Santa Catarina lidera no Brasil o trabalho de presos no sistema prisional

FOTO Divulgação Notisul

Santa Catarina se destaca nacionalmente com sua política de ressocialização por meio do trabalho nos presídios. Atualmente, 30% dos detentos do estado exercem atividades remuneradas — o que representa 8.392 pessoas — superando a média nacional de 23,8%. Em 2024, essa força de trabalho movimentou R$ 28 milhões, revertidos em benefício das famílias dos detentos, do sistema prisional e dos próprios apenados.

Trabalho dos presos movimenta milhões e promove reintegração social

A renda gerada pelos presos é distribuída de forma a apoiar sua reinserção social e custear a permanência no sistema prisional:

  • 50% do salário vai para a família do detento
  • 25% cobrem custos da estadia no presídio
  • 25% são depositados em poupança acessada após o cumprimento da pena

Essa estrutura incentiva a responsabilidade, melhora o ambiente nas unidades prisionais e garante um recomeço mais digno aos detentos após o fim da pena.

Parcerias com empresas privadas impulsionam geração de renda

Das 53 unidades prisionais de SC, 51 possuem acordos com empresas privadas ou órgãos públicos. Em 32 dessas unidades, os presos trabalham fora dos presídios. Já em quatro delas, os próprios estabelecimentos mantêm negócios internos. As atividades vão muito além do artesanato:

  • Montagem de eletrônicos
  • Produção de móveis
  • Confecção de uniformes
  • Corte e costura industrial

Caso de destaque: fábrica da Intelbras dentro de presídio

Um exemplo que chama atenção é a Penitenciária de São Pedro de Alcântara, onde cerca de 500 presos atuam na montagem de equipamentos eletrônicos para a Intelbras. A empresa oferece capacitação técnica e conta com apoio da Secretaria de Justiça e Reintegração Social e da Secretaria da Educação para os treinamentos especializados.

Estado amplia vagas e fortalece modelo de ressocialização

Com foco na reinserção e na redução da reincidência criminal, Santa Catarina continua ampliando o número de vagas de trabalho nos presídios e firmando novas parcerias com o setor produtivo. O modelo catarinense de trabalho prisional tem servido como referência nacional por unir responsabilidade social, geração de renda e capacitação profissional.