Santa Catarina registrou um aumento de 14,4% no número de pessoas com deficiência (PCDs) empregadas formalmente entre 2022 e 2024. Esse crescimento foi superior ao da média nacional (11,8%) e da região Sul (9,8%), com a criação de 4.325 novas vagas. A marca reflete as ações do governo estadual voltadas à capacitação e inclusão profissional, como o programa Gente Especial, lançado em 2024. Em todo o estado, 34.357 vagas formais estavam ocupadas por PCDs em 2024.
Políticas públicas têm ampliado a inclusão profissional
O Governo de Santa Catarina tem priorizado ações voltadas à formação e empregabilidade de PCDs. O secretário do Planejamento, Edgard Usuy, destacou o programa Gente Especial como uma iniciativa fundamental.
O programa facilita a inclusão por meio da capacitação e do investimento em educação;
Em 2025, 241 instituições especializadas estão credenciadas para atendimento educacional especializado;
Cerca de 29 mil educandos são atendidos em todo o estado.
Setores com maior número de contratações
Segundo a RAIS, em 2024 a maioria das pessoas com deficiência estava empregada nas seguintes áreas:
Indústria: 46,89%
Serviços: 31,45%
Comércio: 19,04%
Construção: 1,56%
Agropecuária: 1,06%
No perfil geral, 38,30% tinham deficiência física, seguidos por visual (18,65%), intelectual (17,47%) e auditiva (17,26%).
Administração pública lidera novos postos
O melhor desempenho em contratações de PCDs ocorreu no setor público. De acordo com dados do Novo Caged, foram registrados 25 novos postos de trabalho no bimestre de 2025, contra 20 no mesmo período de 2023 — um crescimento de 25%.
O perfil predominante dos admitidos em fevereiro de 2025 foi:
Homens (59,1%)
Pessoas brancas (70,2%)
Ensino médio completo (50,6%)
Deficiência física (29,3%) ou intelectual (24,1%)
Os setores de Serviços (35,8%) e Indústria (32,5%) se destacaram nesse período.
SC é referência nacional em inclusão educacional
Santa Catarina é pioneira em políticas públicas de inclusão. Criou, em 1968, a Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE), primeira do país dedicada à educação especial. Atualmente, a fundação coordena o Programa de Educação Profissional (PROEP), que atende quase 1.500 jovens em 88 instituições.
O PROEP foca na qualificação profissional de adolescentes, jovens e adultos com autismo e/ou deficiência intelectual, com ações que vão da formação à colocação no mercado de trabalho.