldo Silva, o Dura, não encaminhou o documento.

Para tentar obter uma resposta positiva o quanto antes, Mônica se reunirá com a promotoria do município para expor a situação. O secretário garante que tem interesse, mas não há possibilidade de encaminhar porque ainda faltam os projetos complementares, hidráulico e elétrico.

Dura garante que ofereceu R$ 100 mil para os diretores realizarem o projeto básico (arquitetônico, hidráulico e elétrico), porém, a quantia não foi aceita porque os professores fizeram um parceria com o curso de arquitetura da Unisul para que o documento seja elaborado gratuitamente.

“Essa informação nunca chegou atá nós, jamais recebemos proposta neste sentido da SDR”, nega Mônica.

O responsável pelo projeto arquitetônico é Rodrigo Altoff, arquiteto e professor da Unisul. Ele conta que já fez o que podia fazer. “Daqui em diante, é com os professores e o governo. Não nos foi solicitada a criação de projetos complementares”, afirma.